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DÍVIDA

“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros…”. Romanos 13.8 (NTLH)

 

 

 

 

Paulo neste dia não está proibindo-nos que, – como cristãos verdadeiros, – contraíamos qualquer tipo de dívida, o que seria impensável atualmente, mas orientando-nos para que pautemos nossa conduta por princípios de sabedoria, equilíbrio e responsabilidade financeira: sempre pagando nossas contas em dia, nunca fazendo dívidas para adquirir coisas supérfluas, jamais nos endividando se não temos a perspectiva de pagar e evitando assumir compromissos com juros exorbitantes. Contudo, única divida que somos obrigados a manter é a de compartilhar o Evangelho com os não convertidos e de amar os irmãos!

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MÚSICA QUE FAZ TRANSCENDER – Parte 3

O renomado escritor cristão Philip Yancey, em seu livro Open Windows escreveu: “Não tenho notícias de reavivamentos de igrejas causados pela música clássica. Mas em mim, um cristão, o diligente cuidado investido pela maior mente musical na expressão de um acontecimento que dividiu a história ao meio, encontrou sua recompensa. Se a grande arte representa o “gotejar da graça”, capaz de despertar em nós uma sede pelo verdadeiro Objeto, sob o controle do mestre certo, esse gotejar pode transformar-se numa enxurrada da presença de Deus. SDG”. E em outro livro, Sinais da Graça, registrou com entusiasmo e admiração sobre Bach: “Ele compunha como se não tivesse um patrocinador abonado, mas o próprio Deus estivesse examinando todas as notas e frases…”.

 

Nenhum compositor de música exerceu, e continua a exercer, tanta influência sobre outros compositores eruditos quanto ele, e a lista inclui mestres que foram, por sua vez, notáveis criadores de música erudita e sacra que seguiam estéticas muito afastadas dos princípios barrocos, como Haydn, Mozart, Beethoven, Schumann, Mendelssohn, Brahms, Wagner, Liszt, Chopin, Mahler, Reger, Debussy, Saint-Saëns, Ravel, Fauré, Schoenberg, Hindemith, César Franck, Elgar, Britten, Walton, Copland, Respighi, Villa-Lobos e muitos outros. Considerado como um dos mais brilhantes luminares da música ocidental, e sua produção é uma das bases principais do repertório de concertos em todo o mundo, e para muitos críticos e estudiosos, é o maior compositor de todos os tempos.

 

Não é de espantar, portanto, que sua música tenha atravessado os séculos, mantendo-se admirada, apreciada, consagrada, enquanto as composições musicais “menores”, eruditas, mas principalmente as populares, tendem a ser esquecidas e acabam desaparecendo em escaninhos de museus. É possível imaginar que alguma música popular de grande sucesso atual seja lembrada e executada em larga escala como a música de um grande mestre como Bach? Convenhamos que é pouco provável, e isso se confirma quando verificamos que não há registro de peça popular de apenas 80 ou 100 anos atrás que seja lembrada e tocada comumente na atualidade, e a maioria, após poucos anos é completamente esquecida.

 

Deus, em Sua extraordinária benignidade e inexcedível amor, criou o ser humano dotado de criatividade para que pudesse cooperar de várias formas na construção do Seu Reino, e uma delas é a criação artística, que visa levar deleite e elevação ao semelhante através das várias formas de arte. E a história tem comprovado ao longo das eras, que só aquilo que o homem cria com suprema qualidade artística perdura.

 

É esse o caso da música que é composta com altíssimo nível de refinamento para os padrões humanos, como a música erudita dos grandes mestres. Essa é a música que faz transcender, é aquela que brota do coração de Deus para envolver o coração e a mente daqueles que Ele escolheu, a quem concedeu o dom de compor obras musicais de forma inovadora e sublime, de registrar para sempre em uma partitura as maravilhas sonoras que a cada vez que são tocadas inundam os corações de gerações e gerações de pessoas sensíveis pelos séculos afora, tangendo as mais profundas cordas de suas almas e elevando seus espíritos.

 

Enquanto que o conceito clássico era o de que a música é a arte de combinar os sons de maneira agradável aos nossos ouvidos, e o conceito romântico afirmava que a música é a arte de expressar os sentimentos de nossa alma por meio dos sons, nessa era em que vivemos, onde a todo instante há um novo estilo de música na moda, somos obrigados a sintetizar a conceituação de música, dizendo apenas que é a alternância de sons e silêncio, geralmente vinculada a ritmos dançantes, muitas vezes frenéticos. Curiosamente, esse mesmo conceito aplica-se à música primitiva, igualmente dançante e frenética, como é, por exemplo a moderna e tecnológica música eletrônica, que visa não o deleite do ouvinte, mas criar um estado de frenesi que normalmente é potencializado pelo uso de drogas alucinógenas.

 

Ao contrário, a música erudita é um fim em si mesma, feita para elevar o espírito humano, para relaxar, acalmar e criar condições adequadas de concentração para o trabalho e o estudo, por exemplo. São muitas as experiências científicas que têm provado que a música barroca e algumas peças de Mozart diminuem o ritmo cerebral, a pressão arterial, a frequência cardíaca e relaxam os músculos, aumentando o raciocínio, a memória e o aprendizado espacial.

 

O médico e educador búlgaro Giorgi Lozanov descobriu que é possível atingir um estado mental propício para o aprendizado, possibilitando que qualquer pessoa aprenda mais e melhor, num espaço de tempo muito menor, quando nosso cérebro passa a operar no chamado nível alfa, com uma frequência cerebral entre 8 e 12 ciclos por segundo. Para conseguir essa diminuição, utilizou uma associação de relaxamento com a audição de música barroca, com resultados excelentes, pois seus alunos, livres da tensão e do stress, passaram a ter uma grande melhoria na percepção, processamento, memorização e recuperação de informações aprendidas, em especial no que se refere ao aprendizado de línguas estrangeiras.

 

Parece difícil imaginar que o tipo de música celeste possa se assemelhar, por exemplo, à música sertaneja, hip-hop, samba, pagode, heavy-metal, funk, country, forró, axé, ou a qualquer outro estilo em voga atualmente. Provavelmente será uma espécie de música tão transcendente que sequer podemos fazer ideia, situando-se em um nível de qualidade inimaginável, de sublimidade muitíssimo superior à já excelsa música dos grandes mestres humanos porque, enquanto vivemos neste planeta, nossos limites perceptivos e de criação são humanos, imperfeitos, e aquela música terá origem divina, portanto perfeita.

 

Paulo nos ensina que para vivermos a vida nova em Cristo é preciso atentar para a exortação que nos faz em Colossenses 3.1-2 (ARA): “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra…”. Assim sendo, tudo aponta fortemente para o fato de que em nossa vida cristã, – onde as coisas do alto como a excelência, o apuro, a fineza, a sensibilidade, a beleza, a transcendência e a elevação do espírito são essenciais, – tais virtudes na área da música devem ser incessantemente buscadas, cultivadas, valorizadas e aprimoradas.

 

Por certo, um dia conheceremos extasiados a música divina que soa nos céus, onde, como Paulo assegura em 1 Coríntios 2.9 (ARA), “… Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. Talvez se assemelhe à descrição deslumbrante e gloriosa de Lucas 2.13-14 (ARA), quando do advento do Filho do Homem: “E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”. Assim os coros celestiais substituíram os músicos terrestres, entoando para Jesus canções que teria sido impossível serem cantadas por vozes humanas com tal nível de excelência e perfeição. Que este primeiro hino de Natal, cantado pelas multidões de anjos celestiais, nunca mais silencie, e continue repercutindo pelos séculos afora, exaltando a Deus através do Seu Filho, e que cada palavra de louvor e júbilo proferida seja uma abençoada profecia que se cumpra hoje e sempre!

 

Criador bendito que tudo concebeste de forma tão extraordinária, onde a beleza impera, a criatividade é sublime, em que tudo tem função própria, ajuda-nos a viver de acordo com os princípios que Tu traçaste magistralmente para nós. Teu amor nos propiciou a audição de todos os tipos de sons maravilhosos que criaste, todos harmônicos e elevados, mas a humanidade corrompeu-os tentando sobrepor a eles o barulho vulgar e diabólico que hoje predomina e que, como instrumento do maligno, arrasta multidões em cortejo fúnebre rumo à destruição final de suas almas. Ajuda-nos, Senhor Todo-Poderoso e Misericordioso, a sermos instrumentos Teus na proclamação de tudo o que vem de Ti em Palavra e em Som, para que sejas para sempre glorificado! Em nome de Jesus. Amém.

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DÁDIVA SOBERANA

“…e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”. Efésios 4.7 (ARA)

 

 

 

 

 

Cada membro do Corpo de Cristo – a Sua Igreja – é capacitado para uma função especial que compõe a unidade do todo em sua multiforme diversidade, onde não há dois membros iguais, nem com o mesmo papel a cumprir, e tudo que cada um possui é dom da graça de Cristo, concedido por intermédio do Espírito Santo. Que hoje tenhamos consciência de que, por esse fato, nunca podemos nos gloriar por algo que Deus faz através de nós, como se tivéssemos algum mérito, porque toda manifestação genuína do Espírito é dádiva soberana da graça de Deus, a quem cabe, exclusivamente, toda a honra e toda a glória!

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