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Ser Feliz – A Pureza do Coração

Quando Jesus, em Mateus 5.8 (NTLH), declarou que “Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus”, estava nos ensinando que devemos estar permanentemente atentos sobre o que realmente determina nosso agir, o que nos move em cada circunstância da vida, submetendo-nos voluntariamente a um autoexame contínuo, e lembrando-nos do que Jeremias 17.9 (NVI) nos alerta: “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável”.

 

A palavra do idioma grego que significa puro é kázaros, e comunica a ideia de algo sem mistura, sem adulteração, incontaminado, assim Jesus instrui-nos que seremos felizes quando nossas motivações forem íntegras e desprovidas de qualquer intenção que não seja elevada, benigna e produtiva para o Reino, pois só assim veremos a Deus.

 

No entanto, pecadores como somos, dificilmente nossas ações, até mesmo as melhores e mais bem intencionadas, deixarão de ter a contaminação de pensamentos e motivações impuras e egoístas, por isso é indispensável nosso autoexame, a cada passo perguntando-nos: estamos fazendo esta oferta para a Obra de Deus com total desinteresse pessoal, sem visar a sensação íntima de importância e aprovação do nosso ato, para suscitar, além do mais, a admiração de outras pessoas? Este sacrifício que estamos fazendo por alguém é mais que um belo gesto exibicionista que busca aplausos, para que vejam em nós uma atitude heroica, ou o praticamos por legítimo amor ao próximo? Temos uma autêntica vontade de servir, ou buscamos, antes de mais nada o prêmio pelo serviço prestado? Frequentamos todo domingo o culto com o desejo sincero de louvar e adorar a Deus, ou o fazemos automática e burocraticamente porque nossa família, amigos e conhecidos o fazem? Oramos e estudamos a Palavra porque sentimos uma necessidade profunda de andar com Deus e de conhecê-Lo, ou fazemos isso porque nos proporciona um sentimento de superioridade com relação a outras pessoas que julgamos que não são tão dedicadas, tão “espiritualizadas” como nós, e para podermos demonstrar sapiência? Trabalhamos na igreja por amor a Cristo ou para adquirirmos e mantermos uma imagem positiva, e para termos poder e destaque entre os irmãos?

 

O famoso escritor e pregador cristão inglês John Bunyan era muito cuidadoso com a admiração pelo próprio mérito, e dá-nos um exemplo marcante de busca de pureza cristã quando certa vez, após ter proferido um sermão, ao ser abordado por um fiel que o parabenizou, respondeu entre sério e bem-humorado: “Obrigado. O diabo já tinha me elogiado enquanto descia do púlpito”!

 

Fazer, no entanto, uma autoavaliação isenta, verdadeira e imparcial de nós mesmos é bastante difícil, porque é então que por certo descobriremos não haver muitas de nossas coisas planejadas e realizadas que estejam embasadas em intenções estritamente virtuosas. Mas Jesus deixou claro que somente sob estas condições de rigorosa integridade, limpidez e generosidade, sem estarmos afetados por maldade ou malícia, estaremos aptos a ver a Deus.

 

O que precisamos compreender é que na vida só enxergamos aquilo que somos capazes de ver, só divisamos o que para isto estamos preparados e sensibilizados com o coração e o conhecimento, mais do que com os olhos, como a pessoa que, por ter preparo e formação, ao examinar duas obras de arte aparentemente idênticas, consegue discernir a falsa da verdadeira.

 

Tiago 4.8 (NVI) exorta com sabedoria: “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração” porque, se andamos com Deus, pela Sua graça e pelo agir do Seu Santo Espírito em nós, conseguimos manter nosso coração limpo, puro, despoluído, mas se pela atuação do inimigo – com o nosso consentimento consciente ou não – o entulhamos de pecado e lixo, esta condição determinará nossa futura incapacidade de ver a Deus.

 

A visão de Deus certamente não será facultada aos “espertos”, calculistas, enganadores, ardilosos, nem aos faltos de fé que colocam um pé em cada canoa – um pé no mundo e o outro no cristianismo – e acabam caindo no rio do afastamento de Deus, como o irmão de Jesus mostrou em Tiago 1.6-8 (NVI) com relação àquele cuja lealdade é dividida, vivendo cheio de dúvidas, incertezas e atitudes oportunistas: “… aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz”.

 

Por isso, verão a Deus somente aqueles que são cristãos integral e absolutamente sinceros, honestos e verdadeiros, que desejam um dia vê-Lo de todo o coração, e não permitem que nada nem ninguém se interponha no caminho que os leva a Cristo.

 

O cristão puro de coração jamais consegue viver uma vida dupla, cheia de segredos inconfessáveis que procura guardar a sete chaves, não tem intenções ocultas cuidadosamente camufladas, porque é transparente em suas motivações, e se seu coração pudesse ser perscrutado, ali seriam encontrados os mesmos pensamentos, ideias, conceitos, planos e propósitos expressos por sua boca porque, tal como Jesus disse em Mateus 12.34 (NVI), “… a boca fala do que está cheio o coração”.

 

E o Salvador execra toda a falsidade daquele que vacila entre a verdade e a mentira, que diz seguir a Cristo mas só busca vantagens pessoais através dEle, que afirma amar a Deus mas odeia o irmão. A este Jesus condena em Mateus 15.8 (NVI) ao dizer que “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”, da mesma forma como Elias reprovou o povo de Israel em 1 Reis 18.21 (NVI), dizendo: “Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no”.

 

Na autêntica vida cristã não existe meio-tom: ou se adora a Deus com inteireza e pureza de coração, sem esperar nada em troca, ou não se é um verdadeiro adorador em espírito e em verdade, que é a característica essencial daqueles que o Senhor procura.

 

Possivelmente a maior infelicidade de quem se autodenomina cristão é ter um coração bipartido, como diz o ditado, “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”, por isso é morno, nem frio nem quente, indefinido, oportunista, fica no meio do caminho entre Deus e o mundo para não se comprometer, mas se julga fiel, justo e cumpridor de suas “obrigações religiosas”, e por isso Jesus em Apocalipse 3.16 (NVI) lhe diz : “… estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. Para estes impuros de coração, resta apenas um horrendo destino: jamais verão a Deus, e viverão em trevas perpétuas, onde só “… haverá choro e ranger de dentes”.

 

É preciso estarmos conscientes de que a nossa transformação da situação de impureza para a de pureza é na verdade uma ação muitas vezes dolorosa, lenta, perseverante, incessante, de supressão do espaço ocupado em nosso coração pelo ego, que gradativamente deve diminuir, enquanto Deus vai ocupando cada vez mais todo o nosso ser, analogamente ao que João Batista disse sobre ele próprio e referindo-se a Jesus em João 3.30 (NVI): “É necessário que ele cresça e que eu diminua”.

 

A pureza de coração é característica inalienável do cristão que entrega-se a Deus sem reservas, de todo o coração, e segue Seus mandamentos e ordenanças fielmente, sem titubear, porque deseja fruir da verdadeira felicidade, e ora todos os dias como Davi o fez no Salmo 51.10 (ARA): “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”.

 

E a recompensa para aqueles que buscarem prioritária e incansavelmente um coração puro por amor a Deus, é gloriosa e inefável, como Paulo anuncia em 1 Coríntios 2.9 (NVI): “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”.

 

Continua a seguir, com o próximo artigo: Ser Feliz – Promovendo a Paz

 

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CONTRASTE

“Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra”. Miqueias 4.3 (ARA)

 

 

 

 

 

 

No Seu Reino, o Messias julgará e corrigirá as nações, implantando uma firme e total disposição para a concórdia, a paz e o amor, e por esse motivo as armas de guerra serão transformadas em instrumentos de trabalho, os homens violentos serão acalmados tornando-se serenos e mansos, e aqueles que antes de sua conversão praticavam maldades deixarão de fazê-lo. Sob o domínio de Cristo o Evangelho prevalecerá e pacificará os homens, trazendo a sabedoria do alto que produzirá a tão sonhada paz e harmonia universal, em contraste com a aguda depravação e maldade dos dias de hoje!

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INEXCEDÍVEL AMOR E SUBLIME PERFEIÇÃO

Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou?”. Isaías 40.13 (ARA)

 

 

 

 

Deus criou o universo sem a contribuição de ninguém para Lhe sugerir, aconselhar ou recomendar o que quer que fosse sobre o que criar ou como deveria fazê-lo. Mas nosso Onipotente e Todo-Poderoso Senhor, absolutamente incomparável em Sua sabedoria, conhecimento e criatividade, apesar de Sua suprema grandeza, importa-Se com seres tão minúsculos, desprezíveis, miseráveis como nós, a ponto de amar-nos incondicionalmente, cuidando de cada um de maneira exclusiva e pessoal! Louvado seja nosso Deus, que concebeu toda a Sua prodigiosa obra com inexcedível amor e sublime perfeição!

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