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PERDÃO

“Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.  Mateus 6.14-15 (NVI)

 

 

 

 

Deus nos ordena perdoar a todos, e essa deve ser uma decisão consciente, fruto da nossa vontade de imitar a Cristo, que nos perdoou quando éramos Seus inimigos e continua nos perdoando, apesar das nossas ofensas a Ele terem sido muito mais graves do que as cometidas por outras pessoas contra nós. Mas consideremos hoje que ainda há outras fortes razões para concedermos perdão: só ele pode interromper o ciclo da culpa, da dor, da falta de graça; só ele pode contribuir para a transformação do culpado; só ele coloca o perdoador no mesmo nível do perdoado, mostrando que ambos não são tão diferentes um do outro…

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FUNÇÃO

Tudo o que Deus concebeu de forma tão prodigiosa desde a fundação do mundo a partir do nada, tem uma função única e insubstituível; nenhuma coisa, em Sua obra perfeita, irretocável, deixa de ter uma finalidade importante, essencial, seja por si só, seja no conjunto da Criação, onde tudo está perfeita e inextricavelmente integrado.

 

Como exemplo, detenhamo-nos um pouco na observação de uma árvore, apenas uma das incontáveis criaturas prodigiosas que Deus criou aqui na terra. Cada uma de suas partes tem um propósito essencial para o conjunto: a raiz explora o solo, absorvendo a água e os nutrientes necessários à sua existência, e é também a “fundação” que a estabiliza e fixa ao terreno; o caule, ou tronco, faz a interligação entre a raiz e as folhas, transportando a seiva bruta através de um conjunto de vasos condutores, chamado xilema, enquanto a seiva elaborada pelas folhas é conduzida até o restante da planta, por um conjunto de outros vasos chamado floema. A casca que reveste o caule é composta de tecido morto, com a função de proteger os tecidos vivos do vegetal, tanto contra o ressecamento, quanto contra a ação de micro-organismos, insetos, agressões físicas e variações climáticas. As folhas são maravilhosos coletores de luz solar que a utilizam para realizar a fotossíntese, um processo de produção de glicose e oxigênio. Mas as folhas têm ainda outra função: ao captar o gás carbônico para processar a fotossíntese, agem como filtros vivos, liberando o oxigênio na atmosfera e removendo poeira e outras partículas, por isso cada árvore é um extraordinário aparelho natural de ar condicionado que melhora a qualidade do ar, além de absorver os ruídos e o barulho das cidades, e estas são apenas algumas das muitas propriedades que fazem com que sua existência e função sejam fundamentais para a vida no planeta. Adicionalmente, a árvore serve de abrigo para as aves, para outros animais e, por vezes, até para o homem, fornecendo, em dias quentes, o alívio da sombra amiga, da brisa refrescante e das temperaturas amenas; estudos comprovam que sua proximidade com o ser humano tem também um efeito calmante que reduz o estresse do trabalho e a fadiga, e mostram até mesmo que áreas verdes residenciais urbanas bastante arborizadas possuem índices de criminalidade menor, quando comparadas com áreas do mesmo tipo, porém sem arborização; além disso, elas têm o importante papel de complementação da arquitetura e do urbanismo, amenizando e enriquecendo a paisagem, e estas são algumas das muitas funções desta criatura abençoada que Deus criou, da mesma forma como a mim e a você.

 

O infinito e incompreensível amor de Deus um dia moveu-O a criar o mundo como dádiva ao ser humano, numa manifestação amorosa do Pai Perfeito que ama Seus filhos imperfeitos, apesar de saber que eles nada merecem, a não ser castigo. E este mesmo amor Ele deseja que aprendamos a revelar ao longo de nossa vida, permeando todas as nossas atitudes, pensamentos e ações, para em tudo glorificá-Lo.

 

Porém, em franca oposição ao plano divino, ao longo da existência desse planeta, muitas pessoas insensata, porém deliberadamente, têm-se dedicado a destruir o que Deus criou de forma tão primorosa, amorosa e harmônica com a função de nos abrigar, deleitar, manter a nossa saúde e viabilizar a nossa existência. São demônios que satanás espalhou por toda a terra com a missão de atacar e devastar a Criação de Deus tão perfeita, maravilhosa, impecável, visando sobretudo os desvalidos: pessoas, crianças, idosos, mas também os doentes, os deficientes, os animais indefesos em meio à natureza e todo o meio-ambiente extraordinário do nosso lar terreal.

 

O renomado escritor e pregador cristão John Piper neste sentido afirmava que “… este mundo existe para a glória da graça de Deus revelada na obra salvadora de Jesus. (…) O que significa que a razão final de todas as coisas é a comunicação da glória da graça de Deus para o alegre louvor de uma multidão redimida de todos os povos e línguas, tribos e nações”.

 

 Grandes lições o Senhor nos ensina por meio de Seu exemplo formidável de ação, que flui com poder e graça através de toda a Bíblia: Ele mostra que detesta, nas ações humanas, o desperdício, assim como odeia o mal, a hipocrisia, a injustiça, o desamor, a falta da graça, o caos, a desordem e a ausência de planejamento, mas também a inexistência de função, de propósito produtivo e útil em tudo o que façamos, mas sobretudo repudia a falta de objetivos guiados pelo amor a Ele e ao próximo.

 

E isto fica muito claro no livro de Gênesis, quando nos primeiros versículos trata da origem do mundo e da história humana – que não deve ser confundida com o princípio da eternidade – ao relatar em Gênesis 1.1 que “No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo…”. Embora a terra estivesse temporariamente sem função, às escuras, Deus já tinha planejado a finalidade que teria, mas para isso precisaria, antes de mais nada, que houvesse um elemento fundamental, então ordenou nos versos 3-4: “… Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas”.

 

Qual seria a primeira função da luz? Possibilitar a criação do dia, em contraposição e complementação à noite, então “Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite…”.

 

E o Senhor prosseguiu Sua Obra inefável, maravilhosa, criando o firmamento (v.7), a Terra (parte seca), e os Mares (o conjunto das águas), cada um com a sua indispensável função, e considerou tudo bom (v. 10). A seguir determinou que a necessidade prioritária da terra, àquela altura, era produzir vegetação para viabilizar a vida humana e a dos animais que Ele tinha planejado criar (vv. 11-12).

 

A criatividade divina é inesgotável, e tudo o que Deus concebe, o faz de forma completa e perfeita, então substituiu a fonte de luz do primeiro dia e colocou no firmamento o Sol e a Lua, com a função de distinguir entre o dia e a noite, para servir de guia para orientar os homens, mas também para manifestar julgamentos divinos, – como os que Jesus anunciou em Mateus 24.29 – mas também para iluminar a terra e delimitar as estações do ano (vv. 14-18).

 

Prosseguindo, Deus criou as faunas aquática e a terrestre (vv. 20-25) para prover de alimento e bem-estar o homem e a mulher que ainda seriam criados como as joias da Sua Criação, dotados da responsabilidade de multiplicar-se, encher a terra e dela cuidar, como também de toda a fauna e a flora (vv. 26-30).

 

Mas a responsabilidade do homem e da mulher, uma vez que foram idealizados à Sua imagem é, portanto, refletir em si mesmos a Ele, como Paulo louva e esclarece em Romanos 11.36: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”.

 

Então sem qualquer sombra de dúvida, somos levados a concluir que a razão para tudo o que existe, a função última do universo, do mundo, do homem e de todas as coisas criadas, é a glória de Deus! Porém Ele também deseja que desfrutemos eternamente de todo o deleite, de todas as bênçãos que nos proporciona, por isso em 1 Coríntios 10.31 preceitua por intermédio de Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.

 

É importante neste ponto termos a plena consciência de que fomos concebidos para ver a Sua glória, extasiarmo-nos com ela, sermos tocados por ela, e auxiliarmos outros a enxergá-la e dela desfrutarem, conduzindo-os a conhecê-la e amá-la como nós mesmos o fazemos.

 

Sua maravilhosa Criação está à vista de todos, não há homem que não possa vê-la, porque Deus se dá a conhecer a todos o seres humanos, embora muitos persistam em rejeitar a verdade por sua ignorância deliberada que de antemão os condena. Contudo, apesar da cegueira de muitos, a fabulosa criação divina está aí, à vista de todos, mostrando que “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”, como louva Davi no Salmo 19.1.

 

O universo infinito, que pouco a pouco vai revelando os prodígios de Deus através do que astrônomos têm trazido a lume graças às novas tecnologias empregadas, não fornecem qualquer escusa àqueles que insistem em não querer ver o óbvio. Ao contrário, reforçam a condenação de Paulo em Romanos 1.20-21: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”.

 

Oremos a Deus, pois, para que nos conceda, por meio de Seu Santo Espírito, a sabedoria de que tanto necessitamos para que jamais tenhamos atitudes insensatas, contrárias ao que Ele espera, e que nos afastam do propósito maiúsculo que tem para a Sua Criação e para cada um de nós per se, e assim possamos obedecer fielmente ao que a Sua Palavra nos exorta em Efésios 5.1,16: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; (…) remindo o tempo, porque os dias são maus”.

 

Senhor amado, ensina-nos a que tudo o que façamos, pensemos, digamos, criemos, guardemos e doemos, tenha, acima de tudo, uma função relevante na construção do Teu Reino, e que nada do que intentemos fazer seja desprovido de utilidade, lembrando-nos sempre que devemos bem empregar o tempo, os recursos e os dons que nos outorgasTe. Dá-nos, Pai, a sabedoria que vem de Ti, para que saibamos levar a cabo, durante nossa jornada terreal, as responsabilidades que nos conferiste através da Tua Palavra e da Tua Criação, ao fazeres de nós instrumentos da Tua graça. É desta forma que oramos, com inefável gratidão em nossos corações, no Nome Santo de Jesus. Amém.

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SERVIÇO AO PRÓXIMO

“Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes?’ Disse ele: ‘Sim, Senhor, tu sabes que te amo’. Disse Jesus: ‘Cuide dos meus cordeiros’”. João 21.15 (NVI)

 

 

 

 

Após ter provido alimento aos discípulos, Jesus faz a Pedro a pergunta que repetiria ainda duas outras vezes, dando-lhe assim oportunidade de bem refletir sobre a resposta. O Senhor deseja saber se Pedro O ama, quanto O ama e de que forma O ama, mas ele, ao recordar suas negações anteriores, tem uma reação comedida. Então o Mestre ensina-lhe como demonstrar o amor que dizia ter: Jesus ainda hoje – apesar de sermos tão incapazes de devotar a Ele a excelência do amor que Lhe é devido quanto Pedro na ocasião – também concede-nos não só a graça do Seu amor incondicional, como nos convida a cooperar no serviço ao próximo!

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