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NEM FRIO, NEM QUENTE (1)

Um experiente pastor certa vez disse que a igreja é muitas vezes formada por – no mínimo – três grupos: os que fazem acontecer, os que esperam acontecer e os que torcem para nada acontecer, e estes são aqueles que querem manter o status quo morno e descompromissado. Não se envolver com a obra de Deus e evitar o crescimento espiritual, portanto, é o primeiro passo para atingir a mornidão que o Senhor tanto detesta, pois o crente morno – que não é frio nem quente – é o que deliberadamente desobedece aquilo que Jesus tão enfaticamente pregou em Mateus 6.33: “… buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas (materiais) vos serão acrescentadas.” O Seu Reino Eterno deve ser o nosso verdadeiro alvo, e não as coisas do mundo, as coisas que compõem o limitado, claustrofóbico, orgulhoso, deplorável e passageiro reino do nosso ego.

 

Esta linha teológica é bastante compatível com o que outro pastor, Ronaldo Lidório,  certa vez escreveu: “A primeira missão da Igreja não é proclamar o evangelho, não é se expandir nem mesmo conquistar a mídia ou impactar a sociedade. A primeira missão da Igreja é morrer: é rejeitar os valores da carne e ser revestida com os valores de Deus. É se humilhar para glorificar ao seu Senhor.”

 

Muitos crentes vivem em um ambiente corriqueiro, trivial, mundano, marcado por um permanente conflito entre as exigências, ditames e demandas do seu próprio ego e as sublimes coisas de Deus. O crente nem frio nem quente vive focado no reino do seu ego, buscando permanentemente sua autossatisfação, o atendimento de suas vontades, desejos, necessidades e sentimentos. Se a nossa prioridade de vida somos nós próprios, como poderemos amar a Deus ou ao nosso próximo? Como é possível desconhecer, desconsiderar, ignorar que Deus, pela Sua misericórdia infinda e mercê de Sua maravilhosa graça, decidiu nos conceder a glória transformadora do Seu Reino Eterno para nos abençoar?

 

Louvado seja o Senhor que, por intermédio de Paulo, em Gálatas 5.13-14, nos orienta explicitamente sobre como sermos vitoriosos nessa guerra incessante que existe em nós entre o reino do ego e o Reino de Deus: “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. Toda a lei se resume num só mandamento: “’Ame o seu próximo como a si mesmo’”.

 

Fica claro que, só quando verdadeiramente amarmos a Deus sobre todas as coisas estaremos aptos a amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Só quando Deus estiver entronizado no lugar de honra que Lhe pertence em nossa vida, – como resultado da priorização do nosso foco vertical, porém simultaneamente mantendo nosso foco horizontal inundado pelo Seu amor infinito – é que conseguiremos amar como Ele deseja que amemos.

 

O Reino de Deus, portanto, é claramente um reino de amor ilimitado, inconcebível, inimaginável para os nossos padrões humanos por ser glorioso, transformador, redentor. Somos então obrigados a admitir que o crente morno não entende o que é o Reino de Deus, do contrário estaria totalmente ansioso, muito desejoso, ávido mesmo por conhecê-lo e para nele viver.

 

E o evangelista João em sua primeira epístola 4.7-12 ensina de forma soberba o que é o amor de Deus que permeia e inunda o Seu Reino e que deveria nos inundar também: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós”.

 

A carta a Laodiceia, registrada em Apocalipse 3.14-22 – de que trataremos na próxima publicação – é o exemplo máximo daquilo o que Jesus Cristo mais abomina não só na igreja, como também no crente: não ser frio nem quente. Enquanto que frio é o ímpio e quente é o verdadeiro cristão, morno é o falso cristão, o enganador, o hipócrita que Deus repele com asco. O crente morno estacionou ou desviou-se no caminho da santificação, contentando-se apenas com as migalhas do magnífico banquete que Cristo oferece, ao invés de aceitar entusiasticamente o convite que Ele fez no versículo 20 da epístola: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”

 

Continua…

 

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OUVIR E OBEDECER

“… importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” Hebreus 2.1-3 (ARA)

 

 

 

 

Meditemos hoje sobre a grandeza de Cristo e de Sua dádiva, o Evangelho da salvação. Aqueles que ouvem as Boas Novas e desviam-se delas, correm o sério risco de serem arrastados à apostasia, ao pecado do qual não há arrependimento. A lei de Moisés diz o que devemos fazer, e revela o pecado, enquanto o Evangelho de Cristo diz o que Deus fez e ainda fará, e revela a salvação. Ora, se os que violavam a lei eram punidos, que destino, então, está reservado aos que desprezam a verdade do Evangelho? Por isso, escutar a Cristo significa não apenas ouvir, mas principalmente obedecer incondicionalmente a Ele!

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MUDANDO O MAL EM BEM

“Portanto, não foram vocês que me mandaram para cá, mas foi Deus….”. Gênesis 45.8 (NTLH)

 

 

 

 

 

 

Os irmãos de José, dominados pela inveja, queriam ver-se livres dele. Mas Deus tinha um propósito, e usou o ato perverso que cometeram para colocar Seus planos perfeitos em ação, e estes incluíam preservar a vida da família de Jacó, salvar o Egito da fome e estabelecer as bases para a criação da nação de Israel. É um prodigioso exemplo da perfeição inesperada do agir de Deus, por isso se neste dia estiverem intentando o mal contra nós, lembremos que nossos inimigos estão sendo usados por Ele, como José mostrou a seus irmãos: “…vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem…”.

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