Textos Mensagens

CONFIANÇA

“Parem de confiar no homem, cuja vida não passa de um sopro em suas narinas. Que valor ele tem?” Isaias 2.22 (NVI)

 

 

 

Se hoje estivermos colocando um ser humano no lugar que só Deus pode ocupar, estaremos cometendo um terrível erro, que por certo culminará com grande decepção, como Jeremias 17.5 (NVI) nos alerta: “Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor”. Não nos iludamos: mesmo os melhores entre os homens não são nada além de homens. Porém, é preciso ter um determinado grau de confiança uns nos outros, pois, do contrário, como subsistiria um casamento, uma amizade, uma sociedade ou uma igreja?

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MORTE E VIDA

“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”. João 12.24 (ARA)

 

 

 

 

 Jesus ensina que a verdadeira vida só é alcançada por meio da morte, e este é um dos princípios básicos da colheita: assim como um grão de trigo precisa cair na terra e morrer para produzir fruto, se Ele mesmo não morresse, ficaria só. Contudo, através de Sua morte sacrifical por amor a nós, estava aberto o caminho da salvação e da vida eterna para muitos.  Nesse dia, que a gratidão a Deus por tudo o que tem feito em nossas vidas seja o pano de fundo de todas as nossas atitudes, reconhecidos a Ele porque, por meio da morte dos nossos desejos e ambições pessoais, pudemos nos converter em Seus servos!

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SERVO

O ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, certa vez realizou uma visita surpresa para servir o jantar de Ação de Graças aos soldados americanos combatentes no exterior, mostrando que um bom líder deve, antes de mais nada, ser um bom servo para produzir o fruto do espírito e desta forma exaltar a Palavra de Deus.

 

Há pessoas que têm o desejo genuíno de servir ao próximo, mas para algumas, no entanto, servir significa investir em si próprias, como aconteceu quando Jesus ensinava Seus discípulos em Mateus 20.20-28. Esta passagem registra uma manifestação de surpreendente mundanidade por parte dos discípulos que pode até nos espantar porque, se após a ressurreição de Jesus tornaram-se pessoas altamente espiritualizadas, naquele momento ainda engatinhavam no aprendizado sobre Jesus e Sua sublime missão:

 

Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai. Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos. Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

 

A ambição mundana dos discípulos aqui fica evidente, mas há uma diferença reveladora entre o que registram os Evangelhos de Mateus e de Marcos; enquanto no primeiro quem se aproxima de Jesus é a mãe, em Marcos 10.35-45 são os próprios João e Tiago que O buscam para fazerem a solicitação. Segundo alguns teólogos a razão desta diferença é que o Evangelho de Marcos havia sido escrito entre os anos 50-60, enquanto que o de Mateus entre 60-70, quando os discípulos já haviam sido envoltos por uma auréola de santidade, e Mateus não desejava mostrar João e Tiago movidos por um anseio veemente de mundanidade, então coloca o pedido na boca da mãe deles.

 

Esta passagem também mostra alguns aspectos importantes sobre os discípulos. Além de tocar na questão do forte desejo de poder que os fazia almejar superioridade, recompensa e distinção egocêntrica, pensavam em termos de sucesso pessoal antes de considerar o sacrifício correspondente, pedindo que Jesus através de um mandato divino lhes concedesse uma condição que só é possível alcançar por meio do serviço humilde e despojado de interesses personalistas.

 

Mas se isso representou uma falha em sua conduta, existem outros aspectos nesta passagem que demonstram cabalmente a fé insuperável que tinham em Jesus: observemos que o pedido foi feito após uma série de declarações do Mestre em especial quanto à predição de Sua morte e ressurreição, o que por certo trazia entre os discípulos um clima misto de consternação e tragédia. Mas, apesar disso, criam firmemente no Reino e jamais cogitaram em uma derrota final de Jesus, e mesmo quando tudo parecia desabar à sua volta, nunca abandonaram a certeza da vitória divina, mantendo um otimismo inabalável que deve ser a todo tempo de todos os cristãos em todas as eras.

 

É notável também observar a Sua lealdade inabalável que fazia com que, apesar de que haviam sido informados de que cada um deveria levar a sua própria cruz, uma vez que havia à frente um cálice amargo a ser sorvido, em momento algum cogitaram recuar, prontos a sofrer com Jesus para com Ele triunfar. O que era este cálice? Para Tiago, o primeiro apóstolo que morreu como mártir, foi o martírio relatado em Atos 2.2; quando a João, a tradição relata que viveu até idade avançada em Éfeso onde morreu com quase cem anos. Seu cálice foi a disciplina e a luta constantes próprias da vida cristã ao longo de muito anos. Isto mostra que o cálice que todos devemos sorver nem sempre significa a luta árdua, amarga do martírio, mas que pode ser representado pela longa rotina de uma vida cristã plena de desafios, lutas e sacrifícios diários, em meio a tristezas, desânimo e desesperanças que se sucedem. Beber o cálice é seguir a Jesus onde quer que Ele nos conduza, fazendo o que Ele determinar, e buscando sempre ser como Ele, não importam as circunstâncias.

 

Mas esta passagem também evidencia a bondade, a misericórdia de Jesus que nunca se zangava ou se impacientava com os Seus discípulos, por mais néscios, teimosos e egoístas que fossem, procurando sempre dirigi-los, ensiná-los e corrigi-los com amor, generosidade e tolerância.

 

Além disso, torna patente a honestidade do Senhor, que jamais encobriu a realidade de que tinha à frente uma taça amarga para beber, não permitindo que ninguém decidisse segui-Lo iludido com falsas promessas e perspectivas enganosas, ao contrário, revelando sempre o terrível preço que haveria de pagar para servir aos homens, compartilhando isso com Seus discípulos.

 

Apesar de tudo, Jesus confiava nos Seus, nunca duvidando de que João e Tiago continuariam leais, não obstante suas pretensões imaturas, sua falta de visão e conduta equivocada. Ele jamais manifestou qualquer tendência de descartá-los, certo de que continuariam a Seu lado, prontos a compartilhar com Ele todos os sofrimentos que teria de enfrentar.

 

Entretanto, a ambiciosa pretensão de João e Tiago contrariou os demais discípulos, que não aceitavam aquela tentativa de buscar privilégios exclusivos, apesar do parentesco que os ligava ao Mestre. Mas Jesus conhecia seus pensamentos, e por isso lhes dirigiu as palavras que constituem-se no próprio fundamento da fé cristã, mostrando-lhes que, se no mundo quem tem autoridade sobre os outros é servido porque é considerado grande, entre os cristãos o que outorga grandeza é o serviço, por isso aquele deseja estar em primeiro lugar é o servo dos demais. Em outras palavras, o cristianismo trouxe uma revolução de valores: ser grande não é ordenar que outros façam coisas para nós, e sim fazer coisas para os outros, e quanto maior for o serviço, maior será honra. Então Jesus lhes revela que Ele mesmo não veio para ser servido, mas sim para servir e morrer em sacrifício para salvar a muitos.

 

A propósito disso, William Barclay, eminente escritor cristão, respeitado comentarista bíblico, teólogo, pastor da Igreja da Escócia e professor da Universidade de Glasgow, certa vez ponderou: “Aquele que queira encontrar a Deus deve visitar a cela do cárcere antes de ir à igreja; antes de ir ao templo, visite o hospital; antes de ler a Bíblia, ajude ao mendigo.”

 

Enquanto o mundo considera grande alguém que tem domínio sobre muitas pessoas que obedecem às suas ordens, ou desfruta de notáveis prestígio intelectual e eminência acadêmica, ou possui enorme conta bancária e muitos bens materiais, para Jesus estas coisas são totalmente desimportantes, e o que realmente conta é a quantidade de pessoas que esse alguém ajudou, amparou e socorreu em momentos de necessidade.

 

O maravilhoso exemplo de Jesus fala por si próprio, e o que Ele pede de Seus seguidores é que façam o mesmo: Ele não veio para ser servido, mas para servir, não veio para sentar em um trono e sim para ser pregado em uma cruz, por isso Sua sublime passagem na terra pode ser resumida por Sua própria majestosa afirmativa: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”

 

Pai Bendito, concede-nos a graça de servir, capacita-nos para tanto, Senhor, e mesmo que as nossas qualidades sejam tão limitadas, como de fato são, que todas estejam à disposição de Cristo para usá-las segundo o Seu propósito soberano e perfeito. Faze-nos, Senhor, vasos de bênção que levem a mensagem do amor infindo de Jesus a tantos que dEle carecem, faze-nos, pois, servos bons e fiéis, servos operosos e dignos de serem considerados instrumentos poderosos na construção do Teu Reino Eterno. Assim oramos no nome santo de Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor. Amém.

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