Reflexões Sobre a Existência Humana: Vida

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Reflexões Sobre a Existência Humana: Vida

Muitas pessoas mundanas dizem que não se deve levar a vida muito a sério, afinal ninguém sai vivo dela. Outros são tão intelectualizados que arvorando-se em “professores de Deus”, e saem pela vida proferindo palavras vazias que, para eles e para seus admiradores, representam o suprassumo da verdade. Suas atitudes lembram aquela conhecida história do sábio, que certo dia foi procurado por alguns escarnecedores que queriam dele zombar, e para isto apanharam um pequeno pássaro, e o líder do grupo, segurando o animalzinho nas mãos escondidas às suas costas, perguntou-lhe: “Tenho nas mãos um pássaro. O senhor que sabe tudo, diga: ele está vivo ou morto?”, preparado para – caso o sábio respondesse “vivo” – matar o bichinho, sufocando-o. Se a resposta fosse “morto”, o rapaz abriria a mão e o pássaro sairia voando. Não havia saída! A desmoralização do sábio era certa, pensaram eles com sorrisos zombeteiros nos lábios. Mas após alguns instantes cofiando a longa barba, testa franzida, o sábio respondeu: “Isto depende de você”. De igual maneira, Deus coloca nas mãos de cada um de nós a responsabilidade pela vida que levamos, pelas decisões que tomamos, pelos caminhos que escolhemos em nossa existência.

Ao observarmos o que algumas pessoas consideradas “famosas”, “notáveis”, “importantes” – sob a ótica e o conceito do mundo – disseram sobre a vida, vemos que pobres mortais eram e são, e quão distantes estavam e estão de Deus, portanto totalmente alienados da verdade que salva. Eis alguns exemplos de suas fúteis afirmações. Calderón de La Barca, poeta e dramaturgo espanhol (1600-1681): O que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção. E o maior dos bens é de pouco valor, já que toda a vida é sonho, e os sonhos não passam de sonhos”; Henrik Ibsen, escritor e dramaturgo norueguês (1826-1906): Tirar ao homem comum a vida de mentiras em que ele vive, é retirar-lhe a felicidade”; Homero, poeta grego (século IX a.C.): “Insignificantes mortais que como as folhas desabrocham e se aquecem de vida, e se alimentam do que o chão lhes dá, para logo murcharem e em seguida morrerem”; Dalai Lama, líder político e espiritual tibetano: “Acredito que o propósito da vida está em ser feliz”; Ovidio, escritor romano (43 a.C-18 d.C.): “Vejo o melhor, e aprovo; mas sigo o pior”; Richard Dawkins, sociobiólogo inglês, líder ateu: “Somos máquinas de sobrevivência – veículos robotizados cegamente programados de modo a preservarmos as moléculas egoístas a que chamamos genes. Essa é a verdade que me enche de espanto”, e, “Não há qualquer força espiritual guiando-nos, palpitando, pesando, pululando, protoplásmica, qual geléia mística. A vida é apenas bytes, bytes, e bytes, ou informação digital”; Lord Alfred Tennyson, poeta inglês (1802-1890): “Os sonhos são verdadeiros enquanto duram… E não vivemos nós em sonhos?”; E. Morin, sociólogo e filósofo francês: “A realidade é cruel para o ser humano, lançado sobre a Terra, ignorando o seu destino, submetido à morte, não podendo escapar aos lutos fatais, às vicissitudes da sorte, ao sofrimento, servidões e maldades”; William Blake, poeta inglês (1757-1827): “Faças o que fizeres, esta vida é ficção, e feita de contradição”; Epicuro, filósofo grego (341-270 a.C.): “O prazer é o princípio e o fim do viver feliz. Ele é o bem primeiro e inato, e é baseado nele que devemos concretizar as nossas escolhas e as nossas aversões”; Jacques Monod, bioquímico francês (1910-1976): “O homem sabe finalmente que está só na indiferente imensidão do Universo, de onde emergiu por acidente”; autor desconhecido: “O que é a vida, senão uma fuga da morte, e o que é a morte senão uma fuga da vida?”. Pobres seres humanos, miseravelmente perdidos, afogados em trevas profundas, esbanjando “intelectualidade”, porém vazios e sem esperança. E são considerados por muitos “a elite” da raça humana!

Em contraposição, há aqueles que Deus separou como Seus, mentes brilhantes que ele elegeu para trazer luz ao mundo, e que por isso afirmaram verdades que o mundo tenebroso não conhece. Louvado seja Deus por Sua misericórida, muitos são estes luzeiros, e entre eles estão Blaise Pascal, filósofo, físico e matemático francês (1623-1662), que disse: “Sem Deus, o conhecimento da miséria humana é desesperante”; Agostinho de Hipona, teólogo e filósofo do cristianismo (354-430 d.C.) afirmou: “Quando te procuro, meu Deus, estou à procura da felicidade. Procurar-te-ei para que a minha alma viva, porque o meu corpo vive da minha alma, e a minha alma vive de ti”, e, “A felicidade é uma alegria que não é concedida aos ímpios, mas àqueles que te servem por puro amor: tu és essa alegria! Alegramo-nos de ti, em ti e por ti: isso é a felicidade. E não há outra”.

Como Filhos de Deus, sabemos que viver vale a pena, desde que vivamos para Cristo, que tem um propósito para nós desde antes mesmo da fundação do mundo, e nos espera na Vida Eterna que só nós os salvos teremos o direito de usufruir. Estas pessoas que sarcasticamente proferem leviandades sobre as questões mais sérias da existência, são os ímpios que um dia chorarão e rangerão seus dentes ao enfrentar o juízo divino, quando descobrirão tarde demais que estavam miseravelmente enganados, que malbarataram tempo e oportunidades que não voltam mais. Neste mundo assemelham-se a cobaias que – colocadas pelo maligno em labirintos sem saída – desperdiçam tristemente suas vidas na busca infrutífera das benesses materiais que saciam apenas o corpo, nunca a alma. Que alto preço isto lhes custará! Aos zombadores, aos escarnecedores, aos ateus, aos incrédulos, aos ímpios, o Senhor tem reservadas as palavras pronunciadas em Mateus 25.41: … Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” Por isso jamais poderão ser contados entre os santos de Apocalipse 7.16-17 que na vida por vir, “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” E Cristo, nosso reto juiz, em Seu trono de glória, a nós Suas ovelhas convidará, como em Mateus 25.34: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”

Senhor, nossa oração súplice é para que abras os olhos e os ouvidos daqueles que não Te conhecem, e por conta disso proferem inverdades, heresias e disparates que infelizmente são ouvidos e aceitos por tantos. Dá-nos, Pai, a sabedoria, o discernimento e a capacidade suficientes e necessários para que possamos ser cooperadores Teus nesta empreitada de fazer Cristo conhecido pelos incréus de todo o mundo, transformando vidas. No nome santo de Teu Filho Amado. Amém.

(Continua na próxima semana com o tema Reflexões Sobre a Existência Humana: Morte).

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4 Comentários
  • NOEMY

    19 de março de 2012 at 23:44

    MUITA BOA A REFLEXÃO. PRECISAMOS NOS PREPARAR PARA A PARTIDA DESTA VIDA, E MUITOS ESQUECEM QUE O FIM ESTÁ MAIS PRÓXIMO DO QUE
    POSSAMOS PERCEBER. VIVAMOS DE TAL MANEIRA QUE POSSAMOS SER CHAMADOS EM QUALQUER MOMENTO.

  • Élvia Campos de Alcantara

    20 de março de 2012 at 21:35

    DEVEMOS ESTAR PREPARADOS PARA AQUELE DÍA. NÃO ADIANTA QUERER DESCARTAR DEUS DE NOSSAS VIDAS. DEUS HÁ DE TRAZER A JUIZO TODAS AS OBRAS. ESTÁ ESCRITO: DE TUDO QUE SE TEM OUVIDO, A SUMA É: TEME A DEUS E GUARDA OS SEUS MANDAMENTOS.

    • Nanny & Winston

      23 de março de 2012 at 18:16

      Querida Elvinha, tem razão, muito apropriado seu comentário.

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