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PÓS-MODERNISMO E ALTERMODERNIDADE

Até a primeira metade do século passado, o sonho do mundo era ser moderno, isto é, evoluído, up to date, atual, atualizado, estar na “última moda”, seja no que se refere ao pensamento, à arte, ao vestuário, à tecnologia, aos meios de transporte, à comunicação e a tudo o mais que compõe a vida humana. Ainda nos dias de hoje, quando as pessoas falam de algo “moderno”, estão se referindo a acontecimentos, instituições e maneiras de agir que na realidade pertencem ao mundo contemporâneo, e não à era da história que desenrolou-se do século XVI ao XVIII e é classificada como moderna.

 

Mas como este termo se difundiu, popularizou-se, confundindo-se com a época contemporânea em que vivemos, muitos que desejam definir em uma única palavra a atualidade, utilizam-no corriqueiramente. No entanto, muitos teóricos, sociólogos e filósofos classificam a era presente como pós-moderna, apontando para as mudanças marcantes provocadas e vividas pela humanidade, como a globalização, um novo modo de cultura e as novas condições que até mesmo põem em perigo a sobrevivência da espécie humana. Conceitualmente, pós-modernidade é a condição sócio-cultural e estética que prevalece no capitalismo contemporâneo após a queda do Muro de Berlim e a consequente crise das ideologias que dominaram o século XX. E atualmente há até os que defendem que a pós-modernidade já está morta, substituída pela altermodernidade, que seria a primeira era cultural do mundo globalizado, uma era em que se age e se cria a partir de uma visão positiva de caos e complexidade.

 

Se presumirmos que a passagem do tempo implica em evolução da humanidade, deveríamos estar vivendo um período mais avançado, mais evoluído que aquele chamado de moderno, porém não é isto que se constata no mundo atual. Ao contrário, os conceitos ditos pós-modernos enfatizam que tudo é permitido, uma vez que tudo é também relativo, não se admite mais a rigidez anterior de que há um certo e um errado, de que algo é, portanto,  moralmente inaceitável. É preciso viver o aqui e o agora, custe o que custar, o que vale é o hedonismo e a permissividade; a barbárie tomou conta dos relacionamentos humanos, o respeito, a consideração pelo outro, a solidariedade, deixaram de existir; a competitividade preside os grupos humanos no trabalho, na escola e até na igreja, tudo voltado para o ganho de proeminência, status e poder; o que importa é ter sucesso, ser admirado, ser famoso, poder consumir o que desejar, sejam produtos, serviços ou prazer.

 

Krishan Kumar, sociólogo indiano e professor da Universidade da Virginia, nos EUA, fala sobre o mundo de hoje pela sua ótica: “Um mundo de presente eterno, sem origem ou destino, passado ou futuro; um mundo no qual é impossível achar um centro ou qualquer ponto ou perspectiva do qual seja possível olhá-lo firmemente e considerá-lo como um todo; um mundo em que tudo que se apresenta é temporário, mutável ou tem o caráter de formas locais de conhecimento e experiência. Aqui não há estruturas profundas, nenhuma causa secreta ou final; tudo é (ou não é) o que parece na superfície. É um fim à modernidade e a tudo que ela prometeu e propôs.” Assim como outros autores, sociólogos e antropólogos, Kumar define a pós-modernidade como a época das incertezas, das fragmentações, das desconstruções, da troca de valores que haviam sido consolidados na época moderna.

 

Seja como for, como consequências da difusão destes novos conceitos, assistimos e somos objetos de um permanente bombardeio de informações e de notícias por meio da mídia e da internet, e vemos assombrados, preocupados e impotentes o incremento da violência, da corrupção, da criminalidade em geral, que têm ganho requintes inauditos  de crueldade. Simultaneamente, a educação recebida na família e na escola, os valores como ética, moral e caráter, religião, a solidez do casamento e da família, estão perdendo espaço para novas formas de comportamento regidas pelas leis do mercado, do consumo e do espetáculo, com a egolatria prevalecendo acima de tudo e de todos.

 

Nas palavras da jornalista Jussara Moraes, Ao mesmo tempo em que se associou à Pós-Modernidade a decadência das grandes idéias, valores e instituições ocidentais como Deus, Ser, Razão, Sentido, Verdade, Totalidade, Ciência, Sujeito, Consciência, Produção, Estado, Revolução e Família, valorizou-se outros temas considerados menores ou marginais em filosofia, como Desejo, Loucura, Sexualidade, Linguagem, Poesia, Sociedades Primitivas, Jogo, Cotidiano, enfim, elementos que abrem novas perspectivas para a liberação individual.”

 

Às pessoas dos dias atuais interessa apenas a vida aqui e agora, valorizam somente o que é material, descreem que possa haver algo além do que podem apalpar, sentir, ver, ouvir e cheirar. O lema é: “tudo pela matéria, tudo pelo prazer, tudo pelo gozo imediato, nenhum compromisso com o porvir, com o depois”, porque desconhecem o que Paulo disse sobre eles em 2 Coríntios 4.4: “… o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.

 

E também mostra seu destino final em Filipenses 3.19, quando o apóstolo afirma que “O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”, e aconselha em Colossenses 3.5-6: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”.

 

Mas se nos dias de hoje o hedonismo invadiu o mundo, infiltrou-se também na igreja de Cristo. Muitos, dizendo-se cristãos evangélicos procuram em grandes multidões determinadas igrejas que lhes prometem prosperidade material, ao invés de ensinar sobre a verdadeira e eterna prosperidade, que é a espiritual. Como Jesus admoestou em Mateus 16.26: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?”.

 

O Evangelho pregado nestas igrejas corrompidas foi grosseiramente manipulado para supostamente oferecer a solução de problemas pessoais, melhorar a autoestima, falsamente curar doenças, proporcionar ganhos materiais, tornar pessoas mais poderosas e influentes, enfim, proporcionar tudo o que o incauto deseja para a sua vida aqui na terra. O Evangelho de Cristo foi deturpado e transformou-se pelas mãos destes falsos mestres contemporâneos em uma espécie de “remédio de camelô” espiritual, que é anunciado como cura de todos os males. O que mais impressiona é que estes falsários da Palavra de Deus, que deveriam pelo menos conhecê-la, não a temem nem quando lêem em Mateus 18.7 a admoestação de Jesus: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!”

 

Fomentadores descarados e irresponsáveis da crença utilitária em Deus e ao mesmo tempo da descrença nas Suas verdades soberanas, deveriam estes falsos líderes cristãos aprender, temer, viver e ensinar o que o apóstolo declarou em 1 João 2.15-16: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”.

 

Nós que conhecemos a verdade que nos libertou do pecado, ficamos contristados ao ver que – tal como na época antiga – na época atual tudo continua igual: as pessoas vivem suas curtas existências exclusivamente dedicadas a amealhar dinheiro e bens materiais, a gozar os prazeres da carne, como se a vida se resumisse apenas a isto. Triste e vã vida para estes que desconhecem que a função desta é principalmente preparar-nos para a próxima, a verdadeira vida, a vida eterna!

 

Agem como se Deus, o Criador Supremo do universo, Se deleitasse ao ver a joia de Sua criação, o homem, totalmente destituído da maravilhosa e sublime semelhança com Ele! Por isso Paulo, em 1 Coríntios 15.19 é incisivo quando afirma: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” Ao que nós  – considerando os valores do mundo pós-moderno – ousamos construir a paráfrase: “Se nossa vida se limita a uma vida material, sem Cristo, somos os mais desgraçados de todos os seres da Criação!”

 

Amado Senhor nosso que estás nos céus, não permita que essas pessoas religiosas influentes que não sabem o que fazem, que têm os corações cauterizados pelo fogo do inferno e agem como anjos do mal, continuem, – disfarçadas de puros querubins, – a cooptar tantos para a perdição total. Não permita, Pai, que tantos incautos, atraídos pelos cantos de sereia destes líderes espúrios, sejam arrastados para os descaminhos da existência terreal, compondo o triste grupo daqueles que jamais verão a Ti, porque estão em vias de serem lançados ao fogo eterno. Ó, Senhor, tem misericórdia, resgata-os e faz pesar sobre seus líderes Tua pesada mão julgadora. É no nome santo, precioso e puro de Teu Filho Jesus, que está acima de todo nome que assim oramos e desde já agradecemos. Amém.

 

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MARAVILHOSAS PROMESSAS

As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. Lamentações 3.22-23 (ARA)

 

 

 

 

O profeta Jeremias, malgrado todas as transgressões que via na sua época, ainda entrevia um raio de esperança no agir de Deus, pois o Senhor sempre responde às petições de um coração compungido e contrito. Talvez hoje pese-nos na consciência um pecado que achamos que Deus não perdoará, mas Seu amor inabalável e Sua infinda misericórdia são muito maiores que qualquer transgressão que possamos ter cometido. Ele alertou que castigaria toda desobediência, mas também prometeu derramar pródigas bênçãos futuras sobre Seu povo, por isso, dia após dia devemos crer em Sua fidelidade e em Suas maravilhosas promessas!

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DESVELO SEM LIMITES

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 1 Pedro 5.6-7 (ARA)

 

 

 

 

Nossa ansiedade é pecado porque põe em dúvida a sabedoria de Deus, como se Ele não soubesse o que está fazendo; é uma negação ao Seu amor e cuidado paterno, como se Ele não Se importasse com as nossas circunstâncias; despreza o Seu poder infinito, como se Ele não fosse capaz de nos libertar daquilo que provoca nossa aflição. Por isso, caso hoje estejamos nos deixando dominar por algum tipo de ansiedade, e se nossa soberba nos impede de lançá-la sobre Ele, estaremos demonstrando que não confiamos no Senhor, que nos falta humildade e fé para reconhecer e agradecer pela graça de Seu desvelo sem limites!

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