Textos Mensagens

DESAFIO CHEIO DE ESPERANÇA

“Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer…”.  Romanos 3.10 (NVI)

Paulo afirma que ninguém é inocente. Embora sejamos todos valiosos aos olhos do Pai que nos criou e nos ama, nosso pecado contumaz nos afasta dEle. No Salmo 14.1-3, Davi medita sobre a maldade humana, e conclui que o pecador é, antes de mais nada, um insensato que acha que Deus não existe ou que não vê o mal que pratica. Talvez hoje devêssemos refletir sobre o fato de que o mal, inerente à própria natureza humana, não deve ser visto como algo desesperador, mas sim como um desafio cheio de esperança na obra redentora de Cristo em nós, pois se somos grandes pecadores, Ele é o grande Salvador!

Share
0
0

CORREÇÃO

“Feliz é aquele a quem Deus corrige! Por isso, não despreze o castigo do Deus Todo-Poderoso”. Jó 5.17 (NTLH)

A tendência humana é receber mal toda repreensão, porém a pessoa que alcançou maturidade espiritual sabe que a correção que vem de Deus é invariavelmente uma bênção, pois Ele age sábia e amorosamente quando dela carecemos, e sempre para o bem dos que O amam. Considerando estas verdades inabaláveis, caso hoje estejamos sofrendo a merecida correção que vem do Pai, submetamo-nos agradecidos à Sua vontade perfeita, em obediência à Sua Palavra que nos ensina em Hebreus 12.5 (ARA): “… não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado…”.

Share
0
0

SER FELIZ – A HUMILDADE DE ESPÍRITO

Jesus proclamou as bem-aventuranças ou beatitudes há mais de 2.000 anos, e elas seguem uma ordem perfeita, em sequência lógica e espiritual. Suas assertivas continuam tão vivas e válidas como quando foram pronunciadas pelo Mestre, e a primeira delas é a pobreza ou humildade de espírito, registrada em Mateus 5.3 (NTLH): “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas”, que na versão ARA diz: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”, e na ARC: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”.

 

E a razão de ser a primeira bem-aventurança é que ninguém poderá entrar no Reino de Deus, a menos que seja humilde de espírito, característica fundamental do cidadão do Reino. Ela constitui-se em uma espécie de supressão, de esvaziamento, pelo qual devemos ser submetidos para que só então aja a condição de sermos plenificados, da mesma forma que a convicção do pecado antecede a conversão, e assim como o Evangelho condena o pecador antes de libertá-lo.

 

As bem-aventuranças foram originalmente anunciadas por Jesus em aramaico, e os judeus empregavam o termo pobre para designar alguém que não possuía nenhum recurso que o mundo poderia proporcionar, e assim colocava toda a sua esperança e confiança em Deus, na Sua misericórdia e provisão. Na tradução do Novo Testamento a partir do original grego para o português na versão ARA – Almeida Revista e Atualizada, a palavra pobre descreve a pessoa que vive na pobreza absoluta, completa, que está na mais profunda miséria. Cotejando os dois significados, o aramaico e o grego, o primeiro representando o homem que não possuía nada, e assim colocava sua vida inteiramente nas mãos de Deus, e o segundo o desvalido total, o humilde, o miserável, podemos dizer que Jesus afirmou com esta bem-aventurança que feliz é aquele que tem consciência de sua completa miserabilidade, e por isso humildemente entregou sua vida a Deus.

 

Se estivermos convencidos de que firmados nas coisas do mundo não teremos qualquer segurança, nem acharemos felicidade – ao contrário do que muitos pensam – e que só em Deus podemos confiar e com Ele contar, sentiremos que muitos dos valores que o mundo tanto preza nos serão indiferentes e até passaremos a por eles ter aversão e desprezo.

 

Deus é a única coisa que verdadeiramente importa, porque só nEle reside a nossa esperança de auxílio, fortaleza e vida abundante. Isto é, se formos espiritualmente pobres ou humildes de espírito, não teremos dúvida de que as coisas do mundo são coisa nenhuma, enquanto nosso Todo-Poderoso Deus é tudo!

 

Na verdade, ser bem-aventurado descreve muito mais que um simples estado emocional expresso pela palavra feliz: significa o desfrute permanente do favor e da graça de Deus, de um maravilhoso bem-estar espiritual concedido graciosamente pelo Pai, com a certeza inequívoca de um porvir extraordinariamente venturoso, que “… nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano…”, na asserção de Paulo em 1 Coríntios 2.9.

 

Jesus Cristo, principalmente por Seu exemplo admirável, mas também por Seu extraordinário ensino, valorizou sobremaneira e invariavelmente a virtude da humildade, como em Sua advertência em Mateus 18.3: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”.

 

Os humildes de espírito, pois, por sua própria condição de despojamento e carência, parecem estar mais sensibilizados para perceber a necessidade de depender exclusivamente de Deus e não de suas próprias escassas capacidades humanas, assim contrastando com a maioria dos orgulhosos e abastados que julgam-se autossuficientes. E são os humildes de espírito muitas vezes exemplos vivos a demonstrar que somente mediante a fé em Jesus Cristo e por meio da soberania e da graça de Deus é possível almejar ser feliz, e jamais por intermédio dos bens materiais, pelo poder secular ou por obras pessoais.

 

Mas é importante que consideremos que esta bem-aventurança não enaltece a pobreza material – intrinsecamente perversa – que compromete a qualidade e a expectativa de vida, dificultando e até impedindo o acesso das pessoas à saúde, à educação, ao trabalho, à segurança, à moradia e a outras necessidades básicas. Por certo Jesus jamais teria qualificado de “bem-aventuradas ou felizes” as cruéis condições de vida a que estão submetidas nos dias de hoje bilhões de pessoas em todo o mundo.

 

Ao contrário, o Evangelho de Cristo tem como um de seus objetivos a supressão deste tipo de pobreza infeliz, e o que Ele pregou é a pobreza feliz do espiritualmente pobre, daquele que admite sua total falta de condições para fazer frente às demandas da vida terreal, e assim volta-se para o Pai em absoluta e completa rendição, na certeza de que só nEle encontrará o amparo e a força de que carece.

 

A estes Jesus outorga a cidadania do Reino dos Céus, distinção concedida somente àqueles que fazem a Sua vontade e Lhe obedecem, aos que entregam suas vidas em Seus braços amorosos sempre abertos, que confiam, descansam e esperam nEle, por terem se conscientizado de sua completa incompetência, impotência e incapacidade para satisfazer às necessidades da própria existência na terra. Como afirmou o célebre físico, matemático, filósofo e teólogo francês Blaise Pascal, “A felicidade não está apenas dentro de nós nem fora de nós, mas sim em nossa união com Deus”, o que as palavras de John Wesley corroboram: “Não há felicidade a não ser em Deus.”

 

Continua a seguir, com o próximo artigo:

Ser Feliz – O Quebrantamento do Coração

Share
0
0