Textos Mensagens

O MELHOR DE NÓS

“… Eu não tenho prazer em vocês, diz o Senhor do Universo, e não aceitarei as suas ofertas.” Malaquias 1.10 (Bíblia Viva)

 

Deus ordenou aos sacerdotes de Israel que cessassem imediatamente toda adoração hipócrita que faziam, pois estava muitíssimo irado com eles. Na qualidade de intermediários entre Deus e o povo, eles tinham a responsabilidade de refletir as atitudes e o caráter santo de Deus, mas ao oferecer sacrifícios impuros sobre o altar do Senhor, passavam ao povo a mensagem de que Ele aceitava qualquer tipo de oferta. Que hoje como cristãos, e portanto sacerdotes do Deus Santo, reflitamos onde quer que estejamos as atitudes e o caráter de Cristo, jamais oferecendo a Ele menos do que o melhor de nós!

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SABEDORIA E SIMPLICIDADE

“Naquela ocasião Jesus disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.’”  Mateus 11.25 (NVI)

 

 

Jesus foi rejeitado pelos rabinos e sábios, enquanto o povo simples O aceitava; recebeu o desdém dos intelectuais que O desprezavam, ao passo que os humildes O acolhiam. Ele não estava condenando os intelectuais, e sim a presunção da sabedoria do mundo, e relacionava a fé à modéstia e não à ignorância. Se hoje o Senhor colocar em nosso caminho um “sábio pelos padrões do mundo”, oremos por ele, e lembremos que não é a inteligência que fecha a porta do seu coração ao Evangelho, e sim a falta de humildade, pois a arrogância não faculta o acesso à Palavra de Deus, e sim a simplicidade.

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ANDANDO EM AMOR

Ernest Shackelton, famoso explorador britânico da Antártica, certa vez contou sobre um evento que ocorreu em uma de suas viagens e que o marcou profundamente. Uma noite, ele e seus homens estavam amontoados numa cabana de emergência, totalmente cercados pela terrível nevasca que rugia lá fora. Já haviam sido distribuídas as últimas porções de alimento, e enquanto seus homens dormiam profundamente, Shackelton permanecia acordado, com os olhos semicerrados.

 

De repente, percebeu um movimento sorrateiro de um deles na direção de outro, e viu que retirava um pacote de biscoitos da mochila do companheiro adormecido. Shackelton ficou chocado! Até aquele momento, ele teria confiado a própria vida àquele homem! Mas então notou que o homem abriu seu próprio pacote de biscoitos, tirou de lá sua última porção de alimento, colocou-o no pacote do outro e o repôs na mochila do companheiro.

 

Ao narrar a história, Shackelton disse: “Não ouso pronunciar o nome daquele homem. Acho que seu gesto foi um segredo entre ele e Deus.” O amor verdadeiro é assim: não realiza boas obras para ser visto pelos homens, mas sim para a glória de Deus e para o bem do próximo, e Henry Drummond, o grande pregador inglês, disse de forma inspirada que “depois de ter andado pelo mundo inteiro fazendo suas belas obras, o amor se oculta até de si mesmo…”

 

O amor incondicional, desinteressado, é o tipo de amor que Deus preza, porque é o tipo de amor que Ele pratica. É o amor que provém do Pai para que nós o propaguemos a todo o mundo tão carente deste dom divino. Mas para isto é indispensável que – antes de mais nada – nós mesmos o conheçamos e pratiquemos, e é neste sentido que Paulo em Efésios 5.1-2 (ARA) nos exorta: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.”

 

O cristão sabe que é Filho de Deus, e Paulo nesta carta exorta os efésios procurando motivá-los a imitar Deus em Seu amor, algo que eles poderiam fazer, e que nós hoje também podemos, em meio a tantas outras coisas que Deus é e faz, mas que jamais conseguiremos imitar. A ordenança divina para nós é andar em amor, ou seja, viver em amor ao longo de toda a nossa existência, dia após dia, num permanente caminhar amorável em direção ao nosso alvo que é Cristo.

 

No grego antigo utilizado por Paulo na redação desta carta, existem três tipos de amor: o primeiro é philos, o amor fraterno, um sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem, exemplificado por Jônatas e Davi em 1 Samuel 20.17 (NTLH), “Novamente Jônatas fez um juramento de amizade a Davi, pois ele amava Davi como a si mesmo”.

 

O segundo é eros, o amor romântico, que diz respeito ao relacionamento conjugal, e é o amor que envolve atração sexual e o sentimento de posse, como a Bíblia mostra em Cantares 8.6 (NTLH): “Grave o meu nome no seu coração e no anel que está no seu dedo. O amor é tão poderoso como a morte; e a paixão é tão forte como a sepultura. O amor e a paixão explodem em chamas e queimam como fogo furioso”.

 

O terceiro é ágape, o amor relacionado com o amor divino, incondicional, sacrificial, eterno, e é a este que o apóstolo se refere em 1 João 4.8 (ARA) pontua: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. Seu amor é a base da Aliança, o fundamento da sua fidelidade, como Jeremias 31.3 (ARA) relata: “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”

 

Ele é a razão da eleição do seu povo, expressa em Deuteronômio 7.7-8 (ARA): “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito”.

 

A vinda de Cristo é a maior manifestação do amor de Deus, prova inconteste e cabal do Seu amor pela humanidade, como está registrado em João 3.16 (ARA), neste que é um dos versículos mais conhecidos da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

 

Nosso Deus é tão maravilhoso e misericordioso que faz com que o Seu Santo Espírito derrame do Seu amor no coração dos salvos, como revela Paulo em Romanos 5.5 (ARA): “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”.

 

O amor é a mais elevada qualidade cristã, e é assim que Jesus ensina em Mateus 22.37-39 (NTLH): “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mesmo’”. Em 1 Coríntios 13.13 (NTLH), Paulo diz que “Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor”, e esta qualidade deve nortear todas as relações da nossa vida com o próximo e com Deus.

 

Porém, andar em amor exige plena consagração a Deus, como o evangelista exorta em João 14.15 (NTLH), “Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos”, além de total confiança nEle, expressa em 1 João 4.17 (NTLH), “Assim o amor em nós é totalmente verdadeiro para que tenhamos coragem no Dia do Juízo, porque a nossa vida neste mundo é como a vida de Cristo”.

 

O amor verdadeiro inclui também compaixão pelos nossos inimigos, magistral e sublime ensinamento de nosso Senhor em Mateus 5.44-45 (NTLH): “Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu…”. E o alerta vem em 1 João 4.20 (NTLH): “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê.”

 

Estes são apenas alguns exemplos que confirmam que a Bíblia é o maior livro sobre o amor jamais escrito em toda a história da humanidade: o amor permeia todo o seu maravilhoso conteúdo, e configura-se em um resumo precioso da Lei do Senhor; ensina-nos sobre o gênero de amor que precisamos viver, desenvolver e aplicar no nosso cotidiano, embora na vida cristã os relacionamentos entre irmãos estejam sujeitos a desentendimentos, conflitos e disputas.

 

Mas se andarmos em amor, faremos predominar o perdão, o diálogo e a reconciliação. Deixarmos de fato Deus exercer o controle de nossa vida, é a única maneira de fazê-lo, pois assim permitiremos que Ele comande todo o nosso ser e aja com amoroso poder no nosso caminhar pela terra.

 

Assim como Cristo nos amou e nos ama, devemos amar e dar a vida por nosso irmão, amando-o voluntariamente: “não preciso fazer, mas farei”; substitutivamente: “coloco-me no lugar dele”; de forma pessoal: “quero que ele se sinta amado”; sacrificialmente: “vou amá-lo não importa o preço a pagar”, e permanentemente: “nada irá me fazer deixar de amá-lo”. É fácil? Muito pelo contrário, é difícil. Mas Deus nunca nos ordenou fazer nada que não pudéssemos realizar, como em 1 João 5.3 (ARA) o evangelista ensina: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos”, e complementa em 2 João 6 (ARA): “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor.”

 

E o que é o verdadeiro amor? 1 João 3.16 (NTLH) nos mostra: “Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos.”

 

Pai, Tu que és todo amor, capacita-nos a andar em amor todos os dias de nossa vida. Através de Tua Bendita Palavra, Tu tens nos ensinado, mas somos fracos, imperfeitos, limitados, carentes de graça, por isso clamamos a Ti para que nos habilite a Te imitar, mesmo sabendo que só poderemos fazê-lo de forma parcial, incompleta e tosca, apesar de nossa ânsia de sermos santos e irrepreensíveis perante Ti. Em nome de Jesus, agradecidos assim oramos. Amém.

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