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DÚVIDA, DESCRENÇA E REJEIÇÃO

“… De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Lucas 4.24 (ARA)

 

 

 

 

 

Quando alguém se ausenta do seu local de origem por um tempo e volta, apresentando-se com características superiores àquelas que eram conhecidas por seus conterrâneos, tende a provocar dúvida, descrença e rejeição. Foi o que aconteceu com Jesus ao retornar a Nazaré, levando seus espantados concidadãos a questionar, em Mateus 13.55, com um misto de incredulidade e admiração ao ouvir Seu maravilhoso ensino: “Não é este o filho do carpinteiro?”. Não nos surpreendamos, pois, se nossa nova vida com Jesus hoje provocar reação semelhante naqueles que nos conheceram quando ainda vivíamos no mundo!

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DIA E NOITE

Logo de manhã o rapaz sentou na margem do rio e ficou contemplando as mansas águas que corriam sem cessar, e quando se deu conta o dia estava findando. Escureceu, a noite caiu, ele estirou-se sobre a grama e acabou dormindo ali mesmo. Ao romper do dia seguinte, um homem que morava nas proximidades e que havia observado aquele estranho comportamento, foi até o rapaz e perguntou: “Notei que desde ontem de manhã você está sentado aqui na beira do rio. Posso ajudar em alguma coisa?” Um pouco surpreso com a inesperada aparição daquele homem, o rapaz respondeu: “Não, obrigado, estou só esperando que o rio acabe de passar para que eu consiga atravessar para o outro lado e então resgatar um irmão que precisa vir para cá e não consegue!”.

 

Parece cômico, mas o comportamento de muitos crentes parece se assemelhar ao daquele rapaz, só que ao invés do rio, estão esperando que o tempo passe, confortavelmente sentados na “platéia” da igreja, “assistindo” ao culto como quem vai a um teatro, cogitando em talvez um dia – quem sabe – assumir uma posição ativa na comunidade. É claro que esta postura passiva é muito confortável, tranquila e agradável, e não há dúvida de que louvar a Deus, adorá-Lo em comunhão como os irmãos é maravilhoso e essencial na vida do crente e da igreja. Contudo, Deus espera de nós que além do louvor e da adoração tenhamos uma atitude participativa na Sua obra, que sejamos cooperadores Seus na construção do Seu Reino.

 

Em João 9.4 Jesus disse: É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” Na terra todos nós recebemos de Deus uma certa quantidade de tempo, que se inicia ao nascermos e é dia, e termina ao cerrarmos os olhos do corpo para sempre, e é noite. Portanto, em nossa peregrinação terreal, o dia – quando há condições para trabalhar porque existe a luz divina que nos guia – passa célere, e então vem a noite, quando não há mais possibilidade de desempenharmos nossa função de colaboradores do Pai, servindo a Ele e ao nosso próximo.

 

Muitas foram as obras que Deus comissionou a Seu Filho, e que Ele obediente se submeteu a realizar. John Gill, o grande estudioso da Bíblia, em seus comentários sobre o livro de João, diz que quando Jesus afirma que é preciso realizá-las enquanto é dia, é porque de dia há vida, e na noite da morte não há trabalho.  Nossa vida é curta, dura apenas o tempo da luz do dia – e nas palavras de Jó 7.9, Tal como a nuvem se desfaz e passa…” – mas uma grande variedade de assuntos devem ser tratados e realizados, e a morte se aproxima, quando então porá um fim a toda a possibilidade de trabalho. E aí quem sabe muitos que estão do outro lado do mundo, do país, da cidade, do bairro, da rua, ou simplesmente do corredor do edifício em que moramos – precisando desesperadamente ser resgatados pela Palavra da Verdade – fiquem por lá porque nós não tivemos a iniciativa de ir até eles em tempo hábil.

 

Lembremo-nos de que a graça de Deus nos basta, mas se a retivermos egoisticamente, não estaremos dando os frutos que o Senhor espera de nós por termos recebido tão grande dádiva, e assim deixamos de atender ao que Ele exorta em Eclesiastes 11.2: Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra.”

 

O gigante da fé, George Müller, nascido na Alemanha, converteu-se com a idade de 20 anos, e quatro anos depois foi para a Inglaterra, onde serviu ao Senhor pelo resto de sua vida. Em 1830, três semanas após seu casamento, ele e a esposa decidiram abrir mão de seu salário como pastor de uma pequena congregação, e passaram a depender exclusivamente de Deus para o atendimento de tudo o que precisavam.

 

Resolveram também nunca revelar suas necessidades às pessoas, nunca pedir dinheiro a ninguém – a não ser a Deus – nunca contrair dívida por motivo algum, e não poupar nem guardar dinheiro. Durante mais de sessenta anos de ministério, George Müller fundou 117 escolas que levaram educação para mais de 120.000 jovens e órfãos, distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas, manteve com recursos próprios 189 missionários em vários países, e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas. É claro que não se pode imaginar que todos os crentes ajam da mesma maneira, até porque Deus tem um plano especial para cada um de Seus filhos, e este era o plano exclusivo que tinha para George Müller. Mas ele obedeceu ao ide do Senhor, a Ele entregou-se completamente, e mercê de Sua graça e poder, cooperou para a construção de uma parcela marcante da obra divina, legando-nos um exemplo extraordinário de viver cristão.

 

Contudo, é preciso que jamais esqueçamos que devemos orar sem cessar a Deus rogando para que Ele esteja sempre no controle das nossas ações e atitudes, revelando qual é o Seu plano para cada um nós e de que forma deseja que O sirvamos, como Paulo em 1 Coríntios 3.9 nos lembra: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós”. Müller foi um homem de fé inabalável, e por isso um cooperador de Deus verdadeiramente assemelhado a Cristo, exemplo e inspiração para todos nós.

 

Certa vez perguntaram a George Müller qual era o segredo do sucesso de seu ministério, e sua pronta resposta foi: “O segredo é que George Müller morreu já há alguns anos atrás”! É necessário que nos conscientizemos que se não morrermos para o nosso próprio ego e para as suas concupiscências, como Paulo instruiu em Colossenses 3.5, Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena…”, Cristo jamais poderá reinar plenamente em nós. É preciso sempre ter em mente que Deus é infinitamente maior do que nós, que Cristo deve ser o centro de nossa vida, e reafirmar dia e noite que a razão última de existirmos é a glória de Deus, nunca a nossa própria.

 

Paulo, em Filipenses 3.12-14 nos estimula a prosseguir em nossa meta de conhecer a Cristo, de ser como Ele e O servirmos como instrumentos Seus na Sua obra magnífica e incomparável, assim nos exortando pelo seu magnífico exemplo: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

 

E também nos vem à mente o gigantesco desafio que o apóstolo João, em sua primeira epístola 2.5-6 nos propõe: Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. Andar como Ele andou! Isso só pode se pretendido caso nos revistamos de grande humildade, de profundo amor ao próximo, e renunciemos aos próprios minúsculos interesses e assumamos um estilo de vida como o que Ele exemplificou de forma tão extraordinária! Significa, entre tantas coisas, ser um missionário em tempo integral, dia e noite buscando alcançar perdidos para Deus, para serem envolvidos pela Sua glória eterna!  O pastor David Livingstone no século19 não hesitou em tornar-se médico e missionário para enfrentar os imensos desafios de levar a Palavra de Deus a povos perdidos no interior da África, e via em Jesus o modelo a seguir, dizendo: “Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”, mostrando que Jesus é o centro da missão de Deus e o Seu ministério o maior exemplo do que é ser um verdadeiro missionário.

 

Soberano Deus e amado Pai, Tu sabes que como cristãos temos uma forte tendência de nos incluir nas bênçãos prometidas no Evangelho, mas também de nos excluir de sua aplicação, de sua prática, pretendendo ver a terra preparada para a semeadura sem que precisemos colocar as nossas mãos no arado. Por isso, é em nome de Jesus que suplicamos pela Tua direção e força para que nos ponhamos a campo com disposição plena, definitiva e absoluta de cooperar decididamente, ousadamente, conTigo. E assim o fazemos no nome precioso, incomparável e santo de Jesus. Amém.

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PODER, MISERICÓRDIA E AMOR

Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas, porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais do que todos os deuses. 1 Crônicas 16.24-25 (ARA)

 

 

 

 

Que nesse dia Deus seja glorificado em nossos louvores, que declaremos Seu divino caráter e Seus atributos a todos que possamos alcançar, que Ele seja exaltado através de nossas ações de graças, de nossas orações, de nossos cânticos e de nosso discurso, para que outras pessoas sejam instruídas, edificadas e saibam que só Ele é verdadeiramente digno de ser louvado. E por estarmos em Cristo, confiemos na vitória em todas as nossas lutas, abandonando preocupações com relação a problemas, dificuldades e carências, e nos entreguemos aos invencíveis poder, misericórdia, e amor do nosso Deus!

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