A INERRANTE PALAVRA DE DEUS

Na qualidade de cristãos, devemos manter um compromisso integral quanto ao conhecimento da Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, sua concepção e autoridade divinas, porque a Bíblia é um livro inspirado, isto é, “soprado” por Deus. Inspirado não por causa de seu modo sobrenatural de transmissão mediante autores humanos, mas por causa da sua origem, que é Deus: a Bíblia é a Vox Dei, a verdadeira “voz de Deus” que Ele nos concedeu graciosamente para que O conhecêssemos e O obedecêssemos todos os dias de nossa jornada terreal.

Deus é o Senhor dos céus e da terra, e somente Ele impõe obrigação absoluta sobre as Suas criaturas através da palavra escrita, fazendo da Bíblia “a única regra infalível de fé e prática” de que necessitamos para viver uma vida de paz e harmonia com Ele, com todos os irmãos na fé e até mesmo com quem não professa a nossa fé.

As Escrituras são divinas em sua origem, infalíveis e inerrantes em tudo o que ensinam, seguras e certas em suas instruções para a nossa vida, mostrando que só existe uma religião correta, verdadeira, a que se encontra revelada na Bíblia. Tudo aquilo que é necessário para a salvação e para uma vida cristã autêntica, feliz e realizada, está claramente ali revelado, mostrando que não há salvação fora do Cristianismo e os meios para isto estão claramente expostos na Palavra de Deus.

No entanto, frequentemente, em contradição com os pressupostos bíblicos, vemos nos dias de hoje tão em voga o conceito humano do “politicamente correto”, significando tudo o que é aceitável, consentido, admitido pela sociedade permissiva em que vivemos. Por exemplo, não tomar atitudes ou afirmar coisas que venham a desagradar pessoas ou grupos de pessoas sobre o seu comportamento sexual.

E sobre isso Paulo em 1 Coríntios 6.9-20 faz dura advertência sobre as aberrações sexuais que predominavam entre os gregos e romanos do seu tempo, pois não desejava que o cristianismo fosse confundido com seitas que permitiam tais práticas pecaminosas: “… Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, (…) herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. Os alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como aquele. Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo. Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.

Não podemos nos esquecer de que é preciso exercer a tolerância cristã, mas a condescendência que se deve ter é com as pessoas, não com suas crenças e ações quando estas contrariam a verdade revelada nas Escrituras. Se formos tolerantes quando existe afronta à Palavra de Deus e à Sua vontade revelada, estaremos incorrendo em uma omissão pecaminosa inaceitável, com uma atitude permissiva que Ele abomina, e assim estaremos tendo uma inadmissível atitude conivente com o mal.

Outro aspecto da pós-modernidade que influencia a leitura da Bíblia nos dias atuais é o relativismo quanto aos valores e conceitos morais e religiosos, trazendo a idéia de que todos os valores morais e as crenças religiosas são igualmente válidos e que não se pode julgá-los. Argumenta-se que a verdade depende das lentes que se usa para ler a vida, que não há meio de se arbitrar sobre a verdade, porque não haveria parâmetros absolutos, e que ninguém deve tentar mudar a opinião de outrem em questões morais e religiosas.

Assim, o relativismo acaba por minar a credibilidade em qualquer forma de interpretação que se proponha como a correta, o que acaba por individualizar a verdade: cada pessoa tem sua verdade e ninguém pode alegar que a sua é superior à dos outros. Por conseguinte, ninguém pode ter a pretensão de converter outros à sua fé, nem falar de Cristo a ninguém e em lugar algum, nem fazer missões.

No entanto, não podemos esquecer que é fundamental sempre buscar uma leitura das Escrituras que nos permita alcançar a mensagem de Deus em toda a sua verdade, profundidade e plenitude, e de ouvir a voz de Cristo como Ele gostaria que ouvíssemos. É preciso declarar definitivamente “certo” aquilo que Deus chama de certo, e “errado” aquilo que Deus chama de errado, mas devemos fazê-lo de modo compassivo, no espírito de Cristo, a fim de que as pessoas possam reconhecer pelo amor e não pela crítica ou acusação a necessidade de um Salvador. Todos os nossos padrões precisam estar baseados na Bíblia e em Cristo. Sim, vamos ser abertos, abertos para o Espírito Santo, abertos para a Palavra, mas não para o modus vivendi secular atual, corrupto e corruptor.

Outro aspecto importante dos dias que correm é que muitos não cristãos têm dificuldade em acreditar que podemos estar vivendo os últimos tempos da história da Terra, porém os sinais que percebemos hoje são muitos, e todos estão registrados no Livro Sagrado, afirmados por Jesus e por diversos profetas e apóstolos. Por exemplo, que disse Jesus sobre quando os últimos dias chegariam? Em Mateus 24.14 está escrito: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”.

Mas neste tempo também haverá homens fazendo-se passar por Jesus para enganar a muitos, por isso Ele avisou em Mateus 24.23-24: “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”.

Em que condição moral estará a nossa sociedade nos últimos dias? Paulo em 2 Timóteo 3.1-5 alerta: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,  traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes”.

O aumento em conhecimento tecnológico é outro sinal dos últimos dias. Em Daniel 12.4 a Bíblia diz: “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.”

Sinais climáticos dos últimos dias também são mencionados na Bíblia, que pontua em Lucas 21.25-26: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”.

Conversações sobre paz e segurança são outros sinais dos últimos dias. O apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5.2-3 escreve: “… vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão”.

Que devemos fazer quando vemos estes sinais? A Bíblia responde em Mateus 24.42-44: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”.

Estudiosos das profecias bíblicas, confrontando-as com os eventos que têm sido observados no planeta a partir de meados do século XX, afirmam que nossa geração é a primeira a satisfazer todos os requisitos bíblicos, em termos políticos, de tecnologia e de meio ambiente para que as muitas profecias do Apocalipse se cumpram literalmente. Entre os muitos exemplos estão as guerras por todo o mundo, em especial no Oriente Médio, as tecnologias usadas pelo sistema financeiro internacional indispensáveis para viabilizar a marca da besta, a tendência mundial para um governo único, os conflitos econômicos internacionais entre as grandes potências e as comunicações via satélite, que possibilitariam mostrar a todo o mundo as “duas testemunhas” de Apocalipse 11. Porém, apesar disso tudo, só o Senhor sabe quando a volta de Cristo se dará. Então nós clamamos: Maranata, vem Senhor Jesus!

Amado Pai Eterno, o mundo se encontra em uma condição de caos absoluto e total, as nações se desentendem pelo mundo todo, os sofrimentos dos povos são cada vez maiores, as injustiças se multiplicam, as guerras se desencadeiam com cada vez mais frequência e crueldade, afetando principalmente os inocentes, os genocídios produzem cada vez mais vítimas inocentes, enquanto o próprio planeta reage aos desmandos humanos manifestando cataclismas sempre mais e mais graves que ceifam vidas e destroem a natureza e as obras humanas. Não sabemos, porém, Senhor, se tudo isso faz parte dos eventos relativos aos últimos tempos, e nos vemos, por um lado, inquietos, inseguros, mas por outro, confiados em Ti, rogamos que não Te demores, Senhor Jesus. Assim oramos contritos no Teu nome que está acima de todo nome. Amém.