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O QUE DEUS FARÁ

Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. Êxodo 14.15 (ARA)

 

 

 

 

O Senhor preparava a travessia do Mar Vermelho pelo povo de Israel que, temeroso, questionava Moisés, embora este os exortasse a não temer e aquietar-se, para então ver o livramento que lhes seria dado pelo Todo-Poderoso (Êxodo 14). Algumas lições podemos extrair desta passagem: Deus jamais remiria os Seus para depois deixá-los perecer, por isso fé e temor não podem coexistir; mesmo quando chamados a agir, a calma interior provinda da confiança e do descanso nas promessas de Deus deve prevalecer e, sobretudo, a fé autêntica não se importa com o que nossos inimigos farão, mas sim com o que Deus fará!

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REGENERAÇÃO, JUSTIFICAÇÃO, SANTIFICAÇÃO E GLORIFICAÇÃO

O grupo de cristãos estudava o livro do profeta Malaquias quando, no capítulo 3, verso 3, deparou com uma frase enigmática: “Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata;…”. O que estaria sendo profetizado naquela passagem? Depois de alguns palpites pouco convincentes, um dos membros do grupo lembrou que tinha um amigo refinador de metais que talvez pudesse ajudar a trazer alguma luz àquela questão.

 

No dia seguinte procurou-o em sua oficina, e o refinador começou a tentar explicar, mas decidiu que seria mais esclarecedor se mostrasse como acontecia o processo na prática. Chamou-o então ao outro lado da oficina, acendeu o fogo, pegou um martelo e começou a esmagar um pedaço de rocha, transformando-o em uma massa informe. A seguir colocou tudo em um cadinho, que cuidadosamente levou ao fogo. De imediato sentou-se, sem desviar a atenção do fogo, explicando que a observação permanente era essencial, que a prata era muito valiosa e poderia perder-se devido a alguma distração sua. Vagarosamente o minério foi amolecendo, e a prata – que primeiro se funde por ter menor temperatura de fusão – surgiu chiando e borbulhando ao liberar o oxigênio nela contido. Lentamente as impurezas incrustadas soltavam-se e subiam à superfície, ficando bem à vista do refinador, que lançava-as fora imediatamente, uma após a outra. Esse processo de limpeza se repetiu muitas vezes, até que um líquido prateado emergiu, com tal consistência e pureza que o refinador podia ver nele refletida sua própria imagem. Então, depois deste longo, doloroso e paciente processo, levantou os olhos para dizer ao outro que finalmente a prata estava refinada. Agora, o que antes era feio e grosseiro, tornou-se belo e precioso, mas teve que passar por duras provas e tremendas provações, dando concretude à exclamação do salmista no Salmo 66.10: “Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos refinaste como se refina a prata”.

 

Então o rapaz compreendeu que o profeta dizia que Deus, para nos purificar, para nos santificar, estabelece um processo de limpeza de toda a sujeira, de toda a escória acumulada, com uma habilidade celestial só Sua, e sabe como ninguém extrair toda a impureza que pode toldar o nosso brilho pessoal, para que possamos um dia refletir em nós a Sua divina imagem.

 

Em outras palavras, a salvação do crente passa pela regeneração e pela justificação, continua com a santificação, e é cumprida plenamente na glorificação: todos os que foram regenerados e justificados estão sendo santificados; todos os que estão sendo santificados serão no final glorificados. E embora possamos distinguir entre regeneração, justificação, santificação e glorificação, não devemos separá-las, pois a pessoa que experimenta verdadeiramente uma, experimentará todas as outras.

 

Enquanto que a regeneração é uma ressurreição espiritual, o começo de uma nova vida, a santificação é o crescimento deste novo homem; a primeira é um evento único e instantâneo, a segunda, de acordo com o teólogo Augustus Strong em sua Teologia Sistemática, “é a operação contínua do Espírito Santo, pela qual a santa disposição concedida na regeneração mantém-se e se fortalece.” 

 

Da regeneração decorre a justificação e a santificação, e ao final, com a volta de Cristo, a glorificação, como Paulo revela em Romanos 8.17: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofrermos, para que também com ele sejamos glorificados”.

 

A justificação é a declaração de Deus de que a nova criatura, criada segundo a natureza divina, é justa. Deus declara justo aquele que ressurgiu com Cristo dentre os mortos, porque o velho homem que recebeu a proposta de salvação não poderia ter sido declarado justo. A santificação refere-se à nova natureza recebida na regeneração, quando o homem sepultado com Cristo se reveste das condições pertinentes a Ele, como Paulo declara em Gálatas 3.27: “… porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes”.

 

Segundo o Breve Catecismo de Westminster na pergunta 35, “santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão.”

 

Portanto, a santificação é obra da maravilhosa graça de Deus, pela qual a pessoa é renovada em todo o seu ser segundo a imagem do Criador. Significa a cada dia morrer para o pecado e viver segundo o coração do Pai, num processo de transformação que faz com que o cristão – pelo poder do Espírito Santo – vá se tornando na semelhança do Senhor Jesus, não meramente na aparência, mas na realidade de todo o seu ser. Trata-se de um processo progressivo, que nunca poderá ser completado nesta vida, pois só será cumprido de maneira plena na glorificação. Santificar-se, para o cristão, é um requisito básico, pois como o autor de Hebreus 12.14 ensina: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

 

E de acordo com o apóstolo Paulo em Efésios 1.4-13, para ser participante da natureza divina, para ser regenerado, justificado, santificado e para um dia ser finalmente glorificado, o cristão foi abençoado com a predestinação, por força da qual aquele que crê em Cristo não possui outro destino que não seja o de ser feito Filho de Deus, pois Ele “… nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa…”.

 

Diferentemente da regeneração, obra exclusiva de Deus, na santificação há muito esforço humano, possibilitado pelo enchimento do Espírito. Por um lado, “… porque é Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”, nas palavras de Paulo em Filipenses 2.13; por outro, somos ordenados pelo mesmo Paulo em 1 Timóteo 4.7: “…Exercita-te, pessoalmente, na piedade”.

 

Deus usa os meios da graça para nos santificar, sendo os principais deles as disciplinas espirituais, tanto pessoais quanto corporativas. Entre as pessoais, estão incluídas o estudo da Palavra de Deus, a leitura dos devocionais, a oração, a adoração privada, o jejum, o silêncio, as vigílias, a manutenção de um diário espiritual, a separação de um dia da semana para estar a sós com Deus, a visitação aos pobres, a hospitais e asilos, a leitura de bons livros cristãos, o sacrifício de algo de que gostamos. A estas, somamos as disciplinas espirituais que praticamos junto aos irmãos na fé: a adoração pública, o ouvir da Palavra de Deus pregada, a observância das ordenanças divinas, a oração coletiva, a comunhão, o estudo bíblico conjunto, o louvor.

 

E durante todo o tempo, nossa confiança e foco devem estar em Deus, e não em nós mesmos, como Paulo expressa confiantemente em Filipenses 1.6, afirmando que “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus”, e reafirmando em Romanos 8.18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para se comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.”

 

Senhor Deus Pai Amado, louvado sejas por todo o sempre pela abençoada regeneração que Tu promoveste em nós ao renovares nossas mentes e corações, assim dando-nos uma nova vida em Cristo; e prosseguisTe a Tua obra bendita com a nossa justificação, ao perdoares os nossos pecados por meio do sacrifício de Cristo, assim transformando-nos em boas árvores do Teu jardim. Rogamos-Te que prossigas com o processo da nossa santificação ao fazer-nos mais assemelhados a Cristo, com isso permitindo que produzamos bons frutos enquanto estivermos na carne, e que tudo possa ser coroado com a nossa glorificação na segunda vinda de Jesus, para então vivermos para sempre conTigo. É no nome santo e precioso de Teu Filho que assim oramos agradecidos. Amém.

 

 

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MANDAMENTO DE DEUS

“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”. 1 João 4.20-21 (ARA)

 

 

 

 

 

 

Dizer que amamos a Deus é fácil, quando nos limitamos às nossas obrigações religiosas orando apenas com os lábios, lendo a Bíblia mecanicamente e “assistindo” todas as semanas aos cultos. Entretanto, provamos nosso verdadeiro amor a Deus quando amamos nossos irmãos apesar de eventualmente desgostarmos do que fazem, porque é preciso lembrar que eles, tal como nós, foram criados à imagem e semelhança do Pai, e a única forma de provarmos que amamos a Deus é amando aqueles a quem Ele ama. E toda e qualquer controvérsia cessa quando consideramos que este é um mandamento de Deus!

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