Ser Feliz – A Humildade de Espírito

,

Ser Feliz – A Humildade de Espírito

Todas as pessoas, em todo o mundo, estão permanentemente à procura da felicidade, no entanto geralmente em lugares, situações, condições e coisas em que ela seguramente não está, porque desconhecem que só em Cristo, no Seu exemplo de atitudes, no Seu ensino e, principalmente na aplicação deles, poderá ser encontrada a verdadeira e eterna felicidade. Como escreveu Blaise Pascal,“A felicidade não está apenas dentro de nós nem fora de nós, mas sim em nossa união com Deus.” O que as palavras de John Wesley corroboram: “Não há felicidade a não ser em Deus.”

Jesus proclamou as bem-aventuranças ou beatitudes há mais de 2.000 anos, mas Suas assertivas continuam tão vivas e válidas como quando foram pronunciadas pelo Mestre, e a primeira delas é a pobreza ou humildade de espírito, registrada em Mateus 5.3 (NTLH): “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas”, que na versão ARA diz: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”, e na ARC: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”.

As bem-aventuranças foram originalmente anunciadas por Jesus em aramaico, e os judeus empregavam o termo pobre para designar alguém que não possuía nenhum recurso que o mundo poderia proporcionar, e assim colocava toda a sua esperança e confiança em Deus, na Sua misericórdia e provisão. Na tradução do Novo Testamento a partir do original grego para o português na versão ARA – Almeida Revista e Atualizada, a palavra pobre descreve a pessoa que vive na pobreza absoluta, completa, que está na mais profunda miséria. Cotejando os dois significados, o aramaico e o grego, o primeiro representando o homem que não possuía nada, e assim colocava sua vida inteiramente nas mãos de Deus, e o segundo o desvalido total, o humilde, o miserável, podemos dizer que Jesus afirmou com esta bem-aventurança que feliz é aquele que tem consciência de sua completa miserabilidade e por isso humildemente entregou sua vida a Deus. Se estivermos convencidos de que firmados nas coisas do mundo não teremos qualquer segurança, nem acharemos felicidade – ao contrário do que muitos pensam – e que só em Deus podemos confiar e com Ele contar, sentiremos que muitos dos valores que o mundo tanto preza nos serão indiferentes e até passaremos a por eles ter aversão e desdém.

Deus é a única coisa que verdadeiramente importa, porque só nEle reside nossa esperança de auxílio, fortaleza e vida abundante: isto é, se formos espiritualmente pobres ou humildes de espírito, não teremos dúvida de que as coisas do mundo não são nada, enquanto nosso Todo-Poderoso Deus é tudo!

Na verdade, ser bem-aventurado descreve muito mais que um simples estado emocional expresso pela palavra feliz, significa desfrutar permanentemente do favor e da graça de Deus, de um maravilhoso bem-estar espiritual concedido graciosamente pelo Pai, a certeza inequívoca de um porvir extraordinariamente venturoso, que “… nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano...

Jesus Cristo, principalmente por Seu exemplo admirável, mas também por palavras, sempre valorizou sobremaneira a virtude da humildade, ensinando em Mateus 18.1-3 que se não nos humilharmos como crianças, não poderemos entrar no Reino dos Céus.

Os humildes de espírito, por sua própria condição de despojamento e carência, parecem estar mais sensibilizados para perceber a necessidade de depender exclusivamente de Deus, e não de suas parcas capacidades humanas, o oposto da maioria dos orgulhosos e abastados, sobre os quais Jesus disse em Mateus 19.23 que dificilmente entrarão no Reino dos Céus. E são os humildes de espírito muitas vezes exemplos vivos a demonstrar que somente por meio da soberania e da graça de Deus – mediante a fé em Jesus Cristo – é possível almejar ser feliz, e jamais por meio dos bens materiais, pelo poder secular ou por obras.

Mas é importante que consideremos que esta bem-aventurança não enaltece a pobreza material, intrinsecamente perversa, ao comprometer a qualidade e a expectativa de vida, dificultando e até impedindo o acesso das pessoas à saúde, à educação, ao trabalho, à segurança, à moradia e a outras necessidades básicas. Jesus jamais teria qualificado de “bem-aventuradas ou felizes” tais cruéis condições de vida a que estão submetidas hoje quase 3 bilhões de pessoas em todo o mundo. Ao contrário, o Evangelho de Cristo tem como um de seus objetivos a supressão deste tipo de pobreza infeliz, e o que Ele pregou é a pobreza feliz do espiritualmente pobre, daquele que admite sua total falta de condições para fazer frente às demandas da vida terreal,e assim volta-se para o Pai em busca do amparo e da força de que carece.

A estes Jesus outorga a cidadania do Reino dos Céus, distinção concedida somente àqueles que fazem a Sua vontade e obedecem-Lhe, aos que entregam suas vidas a Ele, confiam, descansam e esperam nEle, por terem se conscientizado de sua completa incompetência e incapacidade para satisfazer às necessidades da própria existência.

A seguir, o próximo estudo: Ser Feliz – O Quebrantamento do Coração

CONVITE ESPECIAL

Gostaria de receber em seu computador as mensagens BOM DIA DE CORAÇÃO A CORAÇÃO? Basta enviar um e-mail com a palavra SIM para bomdiadcc@gmail.com.

Share
2 Comentários
  • luciano alves david

    1 de junho de 2014 at 12:00

    Muito bom esse tema.

  • Nanny & Winston

    2 de junho de 2014 at 14:45

    Prezado Luciano, agradecemos sua participação e suas palavras.
    Em Cristo.

Publicar um comentário