CHEIOS DO ESPÍRITO

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CHEIOS DO ESPÍRITO

A Palavra de Deus em Efésios 5.18 nos persuade a que permitamos que o Espírito Santo nos guie, tenha o controle pleno da nossa vida, para que então experimentemos a Sua paz e alegria, assim exortando: “… enchei-vos do Espírito”.

 

O verdadeiro cristão foi regenerado, afirma Jesus na passagem que está em João 16.7-14: “…  eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.

 

Foi batizado no corpo de Cristo pelo Espírito Santo, diz João Batista em João 1.33: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo”. E Jesus instrui Seus discípulos em João 14.15-17: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”.

 

Assim, todo crente autêntico foi habitado pelo Espírito, foi selado pelo Espírito e o Espírito é o penhor de sua redenção, ensina Paulo em Efésios 1.13: “… depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa…”.

 

Sem a plenitude do Espírito o cristão é fraco, carnal e derrotado, e a vida cristã fica relegada a um plano secundário, mas ter a plenitude do Espírito é estar sob o Seu controle, pela Sua presença e poder, por isso Paulo exorta em Efésios 5.14-20: “… Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,  dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”.

 

O Espírito Santo não obriga, não força ninguém a ser cheio dEle, por isso o crente precisa desejar a plenitude do Espírito para que ela seja possível e aconteça. Em todos os outros ministérios do Espírito Ele opera soberanamente e tudo faz sem a cooperação do crente, porém neste ministério é imprescindível o exercício da vontade do cristão. E a plenitude do Espírito faz toda a diferença entre um homem espiritual e um homem carnal.

 

Billy Graham certa vez escreveu: “Todos os cristãos devem ser cheios do Espírito. Qualquer coisa menos que isto é só parte do plano de Deus para nossa vida”. E ser cheio do Espírito tem uma dupla implicação: Jesus, que em Mateus 18.11 afirmou, Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido”, pelo poder do Espírito Santo produzirá através de nós o resultado de almas ganhas para Ele, como afirmou em Mateus 4.19: “… Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.

 

À medida que o Espírito Santo nos controla, amadurecemos em Cristo e o fruto do Espírito que Paulo descreve em Gálatas 5.22,23, se tornará cada vez mais evidente e presente em nossa vida: “… amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Então a Palavra de Deus se tornará cada vez mais significativa para nós e sempre mais presente em nosso cotidiano, constituindo-se na base do nosso crescimento espiritual, como Paulo assim augura e orienta em Colossenses 3.16, pois é o Espírito Santo quem ilumina e aplica a Palavra em nossas vidas: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”.

 

Há um só batismo pelo Espírito Santo, que ocorre quando da conversão da pessoa, como Paulo ensina em 1 Coríntios 12.13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”. Contudo, o enchimento do Espírito é indispensável para todos os crentes que pretendem viver a vida em abundância que Cristo prometeu.

 

Por exemplo, os coríntios foram batizados e receberam o Espírito, mas Paulo considerava-os carnais como lemos em 1 Coríntios 3.1-3 quando afirma: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?”

 

Os gálatas também haviam sido batizados em Cristo, como Paulo em Gálatas 3.27 lembra, mas foi obrigado a repreendê-los duramente em 1.6, dizendo que “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho…”, e continuando em 3.3: “Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?” Ou seja, embora batizados em Cristo e tendo recebido o Espírito, a obra de Deus não poderia ser completada neles pois lhes faltava a plenitude do Espírito.

 

Porém os primeiros discípulos eram seguramente cheios do Espírito, como podemos comprovar pela declaração de Lucas em Atos 4.8 com relação a Pedro: “Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse…”; quando reunidos em oração: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”; quando da convocação de colaboradores em 6.3: “… irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria…”; pela escolha de Estêvão: “… elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo…”; com a extraordinária conversão de Saulo em 9.17: “Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”; quando da transformação de Paulo em 13.9: “… Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo…”.

 

A prestigiosa Bíblia de Estudos de Genebra é clara, didática e assertiva quando acentua: “No momento em que nascem de novo, os crentes em Jesus recebem o Espírito… Todos os dons para a vida de serviço que aparecem subsequentemente na vida dos cristãos fluem desse batismo inicial no Espírito, porque por meio desse batismo o pecador está unido ao Cristo ressurreto.”

 

Como verdadeiros cristãos, precisamos desejar ardentemente a plenitude do Espírito, porque sem ela seremos sempre crentes incompletos, e Deus está pronto a nos conceder esta bênção, como Jesus em Lucas 11.13 prometeu: Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

 

Pai Santo e Eterno, desejamos ser cheios de teu Santo Espírito, como Tu nos ordenaste. Mas sabemos que alcançarmos tal desiderato não é um evento único, mas sim um fato real e contínuo que devemos vivenciar a cada dia de nossas vidas, como um processo que se renova perpetuamente pela submissão contínua a Cristo. Capacita-nos a fazer tudo o que for necessário para isto, Senhor, ajudando-nos a reconhecer os nossos pecados, a confessá-los e nos arrependermos contritos, vivendo cada dia em estrita obediência  à Tua Santa Palavra. Assim oramos, Pai Amado, em nome de Jesus. Amém.

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