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DORES E SOFRIMENTOS ALHEIOS

“… mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda vivem; porém mais que uns e outros tenho por feliz aquele que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem debaixo do sol”. Eclesiastes 4.2-3 (ARA)

 

 

 

Salomão, ao ver a situação das pessoas oprimidas, concluiu que estariam em melhor condição mortos do que vivos. Por que um rei tão rico e poderoso não se dedicou a amenizar a triste situação dessas pessoas, ao invés de apenas deplorá-la? Talvez, tal como nos dias de hoje constatamos, ele tenha chegado à conclusão de que essa condição injusta deriva da Queda, que permitiu que o reino do mal se instalasse sobre a terra. Hoje sabemos que só a volta de Cristo irá depurar essa conjuntura tão perversa, o que porém não altera e muito menos obsta nosso dever cristão de agir para mitigar as dores e os sofrimentos alheios!

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ENTRE A PALAVRA E O IDE

No castelo daquele nobre muito rico, era dia de festa: a lufa-lufa era geral, e os serviçais corriam de um lado para o outro carregando coisas, num ritmo frenético para conseguir dar conta dos preparativos do aniversário do patrão. Na hora aprazada, tudo pronto, e o senhor manda chamar a criadagem para receber os presentes que iria oferecer a cada um para marcar a data festiva.

E foram chegando, primeiro o mordomo, a seguir, pela ordem, o cocheiro, o jardineiro, a cozinheira, a arrumadeira e por fim o garoto de recados. Criadagem perfilada à sua frente, expõe-lhes a alegria de – naquela data tão significativa para todos – poder demonstrar-lhes a gratidão que sentia pelo fiel cumprimento de seus deveres servis, pedindo-lhes, entretanto, que após o recebimento do presente permanecessem na sala.

Disse-lhes que, na verdade, cada um poderia optar pelo recebimento de um dos dois presentes: uma das Bíblias que estavam sobre a mesa ao seu lado, ou um dos saquinhos de dinheiro que haviam sido colocados junto à pilha de livros.

Chamado, o mordomo se disse honrado e agradecido, afirmando ao patrão que sua preferência pessoal era pela Bíblia, mas que, face ao iminente nascimento de mais um filho, o dinheiro viria em ótima hora para custear tantas despesas imprevistas.

O cocheiro apresentou-se em seguida e disse que escolheria a Bíblia, não fora o fato de que era analfabeto e que, portanto, o dinheiro teria muito mais utilidade para ele.

A seguir o jardineiro foi instado a fazer sua escolha, e medindo as palavras cuidadosamente, respondeu que infelizmente sua esposa achava-se muito doente e ele precisava do dinheiro para atender àquela emergência.

A vez era da cozinheira, que tinha tido tempo suficiente para decidir o que responder enquanto observava os colegas de trabalho, e sem pestanejar informou ao nobre senhor que embora soubesse ler, nunca tivera recursos financeiros para se vestir melhor, e que por isso usaria o dinheiro para comprar um vestido novo. A seguir a arrumadeira, sem perda de tempo, informa ao patrão que já possuía uma Bíblia, e que então optava pelo dinheiro.

Finalmente era a vez do mal vestido, tímido e discreto garoto de recados, e o amo, conhecendo sua difícil condição financeira, foi logo concluindo: “Com certeza você escolherá o dinheiro para ajudar sua família, não é?” Ao que o garoto respondeu: “Meu senhor, o dinheiro viria num bom momento, porque minha família passa por algumas necessidades bem urgentes. Mas escolho a Bíblia, porque mamãe sempre nos diz que a Palavra de Deus é mais preciosa que o ouro.”

Um tanto surpreso, o nobre então entrega ao garoto o livro que ele, radiante, começa a folhear, quando inesperadamente cai no chão uma moeda de ouro que estava entre as páginas! À medida que ia folheando aquele alentado volume, iam surgindo notas de alto valor que caiam no piso de pedra, provocando espanto em todos, mas fundo arrependimento e vergonha aos criados que haviam rejeitado aquela dádiva e que, um a um foram abandonando o recinto.

Então o patrão, emocionado, segurou ambas as mãos do garoto entre as suas, dizendo-lhe com lágrimas nos olhos: “Meu filho, que o Senhor nosso Deus abençoe muito a você e a toda a sua família, em especial à sua mãe, que tão bem o ensinou a valorizar a Palavra de Deus. Porque Jesus nos disse em Mateus 6.19-21: ‘Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu…; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração’. Vejo que o teu coração está onde deveriam estar todos os corações de todos os homens: no céu”.

 

Será que nós sempre valorizamos o grande tesouro da Palavra de Deus como deveríamos? Por exemplo, recordemos que somos todos missionários em tempo integral. Estaremos obedecendo ao Ide de Jesus como Ele espera que façamos? Será que um dia poderemos dizer como Moisés em Êxodo 32.32, referindo-se ao povo de Israel, “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste”, ou como Paulo que ressalta em 1 Coríntios 9.16, “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!”, ou ainda como John Knox, que fez a famosa oração “Pai dá-me a Escócia senão eu morro”. Será que teríamos a coragem, a fé e a perseverança do pastor George Whitefield, que no século XVIII atravessou o Oceano Atlântico 13 vezes numa pequena embarcação da Inglaterra para a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, com o propósito de anunciar o Evangelho? Ou quem sabe faríamos como o jovem David Brainerd – também no século XVIII – que tendo dedicado sua curta vida a evangelizar os indígenas norte-americanos, aos 29 anos de idade, pouco antes de morrer sobre o gelo, com os pulmões infectados, excretando sangue, orava, “Declaro, agora que estou morrendo, que não teria gasto minha vida de outro modo, ainda que em troca do mundo inteiro”?

 

Dias atrás um vídeo na internet fazia a seguinte pergunta: “Você é realmente cristão?”, e continuava perguntando: “Você ora todos os dias, lê a Bíblia, jejua, entrega o dízimo, ama seu próximo como a si mesmo, fala de Jesus para os perdidos, entregaria todos os seus bens, seu conforto, sua vida para ganhar uma alma para Jesus, abriria as portas de sua casa a um estranho só para cuidar dele e lhe falar de Jesus? E prosseguia: “Pessoas e mais pessoas estão indo para o inferno todos os dias… mas você continua tranquilo, afinal de contas está salvo! Onde você está agora? Talvez esteja em seu lar lendo sua Bíblia de R$ 250,00. Você realmente ama o perdido? Quanto do que ganha investe em missões? Que você tem feito para seu bairro melhorar? Você anda em santidade, ou vive mergulhado nas futilidades das mídias sociais?

 

Sabe o que as pessoas de contexto ‘pós-moderno’ pensam sobre a igreja? Eis uma amostra das suas opiniões: ‘Clube social cheio de regras’, Julia, web designer; ‘Um local, simplesmente’, César, empresário; ‘Não sei, nunca frequentei uma’, Jorge, modelo; ‘Máquina de fazer dinheiro’, Flávio, jornalista; ‘Problema…’, Mônica e Regina, tatuadoras; ‘Sistema carcerário’, Fernando, ex-presidiário; ‘Último lugar a se frequentar’, Marcos, ilusionista e viciado em pornografia; ‘Onde se perde a vida’, Luciano, garoto de programa; ‘Comércio espiritual’, casal Vivian e Paula; ‘Buuuuuu!’, Erika, bancária alcoólatra; ‘Fanatismo’, Júnior, professor ateu; ‘Nada contra nem a favor’, Julio e Samantha, casal praticante de swing.

 

Certa vez Charles Haddon Spurgeon disse: “Se os pecadores serão condenados, que eles o sejam pelo menos passando por cima de nossos corpos. Se os pecadores hão de perecer, que eles o façam pelo menos tendo os nossos braços a agarrar-lhes os joelhos, implorando que fiquem. Se o inferno tem de ser cheio, que o seja pelo menos contra o vigor de nossos esforços, e não permitamos que ninguém vá para o inferno sem que o tenhamos advertido e por ele tenhamos orado.”

 

Temos feito algo assemelhado a isto? Será que somos verdadeiramente cristãos? Será que agimos no nosso dia a dia construindo pontes entre a Palavra e o Ide, atravessando o fosso que separa o saber do realizar? Ou será que estamos simplesmente enganando-nos a nós próprios, fazendo-nos surdos ao que Paulo advertiu em 1 Coríntios 3.18: Ninguém se engane a si mesmo”?

 

Até onde podemos afirmar que, como cristãos, somos obedientes à “Grande Incumbência” que Jesus nos deu sobre testemunhar e pregar o Evangelho como, por exemplo, em Mateus 4.19: “… Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”; em Marcos 16.15: “… Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”; em Lucas 9.2: “Também os enviou a pregar o reino de Deus…”; em João 15.16: “… eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça…”; em Atos 1.8: “… recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”?

 

Pai Eterno de misericórdia infinda, de amor eterno e graça sem limites, dá-nos a Tua força para que consigamos nos aplicar a tudo o que a Tua Palavra nos ensina, sem titubear, sem apresentar desculpas, sem nos enganarmos a nós próprios. Não permita, Senhor, que nos acomodemos na nossa zona de conforto, como se Tu não tivesses nos outorgado a missão de ir ao mundo anunciar o Evangelho da Salvação para tantos perdidos. Assim oramos agradecidos no nome santo, precioso e inigualável de Jesus. Amém.

 

 

 

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ENVIADOS

“… A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Lucas 10.2 (ARA)

 

 

 

 

 

Os primeiros discípulos de Jesus não eram detentores de qualidades especiais, não possuíam educação refinada, nem eram de nível socioeconômico elevado, porém conheciam o poder de Jesus e tinham a disposição de servi-Lo. Neste dia, como servos do Senhor, devemos orar constantemente para que Deus faça a provisão dos trabalhadores necessários para realizar a Sua colheita de almas, porque a demanda é sempre maior do que a oferta de pessoas que se dispõem a dedicar suas vidas ao serviço cristão, e nós mesmos, naturalmente, devemos estar preparados para ir aonde formos por Ele enviados!

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