janeiro 2012

Ashbel Green Simonton

Houve um homem que sentiu o chamado de Deus para ser missionário no Brasil. Ashbel Green Simonton nasceu no sul da Pensilvânia em 1833 e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Abandonou seu curso de Direito para estudar Teologia e veio solteiro para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro em 12/08/1859 como missionário pioneiro da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Casou-se quatro anos depois, ganhou uma filha e perdeu a esposa no ano seguinte. Morreu de febre amarela em São Paulo em 1867 aos 34 anos.  Fundou a 1º Igreja Presbiteriana do Brasil, atual I Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro em 1862. Ao longo dos sete anos que viveu no Brasil, recebeu 70 pessoas à comunhão da Igreja – dez novos membros por ano – não obstante a natureza pioneira de seu ministério, os desgastes com a morte prematura da esposa, e a situação crítica dos Estados Unidos com a Guerra de Secessão envolvendo a questão da escravatura  (1861-65), que o afligia muito.

Registros de seu diário:

12.02.1861 “Em casa do Major Paulino Iris, encontrei dois padres. Discuti com o mais jovem sobre a conveniência de colocar a Bíblia nas mãos do povo. A seu pedido enviei-lhe uma Bíblia”.
03.05.1855 “Não terei dúvidas em sacrificar seja o que for, do ponto de vista mundano, para optar pelo ministério – contudo que veja a vocação com clareza”.
20.01.1856 “Estou pronto para desistir do mundo com suas riquezas e honras, e ir a qualquer lugar onde Deus me envie a seu serviço”.
17.03.1856 “Em nenhum lugar o avivamento religioso é mais necessário ou deveria ser mais procurado, do que num seminário teológico.”
10.10.1859 “Fui com o senhor H. a um leilão em que ele comprou dois negros. Outra vez estou no meio do horror da escravidão”.
14.01.1862 “A semana de oração passou. Creio que o povo de Deus em todos os lugares levantou súplicas fervorosas pelo derramamento do Espírito, para que o Reino de Cristo se estabeleça na terra nestes tempos de tormenta”.
08.07.1862 “A noite passada ficamos conversando até altas horas sobre o passado e sobre os que partiram. Cada um contribuía com maior ou menor parte dos tesouros de sua memória. Muitos incidentes e lembranças foram revividos e a conexão do presente com o passado parecia completa. Foi uma legítima reunião de família, pois mesmo os que partiram pareciam estar conosco”.
03.01.1863 “Depois de uma advertência de cem dias, o Presidente fez a 1º de janeiro uma Proclamação emancipando todos os escravos nos Estados rebeldes, com exceção dos Estados de fronteira”.
07.07.1863 “Cruzamos a linha do Equador a 4 de julho. O dia estava lindo e para comemorá-lo Helen pôs seu melhor vestido de viagem… para essa ocasião patriótica (87º aniversário da independência dos Estados Unidos).
02.05.1865 “Em Brotas, encontrei melhores sentimentos e sinceridade religiosa e passei a alimentar maior esperança de uma rápida propagação do evangelho no Brasil”.

(Extraído de Entrevistas com Simonton, de Elben Lenz César).

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