A Revelação de Deus

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A Revelação de Deus

Ao longo dos séculos a Bíblia tem sido constantemente questionada. A grande Revelação de Deus para o homem, o livro mais traduzido do mundo, que pode ser lido em mais de 2.200 línguas diferentes, é também o livro mais atacado em todos os tempos: reis, políticos, ditadores e até líderes religiosos tentaram impedir sua leitura, atacando-a das mais diversas maneiras, buscando extingui-la da face da terra. Pode-se dizer que nenhum outro livro tem sido tão amado e ao mesmo tempo tão odiado quanto a Bíblia! Criada ao longo de mais ou menos 1.500 anos, esta pequena biblioteca de 66 volumes e escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, não foi planejada por ninguém que não o próprio Senhor Deus.

Completamente separados no tempo e no espaço, um dos autores escreveu sua parte na Arábia, outro na Síria, outro em Israel, outro na Grécia ou na Itália, o primeiro distante do último 15 séculos, obviamente impossibilitado de imaginar o que os seus pósteros escreveriam, enquanto os autores dos textos nos séculos futuros jamais poderiam discernir por si mesmos o sentido profético daqueles escritos que os antecederam. Apesar disso, a unidade e a coerência da Bíblia – cujo foco desde o princípio repousa sobre Jesus Cristo – é admirável. Nenhum outro livro teve milhares de profecias integralmente cumpridas, e predições que têm-se realizado ao longo da história humana, nos locais e nos tempos confirmados cientificamente. Então na nossa limitada compreensão humana perguntamos: como tudo isto foi possível? E a resposta nos é dada pelos apóstolos em 2 Pedro 1.21: “… porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” e em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”.

Infelizmente muitas pessoas – inclusive crentes – a criticam sem conhecê-la com a necessária profundidade, o que é indispensável para compreendê-la e respeitá-la como a Revelação de Deus. E assim, militando entre a superficialidade e o questionamento improdutivo, passam a considerá-la produto imperfeito de mãos humanas deixando, com esta atitude, de usufruir das suas maravilhas tantas e de receber o benefício pleno que ela oferece. Mas aqueles que, entre tantos que decidem debruçar-se sobre ela com temor, humildade e contrição, conseguem inevitavelmente ser banhados abundantemente pelas bênçãos divinas que encerra, e podem então afirmar convictos como o líder cristão e escritor John Sttot: “A Escritura é a Palavra de Deus porque é inspirada por Deus. Teve origem na mente divina, procede da boca de Deus, embora, é claro, tenha sido proferida por autores humanos, sem destruir a individualidade deles, e sem perder a autoridade divina no processo”. A evangelista cristã Anne Graham, filha do grande pregador cristão Billy Graham, certa vez disse: “É curioso ver como cremos no que dizem os jornais e as revistas e questionamos o que diz a Bíblia”. O renomado teólogo e professor de teologia J. I. Packer comparou: A Bíblia parece uma orquestra sinfônica, tendo o Espírito Santo como seu maestro; cada instrumento foi trazido voluntária, espontânea e criativamente para tocar suas notas exatamente como o grande maestro queria, embora nenhum dos músicos pudesse ouvir a música como um todo.” John Newton, o ex-traficante de escravos que se converteu, tornando-se servo de Deus e inspirado criador de muitos hinos, entre eles o tão conhecido Amazing Grace, declarou com humildade, ante as críticas de alguns que já na sua época se consideravam donos da verdade sobre a Bíblia: “Atribuirei todas as aparentes incoerências da Bíblia à minha própria ignorância.” Charles Haddon Spurgeon, o renomado evangelista e escritor cristão, conhecido como O Príncipe dos Pregadores, falando sobre a Bíblia, afirmou: “Deus escreve com uma pena que nunca borra, fala com uma língua que nunca erra, age com uma mão que nunca falha.” Já no século IV, Agostinho de Hipona proclamava: “Nossa fé é alimentada pelo que está claro nas Escrituras e testada pelo que é obscuro.” O Rev. Martin Anstey, conceituado teólogo e escritor cristão contemporâneo inglês ensina: “A qualificação mais importante exigida do leitor da Bíblia não é erudição, mas, sim, rendição; não perícia, mas disposição de ser guiado pelo Espírito de Deus.” John Blanchard, internacionalmente conhecido pregador, professor, apologista e autor cristão, asseverou com muita propriedade: “O homem que não está preparado para prestar obediência à Palavra de Deus não é capaz nem de ouvi-la corretamente. Por isso as parábolas tornam-se janelas para algumas pessoas e muros para outras.” Na mesma linha de Blanchard, Oswald Chambers, proeminente ministro e professor cristão escocês do século passado, aconselha em definitivo: “Evitemos ficar discutindo sobre a Palavra de Deus; vamos obedecê-la.”

Hoje e sempre, entre tantos defensores notáveis da Bíblia, acima de qualquer dúvida Jesus Cristo foi o maior de todos – e o mais categorizado que já houve – comprovando a veracidade integral e, portanto, a inerrância, a infalibilidade e a inspiração divina da Bíblia. O que o Filho de Deus disse sobre ela? Em Mateus 4.1-11, tentado pelo diabo, Ele o venceu citando as Escrituras; em Marcos 7.11-13, criticou as tradições dos fariseus que invalidavam o que afirmavam as Escrituras; também em Marcos 12.36, ensinando no templo, disse que Davi falou pelo Espírito Santo; em Lucas 4.16-21 referiu-se ao cumprimento da profecia de Isaias 61.1-2, por intermédio dEle próprio; em Lucas 18.31, falou aos discípulos sobre a Sua morte profetizada nas Escrituras; ainda em Lucas 24.25-27, referendou as profecias de todos os profetas a Seu respeito; novamente em Lucas 24.44, relembrou aos discípulos reunidos, que era necessário que se cumprisse nEle tudo que estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos; e em João 17.17, afirmou cabalmente que as Escrituras são a verdade.

E as próprias Escrituras testificam delas mesmas em um sem número de passagens, como em Mateus 22.29, onde Jesus criticou os saduceus: “… Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.”; em 26.54,56, quando Ele ao ser preso, dirigiu-se aos discípulos, mostrando-lhes que o cumprimento das Escrituras era inevitável : “Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?”, e, “Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas.”; em João 2.22: “Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.”; em 5.39, o Mestre arguiu contra os judeus, dizendo: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.”; em 7.38, Jesus na Festa dos Tabernáculos em Jerusalém ensinou: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” Estes são apenas alguns dos muitos exemplos de citações da Bíblia feitas por Jesus, Paulo, Lucas, Pedro e Tiago para embasar suas próprias afirmações. Ou seja, o Mestre e Seus discípulos tinham na Palavra de Deus o fundamento sólido de suas assertivas, o que comprova sem qualquer sombra de dúvida a absoluta veracidade e confiabilidade das Escrituras Sagradas que, se fossem falíveis, sujeitas a erro, conduziriam à conclusão absurda de que o próprio Deus, seu autor, seria igualmente falível e sujeito a erro. Que nós também, como Seus discípulos hodiernos, tenhamos conosco o mesmo sólido alicerce a nos embasar em nossa vida cristã.

Pai Todo-Poderoso, que Teu Santo Espírito esteja conosco cada vez que abrirmos Teu Livro Sagrado, para que ao mesmo tempo que assim o fazemos, esteja sendo aberto nosso entendimento sobre a Tua Verdade inefável ali contida. Aumenta-nos a fé e guarda-nos, Senhor, das ciladas do inimigo, que procurará semear em nossos corações a dúvida e – como fez com Jesus no deserto – tentará manipular Tua Palavra para nos afastar de Ti. No nome santo de Jesus Cristo oramos agradecidos. Amém.

Este blog nasceu da vontade de compartilhar a Palavra de Deus por meio de meditações semanais, sem a finalidade de colher ganho de qualquer espécie, que não seja o de alcançar mais pessoas para Cristo. Se você ainda não recebe diretamente em seu endereço de e-mail as mensagens semanais De Coração a Coração, e deseja passar a recebê-las regularmente, por favor escreva seu nome e endereço de e-mail no espaço abaixo destinado ao comentário. Você tem a nossa garantia de que não faremos mau uso de seus dados. Graça e Paz!

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4 Comentários
  • IEDA

    10 de maio de 2012 at 22:22

    Informações importantes, sábias citações e a prova de que a bíblia é a Palavra de Deus, testificada por ela mesma!
    Mas tem que crer! Sem fé a bíblia é um mero livro de histórias e conceitos, valores e bons conselhos.
    A bíblia diz que a “fé é dom de Deus”, mas também diz “pedi e dar-se-vos-á”.
    Portanto, que a oração no final do texto seja a nossa mais sincera petição a Deus!

    • Nanny & Winston

      12 de maio de 2012 at 8:34

      Querida irmã,
      Você tem inteira razão! O grande pregador inglês Smith Wigglesworth, homem de uma fé única e inabalável, dizia: “A palavra de Deus não será proveitosa se não estiver unida à fé dentro do coração daqueles que a ouvem”.

  • Rodrigo Mejolaro

    12 de maio de 2012 at 15:22

    Linda mensagem, que Deus nos abençoe hoje e todo o sempre. Amém.

    • Nanny & Winston

      12 de maio de 2012 at 15:24

      Caro Rodrigo,
      Obrigado por estar conosco. Participe sempre!

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