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REAL IDENTIDADE

“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.” Isaias 43.1 (ARA)

 

 

É o próprio Deus quem nos chama pelo nome! O Deus de suprema grandeza, perfeição, santidade e poder, conhece e chama a cada um de nós – que nada somos ou merecemos – e diz para não termos medo. Se nosso dia está ruim, desviemos o foco daquilo que, na escala existencial, é micro, e voltemo-nos agradecidos ao que é MACRO, o nosso Criador, Formador e Sustentador que compartilha, através de Seu Filho, a extraordinária dimensão de Seus sentimentos por nós! Hoje, de uma vez por todas, decidamo-nos, de forma radical, a considerarmo-nos os amados dEle: qualquer outra identidade é falsa!

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DEPENDÊNCIA

Não eram ainda 5:00 horas da manhã, dava para perceber que estava escuro lá fora, e nossa gatinha Lis, como faz quase todos os dias, veio me acordar para dar a ela e ao seu companheiro, o gatinho Lui, a comidinha matutina. Levantei, fui ao banheiro para escovar os dentes, acionei automaticamente o interruptor para acender a luz e então percebi que não havia energia elétrica. De repente me senti um pouco desconfortável, pensando em várias coisas que dependiam da eletricidade, como o preparo, no escuro, da banana sem a qual a Lis não passa, como estariam os alimentos perecíveis na geladeira, como ir ao parque fazer a minha caminhada sem poder abrir o portão de acionamento elétrico da garagem, e assim por diante. Consegui superar o primeiro obstáculo ao lembrar-me de uma pequena lanterna pouco usada que a duras penas consegui encontrar e que, segurando pela boca, permitiu-me cumprir a tarefa de servir a impaciente gatinha.

 

Então percebi como nos sentimos dependentes dos sistemas, serviços, aparelhos, mecanismos e tecnologias ditos modernos, todos eles meras coisas de ordem material! Mas Deus não nos criou para sermos dependentes de ninguém nem de nada, somente dEle!

 

Paradoxalmente, com frequência, a sós ou juntos na congregação, pronunciamos a magnífica e modelar Oração do Pai Nosso, muitas vezes sem discernir claramente o que ela exprime em cada palavra e em cada frase, como em sua parte final contida em Mateus 6.10-13, quando declaramos nossa total dependência à Sua vontade, rogando que nos conceda o alimento cotidiano, o Seu perdão e livre-nos do mal: “… venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!”

 

Até mesmo Jesus, o Deus Filho, em Sua passagem aqui pela terra foi dependente: como todos os mortais nasceu como um bebê dependente de Sua mãe, teve de ser alimentado, trocado, mais tarde foi amparado para aprender a andar, depois ensinado por Seus pais, mas, apesar disso, nunca deixou de ser Deus. No final de Sua vida humana, na cruz de novo totalmente dependente, e agora não mais de Seus pais mas de Seus algozes, embora sofrendo horrivelmente provou que, seja qual for o tipo de dependência a que estejamos submetidos, jamais seremos despojados de nossa dignidade como filhos de Deus, tal como o Salvador não o foi.

 

Vivemos dias difíceis nestes tempos de pandemia que parecem nunca acabar, como novas cepas do Covid-19 sendo descobertas a todo tempo em diferentes partes do mundo, provocando novas ondas de contágios, internações e mortes, de uma maneira aparentemente incontrolável. Os médicos e outros profissionais da saúde não conseguem salvar muitas das vidas que são entregues em suas mãos, não há leitos de UTI em quantidade suficiente, os cientistas ainda não conseguiram criar medicamentos específicos eficazes para a cura, e a gravidade da situação chegou a tal ponto que na Índia, por exemplo, os crematórios ao ar livre não conseguem dar conta do número crescente de mortos.

 

Não resta dúvida de que só em condição de total dependência de Deus podemos encontrar o socorro, a cura e a mitigação de nossas dores, como o autor de Provérbios 3.5-8 exorta, dizendo: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos”.

 

E o próprio Senhor, em Isaías 41.13 nos mostra que somente se a Ele nos voltarmos em condição de total dependência poderemos ficar tranquilos, pois confiando em Suas promessas que nunca falham, nossos medos se desfarão, “Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo”. Misericordiosamente Ele promete nos tomar pela mão tornando-se o Guia Supremo que nos conduzirá por caminhos planos e desimpedidos, protegendo-nos de todos os males e ajudando-nos a levantar quando caímos. E quando estivermos fracos Ele nos sustentará em nossas tibiezas, firmando nossos passos e propiciando antídotos poderosos contra o tremor e a vacilação de nossos corações.

 

No tão conhecido Salmo 23, versos 1-4, Davi entoa um magnífico canto de adoração, admitindo com grande regozijo sua absoluta dependência do Senhor que era seu e é nosso provedor máximo, cuidador zeloso, guia inestimável e protetor incomparável, numa declaração maravilhosa: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”.

 

Entre as várias composições de beleza radiosa em que declara sua total sujeição a Deus, Davi compôs certa vez este magnífico canto de louvor em que manifesta sua absoluta dependência dEle associada a uma confiança plena e cabal registradas no Salmo 16.1-2,7-9, em que roga submisso: “Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente. Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado. Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro”.

 

Já no final da vida, o rei Davi, tendo ao lado seu filho e sucessor Salomão, reuniu o povo de Israel para deixar suas últimas instruções para a construção do Templo, louvando de forma grandiosa ao Senhor e reconhecendo humildemente sua total dependência dEle em 1 Crônicas 29.11-15: “Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência”.

 

Paulo, em 2 Coríntios 12.1-6 relata sua extraordinária experiência pessoal de arrebatamento, e para que não se a exaltasse “…com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne…” (v. 7), que o fez pedir por três vezes ao Senhor que o livrasse (v. 8) e então no verso 9, Deus faz uma declaração definitiva: “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Compreendendo a sabedoria inigualável de Deus, Paulo revê sua posição, dizendo que “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”, dando uma prova notável de sua dependência de Deus.

 

Mas Jesus é o exemplo mais perfeito de alguém que cultiva uma relação de total dependência do Pai, como Ele próprio afirma em João 4.34, ensinando aos Seus discípulos que “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”, e complementando em João 8.28 ao asseverar aos judeus que “… nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou”, demonstrando mais uma vez que Sua obediência era plena porque era a manifestação da própria vida do Pai na Sua vida de Filho.

 

E em João 15.5 o Senhor exprime com fidelidade ímpar a condição que, como cristãos, devemos assumir com relação a Ele, a videira verdadeira da qual nós somos ramos que dEle dependemos inteiramente para sermos frutíferos em Sua Obra, ao dizer que “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Ou seja, o Senhor declara que, se desejamos ser servos úteis e fiéis Seus, precisamos ser totalmente dependentes, entregando toda a nossa vida em suas mãos para recebermos a seiva da vida que nos possibilita sermos usados por Ele.

 

A Bíblia, de Genesis a Apocalipse é um manifesto veemente da necessidade de dependência de Deus. Todos os seus livros foram escritos para demonstrar isto, e todos os heróis da fé, como Abraão, José, Moisés, Jó, Ester, Elias, Davi, Paulo, mas, acima de tudo e de todos, Jesus Cristo, demonstraram através do exemplo de suas vidas a fundamental necessidade de sermos submissos ao Pai Eterno, a cada dia de nossas vidas rendendo-nos completamente à Sua vontade soberana, sublime e perfeita.

 

Senhor Deus bendito, desejamos ser a cada novo dia mais dependentes de Ti, sempre mais e mais submissos ao Teu querer, até que não nos reste nenhuma vontade própria e vivamos exclusivamente segundo a Tua vontade. Queremos, Pai, nos transformar em servos cada vez mais úteis e fiéis Teus, sendo guiados por Ti, amparados por Ti, protegidos por Ti em nossa caminhada terreal, até que alcancemos o glorioso dia em que viveremos ao Teu lado eternamente em felicidade indizível. É assim que oramos agradecidos e contritos no nome santo de Jesus. Amém.

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SONHOS

Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.”  Romanos 8.25 (ARA)

 

 

O autor de Hebreus 11.1, na versão Bíblia Viva, pergunta e logo a seguir responde: “QUE É A FÉ? É a convicção segura de que alguma coisa que nós queremos vai acontecer. É a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando, ainda que o não possamos ver adiante de nós.” Se algo que planejamos não está acontecendo no tempo que esperamos, e está faltando-nos paciência e, portanto, fé, reconsideremos nossa atitude, porque se excluímos Deus dos nossos sonhos, a frustração é certa. Hoje oremos, pedindo que Ele coloque em nosso coração a Sua vontade, para que a nossa esteja alinhada com a dEle, e não o contrário!

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