Preciosa Promessa

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Preciosa Promessa

Deus jamais promete algo que não venha a realizar, nem estimula esperança que não cumpra. Ele é a bondade personificada, por isso nunca nos abandonará, e nos conduzirá até o final de nossa jornada, realizando de forma cabal todas as Suas promessas. E Ele as tem para toda a nossa vida: algumas delas preparou para o presente, enquanto outras esperam o tempo oportuno para serem cumpridas. Mas é preciso que creiamos nelas sem qualquer sombra de dúvida, e supliquemos ao Pai por seu cumprimento por meio de Jesus Cristo, para então vermos a mão do Senhor estendida cumprindo-as amorosamente, porque tudo pode falhar, porém a Sua Palavra é absolutamente infalível.

E é dessa forma que devemos tomar para nós a preciosa promessa que o Senhor fez por intermédio do profeta Isaías em 46.3-4 (ARA), dirigida naquela época ao povo de Israel, mas que a nós também diz respeito, como Seu povo no presente: “Ouvi-me (…) vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno. Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei”.

Examinemos em que consiste a promessa preciosa de Deus contida nesta passagem:

1. Deus nos leva nos braços desde o ventre materno.

Davi disse no Salmo 139.13 (Bíblia Viva): “Tu criaste todas as partes internas do meu corpo; Tu uniste todas essas partes para formar o meu corpo, enquanto eu ainda estava no ventre de minha mãe”. E já nesse momento o Senhor de amor infindo e onisciência absoluta tinha um propósito glorioso e bem definido ao conceber-nos, como Paulo ensina em Efésios 1.4 (NVI), ao afirmar: “… Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”. Seus sublimes cuidados paternos, portanto, aqui se iniciaram, e Ele assegura que prosseguirão por toda a nossa existência.

2. Deus nos sustenta, guarda e dirige desde o nascimento.

No Salmo 71 (NTLH), que tem como título Súplicas de um Ancião, o idoso salmista anônimo no verso 6 diz: “Toda a minha vida tenho me apoiado em ti; desde o meu nascimento tu tens me protegido. Eu sempre te louvarei”. Desde a nossa infância, embora não tivéssemos discernimento disso, Deus era a nossa esperança e a nossa confiança, como o salmista reconhece no verso 5. Quantas bênçãos, livramentos e curas por certo podemos lembrar desta fase da vida? Por isso, se reconhecermos a graça do Senhor sempre operando em nossa meninice, dando-nos todo o amparo e proteção desde o nascimento, jamais ficaremos sem sustentação durante nossa velhice, e sempre teremos motivos para louvá-Lo e agradecer-Lhe.

3. Ele é o mesmo na nossa velhice.

Enquanto as coisas do mundo alteram-se com o tempo, ou ao sabor de circunstâncias várias, para melhor ou para pior, Deus continua perpetuamente imutável, como canta o salmista no Salmo 102.25-26 (ARA): “Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados”. Tal como a terra e os céus, nós também envelhecemos e Ele nos mudará; a terra e os céus atuais darão lugar aos gloriosos e perfeitos novo céu e nova terra que João viu em Apocalipse 21.1, enquanto que o Senhor Jesus Cristo, como prometido em Filipenses 3.21 (NVI), “… transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso”.

4. Ele promete nos carregar até depois que nossos cabelos branquearem.

O salmista idoso, autor do Salmo 71 (NTLH), como nós mesmos, que tantas vezes oscilamos entre a fé e o medo do futuro, após ter manifestado nos versos 5-8 tanta confiança no Senhor, repentinamente, no verso 9, expressa uma certa angústia e insegurança, então suplica a Deus: “Não me rejeites agora que sou velho; não me abandones agora que estou fraco”. Mas o salmista não levou em conta aquilo que o Senhor já havia prometido ao Seu povo, pela boca de Moisés em Deuteronômio 31.6 (ARA): Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis (…) porque o SENHOR vosso Deus (…) não vos deixará, nem vos desamparará”. Esta promessa maravilhosa é para nós também!

5. Ele tem feito tudo isso ao longo de nossa vida.

O tão conhecido Salmo 23 (ARA), belíssimo cântico de confiança de Davi, comprova de forma cabal o fato de que somos ovelhas do pastoreio do Senhor, a quem Ele cuida com Seu divino desvelo por toda a nossa vida, o que fica explícito em especial nos versos 1, 4 e 6, quando Davi assevera com toda a segurança: “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre”.

6. Ele nos conduz pelos Seus caminhos perfeitos.

Deus promete estar sempre conosco e guiar-nos a cada passo que dermos, como fez com o povo de Israel nos quarenta anos de peregrinação no deserto, assegurando ao profeta Isaias 42.16 (ARA): “Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, fá-los-ei andar por veredas desconhecidas; tornarei as trevas em luz perante eles e os caminhos escabrosos, planos. Estas coisas lhes farei e jamais os desampararei”.

7. Ele nos sustenta em tudo o que necessitamos.

Davi, perseguido implacavelmente por Saul, reconheceu no Salmo 54.4 (ARA), que o Senhor era o seu amparo naquela fase crítica de sua vida, ao exclamar reconhecido: “Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida”, e o próprio Criador nos tranquiliza por meio de Isaias 41.10 (ARA), dizendo: “…não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”. Séculos mais tarde, Jesus, no maravilhoso Sermão do Monte, serenou os corações das multidões que O ouviam, e acalma os nossos com estas palavras abençoadoras em Mateus 6.26 (ARA): “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?”. Por que deveríamos nós, portanto, nos inquietar com nossas carências, se Deus nos provê de tudo o que necessitamos?

8. Ele nos salva!

Por maior que seja o temor que sintamos do desconhecido, do mundo ameaçador que nos cerca, de sermos abandonados por aqueles que amamos, das enfermidades sorrateiras e incapacitantes, da morte, somente podemos vencer nossos pavores por meio da luz libertadora do Senhor que nos dá a salvação. E Davi O louva no Salmo 27, um hino de confiança em Deus em que expressa toda a ânsia ardente pela Sua presença, proclamando no verso 1: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?  O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”. E Ele está permanentemente pronto a nos salvar, basta que temamos só a Ele e a Ele invoquemos com toda a sinceridade, afirma Davi no Salmo 145.18-19 (ARA): Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele acode à vontade dos que o temem; atende-lhes o clamor e os salva”.

Mas um dia, quando a humanidade de corações empedernidos padecia com os males do pecado que inevitavelmente a conduziria à morte eterna, aprouve a Deus, pela Sua graça, enviar Seu Filho amado, Jesus Cristo, para, encarnado, viver entre nós com a missão de salvar-nos. E o amor incompreensível e sem medida do Pai, O fez permitir que o Filho fosse sacrificado na horrenda cruz, em lugar de pessoas como nós, que nada merecemos, a não ser a condenação que Ele assumiu em nosso lugar. E agora é o nosso Salvador sobre quem Paulo ensina em Romanos 10.9 (ARA):Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

Salvos estaremos para louvar nosso Grande e Único Deus, cuja sabedoria inalcançável permite que, por Sua vontade, sigamos sendo instrumentos Seus até avançada idade, dia após dia até o último ocaso, permanentemente espargindo a gratidão a Deus que nos inunda a alma, assemelhando-nos às árvores do belo poema Velhas Árvores de Olavo Bilac:

Olha estas velhas árvores, mais belas / Do que as árvores novas, mais amigas: / Tanto mais belas quanto mais antigas, / Vencedoras da idade e das procelas…

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas / Vivem, livres de fomes e fadigas; / E em seus galhos abrigam-se as cantigas / E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade! / Envelheçamos rindo! Envelheçamos / Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade, / Agasalhando os pássaros nos ramos, / Dando sombra e consolo aos que padecem!

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6 Comentários
  • rosemery

    27 de outubro de 2015 at 6:56

    A Deus toda honra , toda glória, todo louvor… Obrigada por espalhar as boas novas do Salvador. Um abraço!

    • Nanny & Winston

      27 de outubro de 2015 at 8:24

      Amém, prezada Rosemery! Que Deus continue a derramar copiosas bênçãos sobre você, e obrigado por seu comentário!

  • Lucimar de Moura Santos

    12 de novembro de 2015 at 14:55

    As promessas de Deus realmente são realizáveis, Deus não falha, a do homem são reversíveis , sem confiança, principalmente àqueles quando estão em pulpitos prometendo só prosperidade, eu não caiu nessas conversas, creio no meu Deus que não falha, por isso ele é onipotente, onisciente e onipotente, não tem outro na terra que chegue aos seus pés.

    • Nanny & Winston

      30 de novembro de 2015 at 11:52

      Como Paulo louva em 1 Timóteo 1.17, que nós façamos eco às suas palavras, dizendo: “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”.

    • Dalal T. Fernandes

      4 de dezembro de 2015 at 9:51

      Obrigada por me lembrar , através desses versículos como Deus cuida de nós.
      Eu sinto isso no meu caminhar, de como Ele se importa comigo até nos mínimos
      detalhes.
      Obrigada por essas mensagens onde aprendemos mais de Deus.
      Que Deus os abençoe.
      Dalal

      • Nanny & Winston

        7 de dezembro de 2015 at 15:01

        Obrigado, Dalal, por sua participação tão especial.

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