junho 2020

NOSSO TRIUNFO

“Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. Romanos 8.37 (NVI)

As dificuldades que enfrentamos em nossa peregrinação – tal como Paulo arrostou em seus dias – ao invés de constituírem-se em barreiras que nos afastem de Cristo, são na verdade estímulos para nos aproximarmos cada vez mais dEle. E com Ele ao nosso lado hoje e em todos os dias, a vitória é sempre nossa, pois além de triunfarmos contra toda oposição, glorificamos a Deus, beneficiamos a outrem, acumulamos bênçãos para nós mesmos e subjugamos os inimigos. Atentemos, porém, para esse fato inquestionável: nosso triunfo não se dá por nossas próprias forças, mas somente “… por meio daquele que nos amou”!

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ALEGRIA E PAZ ETERNAS

Muitas pessoas, perplexas, confusas e preocupadas com a situação do país e do mundo nos dias que correm, sentem-se temerosas, desencorajadas, inseguras, sem saber o que esperar do dia de amanhã, e a dura percepção das densas trevas em que nos encontramos imersos contribui fortemente para haja menos esperança, menos alegria e menos paz nos corações. Porém nós, cristãos, temos outro tipo de discernimento do mundo e da vida que só a fé em Cristo proporciona, por isso enfrentamos as circunstâncias com coragem e confiança, tendo o respaldo seguro que nos infunde a Palavra de Deus em muitos momentos, como no Salmo 29.11 (ARA), quando Davi assevera que “O Senhor dá força ao seu povo, o Senhor abençoa com paz ao seu povo”.

Há mais de 440 anos antes de Cristo o profeta Neemias 8.10 já estimulava o povo de Israel empenhado na difícil obra de reconstrução das muralhas de Jerusalém dizendo que “… a alegria do Senhor é a vossa força”. Ele não se referia obviamente à alegria carnal e sensual tão própria dos nossos dias, mas à alegria santa e espiritual pela bondade prodigiosa de Deus, vivida sob a direção e governo da Sua graça maravilhosa, que surge do nosso interesse no Seu amor, no Seu favor e nos sinais deste favor. Por isso, quanto mais contentes estivermos no serviço a Deus, tanto mais este serviço alegrará ao Senhor, gerará maiores benefícios àqueles que forem objeto dele e nos dará a paz, que é irmã da alegria: uma não existe plenamente sem a outra.

E é porque sabia que o Senhor guarda os Seus “… como a menina dos olhos…”, nas palavras de Davi no Salmo 17.8, que Paulo, em Filipenses 4.4-7, exortou seus discípulos de Filipos – e esse encorajamento vale para nós também – dizendo: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.

Esta passagem nos alerta para a necessidade de alguns princípios cristãos fundamentais que é preciso ter permanentemente presentes em nossas atitudes: que na vida devemos nos alegrar por tudo o que nos acontece, certos de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, como Paulo ensina em Romanos 8.28; que uma de nossas características como cristãos em nossas relações pessoais com o próximo é sabermos quando devemos insistir na aplicação da justiça e quando não, lembrados de que sempre há algo que está mais além da justiça humana, e que incluir a misericórdia, a longanimidade, a complacência e o amor incondicional, torna o homem mais assemelhado a Deus; que não há nada muito grande para o poder de Deus, nem muito pequeno para seu cuidado paternal”, conhecida e bela frase que ilustra o estímulo que Paulo nos dá para tudo levarmos a Deus através de orações, súplicas, petições e intercessões, ao mesmo tempo em que damos graças a Ele, recordando que o Senhor sempre age movido por Seu amor, por Sua sabedoria e por Seu poder infindos; que devemos estar sempre conscientes de que a nossa vida encontra-se sustentada do alto entre as bênçãos do passado e as do presente, e que se orarmos com perfeita fé e confiança no Pai Todo-Poderoso, a Sua paz, que excede todo entendimento, inundará os nossos corações e ali permanecerá como uma sentinela a nos guardar de todo mal.

A alegria verdadeira é um mandamento de Deus a cuja prática também o apóstolo Pedro, em sua primeira carta, no capítulo 4, verso 13, estimula seus leitores enfaticamente, exortando-os e apresentando uma motivação decisiva e de relevo inconteste para isto: “… alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando”.

No entanto, esta é uma ordenança divina cujo atendimento à primeira vista pode parecer estar fora do nosso alcance quando as circunstâncias da vida nos são muito dolorosas. Apesar disso ela pode ser obedecida mesmo em meio a conflitos, adversidades, pandemias e privações de qualquer ordem, porque não depende de circunstâncias que a favoreçam, como bem-estar, vitórias, prazeres, comidas, bebidas, honrarias ou quaisquer condições mundanas, e sim de estarmos na presença de Cristo Jesus, que nos revela em Mateus 28.20 o segredo do nosso contentamento autêntico e eterno, ao assegurar: “… eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”!

Sim, a bênção da alegria suprema nos pertence porque o Espírito Santo habita em nós desde que nos convertemos, e devemos nos regozijar porque na segunda vinda de Cristo desfrutaremos do nosso Senhor em toda a plenitude, pois Ele vem para cumprir Seu soberano propósito expresso nesta alentadora certeza de Paulo em Romanos 8.18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.”

É fundamental sabermos que Jesus espera que, como Seus seguidores, expressemos a todos, em toda a circunstância e lugar, um espírito magnânimo que, a despeito de todas as inconveniências, riscos e perigos, manifesta-se por meio de um agir e pensar desinteressado, generoso e longânime que visa exclusivamente servir, e não ser servido, e esta é outra fonte perene de alegria.

A alegria também expulsa a ansiedade, mal que aflige a tantos nos dias atuais. Se estamos em Cristo, seria uma gigantesca e inaceitável incoerência andarmos ansiosos por qualquer coisa, pois isto revelaria uma falta de confiança nEle claramente incompatível com a alegria de sermos Seus, de podermos a qualquer momento ter acesso ao Pai e a Ele peticionarmos através das nossas orações, intercessões e súplicas, nunca deixando de manifestar nossa gratidão por tudo o que Ele faz.

Portanto, a oração é um antídoto poderoso contra a ansiedade, por isso o apóstolo em 1 Pedro 5.7  nos exorta para que oremos sem cessar “… lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

Assim procedendo toda a ansiedade nos abandonará e a paz inexcedível de Cristo, que transcende nossa humana compreensão, inundará nossos corações e mentes, fazendo ecoar em nossas almas a belíssima oração de Paulo em Efésios 3.18-19, quando ora por seus discípulos rogando que “… habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus”.

Sabemos quão fácil é nos deixarmos desalentar quando passamos por difíceis provações, mas o exemplo de Paulo, que se encontrava preso nas mais deploráveis condições de uma terrível prisão romana ao escrever estas palavras de encorajamento tão admiráveis, é um paradigma que devemos buscar incorporar à nossa vida, pois mostra que nossa atitude interior não precisa obrigatoriamente refletir as circunstâncias exteriores que eventualmente nos cerquem.

O que alimentava o regozijo do apóstolo era saber que – não obstante o contexto em que estava inserido naquele momento – Jesus Cristo encontrava-se ao seu lado, e em Sua Segunda Vinda, Paulo, tal como nós, desfrutaremos dEle em toda a Sua completude, quando então se cumprirão todas as Suas maravilhosas promessas.

O mundo define paz como um estado ou clima de tranquilidade que implica na ausência de perturbações, de conflitos ou de agitações. No plano pessoal, considera-se paz um estado de espírito equilibrado, sereno, isento de ira e de todo e qualquer sentimento negativo, o que é largamente almejado por quase todos, que muitas vezes a buscam nos ensinamentos sobre pensamentos positivos e bons sentimentos, nas viagens prazenteiras ou no aconselhamento de “gurus”.

Mas a verdadeira e permanente paz só pode ser encontrada em Jesus Cristo, o Príncipe da Paz proclamado por Isaías 9.6 e que em João 14.27 nos abençoa com a Sua paz transcendente, incomparável, imutável e eterna, que concede graciosa e misericordiosamente aos que nEle creem, anunciando-a assim: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

O Messias traz a paz em seu sentido mais amplo e completo, e nós podemos conhecê-la e um dia o mundo todo a experimentará, porque como Rei, Ele cria a paz em Seu Reino, ordena-a e preserva-a. Ele é a nossa paz, o doador de todo bem, de toda a paz profunda e incessante que é a bênção maior derramada hoje e sempre sobre todos os Seus súditos.

Com a paz inefável de Cristo Jesus desaparece todo o temor pelo presente e pelo futuro, desde que a aceitemos e permitamos que o Espírito Santo nos plenifique com ela, e embora o pecado, a insegurança, o medo e a dúvida provinda das forças malignas nos assediem constantemente, Paulo, em Romanos 8.31, dissipa qualquer incerteza e temor que possa vir a nos assaltar, afiançando de forma irretorquível: Se Deus é por nós, quem será contra nós?”.

Senhor Amado, permite que em todos os dias de nossa vida a Tua paz que começa na Tua graça e procede da certeza de nossos pecados perdoados, da vida eterna ao Teu lado e da reconciliação conTigo, nos confiram a alegria e a paz sublimes que não há bem terreno que possa pagar, e que não se extingue jamais, porque a sua dimensão ilimitada, provinda do Teu amor incondicional, é dada por Ti, ó Pai Eterno. É em nome do nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo que gratos assim oramos. Amém.

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PERDIÇÃO

“Nas cartas dele (Paulo) há algumas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e os fracos na fé explicam de maneira errada, como fazem também com outras partes das Escrituras Sagradas. E assim eles causam a sua própria destruição”. 2 Pedro 3.16 (NTLH)

Tal como acontecia nos tempos da Igreja Primitiva, ainda hoje vemos cristãos professos distorcendo a Palavra quando lhes é conveniente. É trágico observar que alguns falsos mestres são peritos em fornecer explicações aparentemente plausíveis – mas que na realidade são falsas – e até torcem as Sagradas Letras, tudo visando justificar suas próprias atitudes pecaminosas ou as de outrem. Como cristãos verdadeiros, no entanto, jamais podemos interpretar ou aceitar que as Escrituras sejam usadas de forma parcial ou tendenciosa, pois a implicação de tal erro é extremamente grave: nossa própria perdição!

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