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ACEITOS POR ELE

“Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura”.  Gálatas 6.15 (ARA)

 

 

 

 

Tenhamos hoje bem presente que os templos suntuosos, as denominações religiosas, as liturgias padronizadas ou espontâneas, os cultos espetaculosos dos dias que correm, da mesma forma que a circuncisão ou a incircuncisão da época de Paulo, nada significam para Deus. O que importa a Ele, eternamente, é nascermos de novo; é nos convertermos de escravos do pecado, em Seus filhos; é termos o Cristo ressurreto em nós. Somente por meio da mudança de mente e de coração nos capacitamos a crer no Senhor Jesus, a viver uma vida de devoção a Deus e a nos dedicarmos a fazer o que nos torna aceitos por Ele!

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VOSSO PAI SABE…

“… quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue”. Isaías 1.15 (ARA)

 

 

 

 

 

 

Aqueles que tolamente imaginam que terão suas orações ouvidas pelo Senhor apenas por expressar atitudes de devoção, submissão e contrição – enquanto seus corações desmentem estas manifestações exteriores – assemelham-se aos que Jesus condenou em Mateus 6.5 pela forma fingida como oravam, admoestando: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas…”. O que agrada a Deus, hoje e sempre, é que O louvemos com nosso ser integral, exclusivamente para a Sua glória, como Jesus explicou a seguir em 6.8: “… Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”.

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TOLERÂNCIA

Dirigir no trânsito caótico das grandes cidades brasileiras pode ser um grande teste de tolerância. Um pastor amigo costuma contar que por muito tempo se estressou ao sair com seu carro, ao ter de conviver com os motoristas “barbeiros”, os violentos, os infratores contumazes, até que um dia resolveu mudar de atitude: ao invés de protestar, passou a abençoar. Quando recebe uma “fechada”, uma “buzinada” ou um xingamento, abre um sorriso dirigido ao outro motorista e ora: “Deus te abençoe!”.

 

Diz ele que desde aquele dia seu stress no trânsito acabou. Em circunstâncias como estas, precisamos nos lembrar que aqueles que menos parecem merecer amor são os que mais necessitam dele, e por isso representam ótimas oportunidades de exercitarmos nossa tolerância. Outro dia fui violentamente “fechado” por um barbeiro, e ao olhar assustado e ainda um pouco trêmulo para o outro carro, fui obrigado a sorrir quando li no adesivo que havia no vidro traseiro: Calma: Deus ainda está trabalhando comigo!

 

Nenhum cristão verdadeiro pode em sã consciência apoiar as atrocidades cometidas pelos nazistas durante a segunda guerra mundial, ou os ku-klux-klan norte-americanos, ou os terroristas que estão hoje por todo o mundo, pois representam a expressão máxima da intolerância, mas, por incrível que pareça, em certas circunstâncias nós próprios nos vemos alimentando em nossos corações germes de intolerância. É difícil tolerar a pessoa que age de forma diferente da nossa, seja ela a sogra, a nora, o genro, o cunhado, o irmão da igreja, especialmente se é de outra cultura ou raça!

 

Nos dias que vivemos – e isto é bíblico – é comum vermos a intolerância grassando até mesmo no seio das famílias, e por vezes nos perguntamos por que Deus não manda já para o inferno os assassinos, os violadores, os ladrões, os pedófilos e os corruptos! Em um mundo globalizado, onde devemos conviver com os diferentes, é preciso sermos tolerantes e misericordiosos com o nosso próximo, pois Deus é longânimo e misericordioso para conosco, e esta é a mesma atitude que Ele espera que tenhamos, enquanto esperamos pelo Seu juízo perfeito, que se dará no Seu tempo.

 

Um palestrante cristão disse certa vez ao público em um evento que reunia milhares de pessoas: “Se você reclama, condena e critica, não precisa se preocupar com o inferno. Você já vive nele!” De fato, se observarmos as circunstâncias nas quais estivemos reclamando de algo, ou condenamos alguém por ter feito ou praticado alguma coisa com a qual não concordávamos, ou criticamos a outrem por dele discordarmos, provavelmente constataremos que naquele momento não estávamos bem equilibrados emocional e/ou espiritualmente.

 

O Todo-Poderoso, em Sua infinita criatividade, e pelo conselho de Sua vontade soberana, jamais fez dois seres humanos iguais: na Sua Criação, não há dois DNAs iguais, duas impressões digitais idênticas, não existem duas íris semelhantes, mesmo no rosto da mesma pessoa. Assim, o Criador fez cada ser humano singular, não apenas fisicamente, mas também mental e espiritualmente. Somos, cada um de nós, exemplar único, com nossas peculiaridades, idiossincrasias, preferências e tendências exclusivas, com qualidades e defeitos próprios.

 

Por isso precisamos nos tolerar uns aos outros, mas mais importante que simplesmente tolerar ao outro é amá-lo, sem o que não poderá haver convivência pacífica, harmoniosa e duradoura. Como é fácil esquecermos do amor, da graça e da misericórdia que Jesus ensinou e sem cessar exemplificou, como em Marcos 12.33 quando afirma que “… amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios”.

 

É preciso muito cuidado para lidar com a intolerância, pois ela está estreitamente relacionada com nosso ego contrariado. Por isso, antes de manifestarmos qualquer sinal de intolerância, devemos contar até dez e orar, pedindo a Deus que nos dê discernimento e sabedoria para lidar com aquela situação, lembrando que nossas manifestações de intolerância inevitavelmente abrem portas em nossos corações para a entrada do maligno.

 

Duas notícias, uma ruim e outra boa: a ruim é que a intolerância pode destruir um lar, uma empresa, uma sociedade, uma amizade, uma igreja; a boa é que a solução está nas nossas mãos. Não podemos mudar as atitudes de ninguém, apenas as nossas. Portanto, cabe-nos detectar nossa condição de eventual intolerância e atacá-la, orando ao Senhor para que nos ajude a transformar-nos, lembrados do que Paulo escreve em Romanos 3.10,21-25: “… Não há justo, nem um sequer (…). Mas agora(…) se manifestou a justiça de Deus (…);  justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos…”.

 

Jesus, nosso modelo e exemplo em tudo, foi também referência inexcedível de tolerância quando, por exemplo, em Lucas 23.34, ao ser crucificado pronunciou a frase que denota o grau máximo da indulgência: “… Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Provavelmente se estivéssemos no Seu lugar, clamaríamos ao Pai para que fizesse descer fogo do céu sobre aqueles ímpios injustos, como Tiago e João gostariam de fazer contra os samaritanos que rejeitaram a Jesus em Lucas 9.54.

 

Porém, quando foi necessário, Jesus insurgiu-se indignado contra os vendilhões do templo em João 2.15, e “… tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.” Em outras ocasiões repreendeu firmemente os próprios discípulos, como em Mateus 6.30; 8.26 e 16.8, e os religiosos judeus em Mateus 3.7; 12.34-37; 15.3-14; 23.1-36, revelando Sua justa intolerância contra aqueles que afrontavam a Deus.

 

Observemos, portanto, que há uma sutil linha divisória entre a tolerância e a omissão, e é preciso saber discernir quando e o quanto deveremos ser tolerantes, e a circunstância e o momento de mostrarmos firmemente a nossa discordância. Quando a atitude de alguém ou de alguns é contrária ao que Deus nos ordenou por meio de Sua Palavra, não devemos tergiversar, timidamente calar, mas sim condenar e repudiar, manifestando nossa enérgica inconformidade.

 

Ninguém consegue amar plenamente sendo intolerante, e quem ama age sempre com delicadeza, carinho, respeito, aceita o outro como é e convive bem com os seus defeitos e qualidades. Em 1 Coríntios 13.4-6, na versão Bíblia Viva, lemos: “O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda o rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra, quando a verdade triunfa”.

 

Em Efésios 4.2, versão da Bíblia Viva, Paulo ministra aos crentes da igreja de Éfeso para que “… vivam e comportem-se de maneira digna daqueles que foram escolhidos para receber bênçãos tão maravilhosas quanto sejam humildes e amáveis. Sejam pacientes uns com os outros, tendo tolerância pelas faltas uns dos outros por causa do amor entre vocês.” Isso significa que precisamos sempre dar apoio aos nossos semelhantes, tratando-os com humildade, gentileza e paciência, propiciando, desta forma, meios pelos quais eles possam crescer, aprender e evoluir em santidade, e sempre na presença de Deus.

 

Aqueles que compreenderem a diferença entre tolerância e amor, e então decidirem viver em amor no seu dia a dia, constatarão que suas vidas transcorrerão com muito menos conflitos, desentendimentos e discussões, em clima de paz e harmonia, que é como Deus planejou desde o princípio que fosse a vida do homem por Ele criado.

 

Senhor Deus e Pai, sempre e cada vez mais precisamos desesperadamente de Ti. Ajuda-nos a sermos mais tolerantes com o nosso próximo e até conosco mesmos. Não permita, Senhor, que o nosso desconforto, nosso repúdio, nossa frontal discordância com as coisas mundanas nos levem a atitudes de intolerância, mas fortalece-nos na fé e no amor que Tu derramas sobre nós, para que sejamos Teus  agentes de transformação deste mundo caído. Em nome de Jesus assim oramos. Amém.

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