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CORREÇÃO

“Feliz é aquele a quem Deus corrige! Por isso, não despreze o castigo do Deus Todo-Poderoso”. Jó 5.17 (NTLH)

A tendência humana é receber mal toda repreensão, porém a pessoa que alcançou maturidade espiritual sabe que a correção que vem de Deus é invariavelmente uma bênção, pois Ele age sábia e amorosamente quando dela carecemos, e sempre para o bem dos que O amam. Considerando estas verdades inabaláveis, caso hoje estejamos sofrendo a merecida correção que vem do Pai, submetamo-nos agradecidos à Sua vontade perfeita, em obediência à Sua Palavra que nos ensina em Hebreus 12.5 (ARA): “… não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado…”.

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SER FELIZ – A HUMILDADE DE ESPÍRITO

Jesus proclamou as bem-aventuranças ou beatitudes há mais de 2.000 anos, e elas seguem uma ordem perfeita, em sequência lógica e espiritual. Suas assertivas continuam tão vivas e válidas como quando foram pronunciadas pelo Mestre, e a primeira delas é a pobreza ou humildade de espírito, registrada em Mateus 5.3 (NTLH): “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas”, que na versão ARA diz: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”, e na ARC: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”.

 

E a razão de ser a primeira bem-aventurança é que ninguém poderá entrar no Reino de Deus, a menos que seja humilde de espírito, característica fundamental do cidadão do Reino. Ela constitui-se em uma espécie de supressão, de esvaziamento, pelo qual devemos ser submetidos para que só então aja a condição de sermos plenificados, da mesma forma que a convicção do pecado antecede a conversão, e assim como o Evangelho condena o pecador antes de libertá-lo.

 

As bem-aventuranças foram originalmente anunciadas por Jesus em aramaico, e os judeus empregavam o termo pobre para designar alguém que não possuía nenhum recurso que o mundo poderia proporcionar, e assim colocava toda a sua esperança e confiança em Deus, na Sua misericórdia e provisão. Na tradução do Novo Testamento a partir do original grego para o português na versão ARA – Almeida Revista e Atualizada, a palavra pobre descreve a pessoa que vive na pobreza absoluta, completa, que está na mais profunda miséria. Cotejando os dois significados, o aramaico e o grego, o primeiro representando o homem que não possuía nada, e assim colocava sua vida inteiramente nas mãos de Deus, e o segundo o desvalido total, o humilde, o miserável, podemos dizer que Jesus afirmou com esta bem-aventurança que feliz é aquele que tem consciência de sua completa miserabilidade, e por isso humildemente entregou sua vida a Deus.

 

Se estivermos convencidos de que firmados nas coisas do mundo não teremos qualquer segurança, nem acharemos felicidade – ao contrário do que muitos pensam – e que só em Deus podemos confiar e com Ele contar, sentiremos que muitos dos valores que o mundo tanto preza nos serão indiferentes e até passaremos a por eles ter aversão e desprezo.

 

Deus é a única coisa que verdadeiramente importa, porque só nEle reside a nossa esperança de auxílio, fortaleza e vida abundante. Isto é, se formos espiritualmente pobres ou humildes de espírito, não teremos dúvida de que as coisas do mundo são coisa nenhuma, enquanto nosso Todo-Poderoso Deus é tudo!

 

Na verdade, ser bem-aventurado descreve muito mais que um simples estado emocional expresso pela palavra feliz: significa o desfrute permanente do favor e da graça de Deus, de um maravilhoso bem-estar espiritual concedido graciosamente pelo Pai, com a certeza inequívoca de um porvir extraordinariamente venturoso, que “… nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano…”, na asserção de Paulo em 1 Coríntios 2.9.

 

Jesus Cristo, principalmente por Seu exemplo admirável, mas também por Seu extraordinário ensino, valorizou sobremaneira e invariavelmente a virtude da humildade, como em Sua advertência em Mateus 18.3: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”.

 

Os humildes de espírito, pois, por sua própria condição de despojamento e carência, parecem estar mais sensibilizados para perceber a necessidade de depender exclusivamente de Deus e não de suas próprias escassas capacidades humanas, assim contrastando com a maioria dos orgulhosos e abastados que julgam-se autossuficientes. E são os humildes de espírito muitas vezes exemplos vivos a demonstrar que somente mediante a fé em Jesus Cristo e por meio da soberania e da graça de Deus é possível almejar ser feliz, e jamais por intermédio dos bens materiais, pelo poder secular ou por obras pessoais.

 

Mas é importante que consideremos que esta bem-aventurança não enaltece a pobreza material – intrinsecamente perversa – que compromete a qualidade e a expectativa de vida, dificultando e até impedindo o acesso das pessoas à saúde, à educação, ao trabalho, à segurança, à moradia e a outras necessidades básicas. Por certo Jesus jamais teria qualificado de “bem-aventuradas ou felizes” as cruéis condições de vida a que estão submetidas nos dias de hoje bilhões de pessoas em todo o mundo.

 

Ao contrário, o Evangelho de Cristo tem como um de seus objetivos a supressão deste tipo de pobreza infeliz, e o que Ele pregou é a pobreza feliz do espiritualmente pobre, daquele que admite sua total falta de condições para fazer frente às demandas da vida terreal, e assim volta-se para o Pai em absoluta e completa rendição, na certeza de que só nEle encontrará o amparo e a força de que carece.

 

A estes Jesus outorga a cidadania do Reino dos Céus, distinção concedida somente àqueles que fazem a Sua vontade e Lhe obedecem, aos que entregam suas vidas em Seus braços amorosos sempre abertos, que confiam, descansam e esperam nEle, por terem se conscientizado de sua completa incompetência, impotência e incapacidade para satisfazer às necessidades da própria existência na terra. Como afirmou o célebre físico, matemático, filósofo e teólogo francês Blaise Pascal, “A felicidade não está apenas dentro de nós nem fora de nós, mas sim em nossa união com Deus”, o que as palavras de John Wesley corroboram: “Não há felicidade a não ser em Deus.”

 

Continua a seguir, com o próximo artigo:

Ser Feliz – O Quebrantamento do Coração

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VIVER EM SANTIDADE

“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra”.  Mateus 5.17-18 (NVI)

Jesus, além de confirmar que tinha vindo para cumprir a lei, e não para revogá-la, ratificava a inspiração literal das Escrituras, mostrando que nada nelas, nem o menor sinal gráfico, era desprovido de grande significado e importância, pois cada letra, de cada palavra do Antigo Testamento, é vital e será infalivelmente cumprida. No entanto, atentemos neste dia que a dispensação da Lei já apontava para o Cristo que viria trazer a dispensação da Graça, com a aplicação e o aprofundamento da Lei às novas circunstâncias da vida no Reino de Deus, onde o Salvador reina, e onde somos chamados a viver em santidade!

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