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APAIXONADOS POR DEUS

O que acontece quando estamos apaixonados? Queremos estar o tempo todo ao lado de quem amamos, não é verdade? Nossa vontade é a de estarmos ligados a esta pessoa 24 horas por dia, nos comunicando com ela, ouvindo a sua voz, dizendo-lhe o quanto apreciamos a sua companhia, elogiando suas muitas qualidades, suas atitudes, declarando nossa fidelidade e nosso amor, demonstrando que é inconcebível viver a vida sem aquela pessoa.

 

Se temos a capacidade de amar assim a um outro ser humano como nós, falível, imperfeito, que dirá a capacidade que devemos ter de amar ao nosso Deus, que nos criou e a tudo o que existe, que nos amou primeiro e nos ama apesar de nós, que perdoa nossos muitos e reiterados pecados, que enviou Seu Filho amado para passar por sofrimentos indizíveis só para nos salvar, certo? Errado. Vamos nos examinar um pouco: o que Ele significa para nós o tempo todo, não somente quando temos um problema, uma dificuldade, quando nos falta algo, geralmente de ordem pessoal ou material?

 

E aqui cabe uma pergunta, que talvez pareça chocante, mas à qual precisamos dar uma resposta franca: será que amamos realmente a Deus? Será que estamos verdadeiramente apaixonados por Ele? Será que Sua companhia nos é permanentemente indispensável? Será que retribuímos a Ele todo o amor que nos dedica? Provavelmente tenhamos dificuldade de responder afirmativamente, não é verdade? Se fosse de outra forma, não deveríamos estar nos comunicando muito mais assiduamente com Ele do que fazemos, e por meio da oração, que é nosso principal instrumento de comunhão com nosso Pai? Então, por que é tão difícil encontrarmos espaço em nossa agenda diária para demonstrarmos nosso amor a Deus? Não será porque talvez não priorizamos adequada e suficientemente nosso relacionamento com Ele, como deveríamos?

 

Fazendo uma analogia um tanto grosseira, a oração é como se fosse uma linha telefônica direta que temos com Deus. Só precisamos dobrar o nosso joelho, quebrantar o nosso coração e teclar a frase inicial correta, tão empregada pelos servos de Deus nas Escrituras Sagradas desde sempre: “Senhor meu Deus…”. E é preciso considerar que a atitude de oração não acontece só quando nos ajoelhamos, em casa ou na igreja, mas em qualquer lugar e em qualquer hora, por exemplo, quando estamos no ônibus indo para o trabalho, quando dirigimos nosso carro, quando caminhamos pela rua…

 

Deveríamos orar sempre, mas, – se tivermos que escolher um momento principal para este ato de amor e reverência a Deus – principalmente pela manhã, porque a devocional diária nos prepara para um novo dia em que o Senhor permite que intercedamos por outras pessoas, por isso, é importante cultivarmos uma vida devocional que se inicia já pela manhã, e que deve se repetir sempre que possível, porque Daniel, por exemplo, orava três vezes por dia e Paulo em 1 Tessalonicenses 5.17 nos exorta: “Orai se cessar.”

 

Orar deve ser um ato contínuo, se quisermos estar permanentemente ligados a Deus, e se nossos pensamentos estiverem direcionados a Ele, aquilo que peticionarmos contará com a Sua direção se estiver alinhado com a Sua vontade perfeita e soberana. Infelizmente a maioria das pessoas somente se lembra de Deus nos momentos de dificuldade e angústia. Será que Deus precisa permitir uma dificuldade para que nos lembremos dele? Óbvio que não, pois sabemos que nas alegrias devemos orar para louvar e agradecer a Ele pelas bênçãos recebidas, enquanto nas provações O louvamos também, pois sem Ele as dificuldades seriam ainda maiores, então nos colocamos em suas mãos, buscando sua ajuda e auxílio, como Ele graciosamente no Salmo 50.15 nos exorta : invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.”

 

Por isso devemos sepa­rar um lugar e um tempo espe­ci­ais para a comu­nhão com Deus, dando preferência ao horário matutino, pois quando começamos nosso dia em oração recebemos forças espirituais e físicas para desincumbir-nos das responsabilidades, desafios e provações que nos sobrevenham naquele dia.

 

É muito bom quando o nosso dia se ini­ci­a com uma ora­ção que fazemos com a mente fresca e “despoluída”, e devemos con­ser­var esse espí­rito de ora­ção durante todo o dia. É muito importante man­ter este hábito saudável de ini­ciar o dia em comu­nhão com Deus. Nada obsta, no entanto, que continuemos orando em todos os horários e locais em que isto seja possível.

 

A palavra de Deus é pródiga de afirmações sobre a questão da oração, como, por exemplo:

No Salmo 88.13, o salmista angustiado, aflito e envolto em trevas, diz: Mas eu, Senhor, clamo a ti por socorro, e antemanhã já se antecipa diante de ti a minha oração”, reforçando a importância da oração matutina, até mesmo antes do dia nascer;

No Salmo 119.47, o salmista faz esta sábia declaração de amor: Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo”;

Em Marcos 1.35 o apóstolo cita o belo exemplo de Jesus de orar como a primeira atitude antes do dia raiar: “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava”.

E Lucas 11.1-2 registra um dos momentos mais significativos da vida de oração de Jesus, mostrando que orar era para Ele uma força real e vital como deve, com muito mais razão ser para nós: “De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Então, ele os ensinou…”. E passou a ensinar-lhes a oração do Pai Nosso, a oração que é o modelo que Ele tão graciosamente nos legou. Então agora oremos contritos:

 

Senhor, amado Deus, Pai Eterno que estás nos céus, queremos viver em permanente, incessante postura de oração, profundamente apaixonados por Ti, rogando a Ti por Tua misericórdia, graça e bondade todos os dias da nossa vida, expressando a nossa gratidão por tanto amor que devotas a nós pecadores renitentes, porém arrependidos e ávidos por crescimento na fé e no amor a Ti. Ajuda-nos, Pai, perdoa os nossos pecados e corrige-nos em nossos erros para que sejamos dignos do Teu incompreensível amor com que nos concedesTe a vida eterna ao Teu lado. É no nome santo de Jesus que oramos profundamente agradecidos. Amém.

 

 

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GLÓRIA EXCELSA

Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Habacuque 2.4 (ARA)

 

 

 

 

Tal como acontece ainda hoje com muitas pessoas, os cruéis, arrogantes, orgulhosos e depravados babilônios deleitavam-se em coisas que Deus abomina, como lascívia, maldade e toda a sorte de impiedade. O profeta confiava em Deus, porém perplexo diante da permissão divina para que, impunemente, um povo mais ímpio que os judeus os afligisse, recebe uma certeza maravilhosa que também a nós diz respeito: embora vivamos tempos difíceis, se confiarmos na Palavra de Deus e descansarmos em Suas perfeitas soberania e vontade, um dia veremos este mundo violento e corrupto pleno de Sua glória excelsa!

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MENTIRA

Em um artigo publicado sobre a mentira, o autor afirma que todos nós mentimos em algum momento, é só uma questão termos um motivo. “Esticar”, “moldar” a verdade, segundo ele, é um componente natural do instinto humano, porque é a maneira mais fácil de enfrentar determinadas situações. Chega a considerar que estas assim chamadas white lies, ou mentiras brancas – classificação que em si mesma já é uma mentira, pois tenta rotulá-las como transgressões inocentes têm levado o mundo a ser provavelmente um lugar melhor do que seria sem elas! Usar as palavras certas, seja no trato pessoal, seja nas relações profissionais, passou a ser uma estratégia para conseguir o que é pretendido. Falar a verdade é para os inábeis, para os ingênuos, para aqueles que não se importam em fazer inimigos, para os que não querem “subir na vida”. Mentir, nos dias de hoje, passou a ser tão natural e importante que – segundo alguns estudiosos – a cada dia pronunciamos em torno de 200 mentiras! Não é à toa que em 1 João 5.19 o evangelista gravemente aponta que: “…o mundo inteiro jaz no Maligno.”

 

Observemos que toda a mentira – não importa a tonalidade, a forma ou o tamanho que se queira dar a ela – é interesseira, egoísta e concupiscente: por trás dela sempre existe a vontade de levar vantagem a qualquer custo. Mente-se para ocultar algo que se quer esconder, mente-se para conseguir algo que de forma transparente e honesta não é possível obter, mente-se para parecer melhor do que realmente se é, mente-se para ser “politicamente correto”, mente-se para proteger alguém, mente-se para atacar a outrem. A propaganda mente, os políticos mentem, há até “pastores”, “apóstolos” e “bispos” que mentem e enganam os incautos. Mentir é uma espécie de marca de nossa era de moral decadente, e significa rejeitar a verdade de Deus, provocando a Sua ira, como Paulo mostra em Romanos 1.25: “… pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira…”. O mesmo apóstolo em 1 Timóteo 4.1-2 condena veementemente os mentirosos, descrevendo os sinais que apontam para o fato de que poderemos estar vivendo os tempos finais: Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência”.

 

Apesar disto, o incrível é que muitas vezes ainda nos permitimos mentir, e aquietamos A nossa consciência dizendo que todo o mundo faz – até mesmo na igreja – que não é tão ruim assim, que só o fazemos de forma “caridosa”, “santa”, embora no fundo saibamos que não deveríamos estar praticando aquele ato: quando aceitamos que nosso contador “omita” certos ganhos, ou quando informamos ao telefone que determinada pessoa não está porque na realidade não deseja atender, até quando dizemos “tudo bem” em resposta a um “como vai?” de alguém, em momentos em que nada vai bem para nós. Na verdade, anestesiamos nossa consciência para deixar de ouvir o que Cristo disse em Mateus 5.37: Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”

 

Jesus sempre foi implacável contra a mentira, e radicalmente a favor da verdade: sempre que desejava enfatizar que aquilo que iria dizer era uma expressão de máximo significado, frisava no início da frase: “… em verdade, em verdade vos digo…”. Os versículos que assim se iniciam estão no Evangelho de João, e são dirigidos: a Natanael, sobre Seu batismo próximo (1.51); a Nicodemos, sobre a necessidade do novo nascimento (3.3, 5, 11); aos judeus que procuravam matá-Lo, por declarar-se Filho de Deus, e por que eles tinham uma visão meramente material de Seu ministério, e com Ele debatiam, duvidando de Suas palavras (5.19, 24, 25; 6.26, 32, 47, 53; 8.34, 51, 58); aos fariseus sobre ser Ele o Bom Pastor (10.1, 7); aos apóstolos, sobre a Sua morte próxima e sobre a Sua volta (12.24; 13.16, 20, 21, 38; 14.12; 16.20, 23), e a Pedro (21.18). É evidente que a verdade está sempre subjacente em tudo o que Jesus ensinou, marcando e caracterizando Sua mensagem, porque Ele é a verdade, como afirma em João 14-6: “…Eu sou a verdade…!

 

Em João 8.44 nosso Senhor profere grave acusação contra os judeus, dizendo: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”  Com esta afirmativa Jesus caracteriza o diabo como aquele que acusa e calunia, ou seja, ele é a própria imagem da mentira, o criador da mentira, o instigador da queda do homem, que o fez perder o direito de estar na presença de Deus, a capacidade de entender a verdade e a vida espiritual.

 

Por causa do pecado, o homem tornou-se inimigo de Deus, cego para a verdade, morto nas suas ofensas e pecados. Porém Jesus Cristo, pela graça de Deus, abriu o caminho para o céu, habilitou o homem – pelo poder do Espírito Santo – a entender a verdade, e deu-lhe nova vida pela regeneração.

 

E é com esta tônica que Jesus em João 14.6 faz a maravilhosa declaração aos Seus discípulos, “… Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim,” traçando o claro contraste entre o que Ele é – a essência e a expressão magna da verdade – e o que a mentira representa: a contraposição à verdade, a ação do diabo que objetiva induzir o homem ao erro, à inimizade com Deus. Então o Cristo em João 8.32 faz a notável promessa aos judeus que haviam crido nEle, de que “ … conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

 

Não podemos transigir com a mentira, amenizando seu poder maléfico, sob pena de nos colocarmos contra Deus e contra nós próprios. Por isso tenhamos sempre em mente a promessa de Apocalipse 21.27 de que na Nova Jerusalém … nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro”, confirmada em 22.15 com a declaração de que “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.”

 

Glorioso Deus Pai, Filho e Espírito Santo, queremos ser dignos de um dia habitar conTigo na Cidade Santa, na Nova Jerusalém, por isso Te rogamos que controles dia e noite os nossos lábios impuros para que não pronunciemos mentiras, seja de que ordem forem ou a que propósito injustificável sejam feitas. É assim que oramos em nome de Cristo Jesus oramos, rendendo louvor e graças a Ti. Amém.

 

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