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VISÃO TREMENDA

“A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.” Apocalipse 1.14-16 (ARA)

 

 

A visão que João teve de Jesus em Sua extraordinária glória como o poderoso Filho do Homem que Daniel descreve, é uma imagem muito forte, tremenda, a tal ponto que o levou a cair de joelhos aterrorizado. Mas Cristo com doçura estende Sua mão direita e a coloca sobre o ombro de João para confortá-lo. Creiamos hoje que é assim que Ele agirá conosco no dia do juízo, pousando sobre nós com carinho a mesma mão que mantém as estrelas, acariciando-nos, dando-nos ânimo e alento, e assim nada temeremos, pois a poderosa mão que sustém o universo é também mansa e suave para secar todas as lágrimas de nossa face.

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GRAÇAS POR TUDO

“Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 2.9-10 (ARA)

 

 

Embora tendamos a desaprovar a mulher de Jó pela revolta expressa em suas palavras insensatas, sem pretender justificá-la talvez devêssemos compreender toda a perda que também sofreu: dez filhos, riqueza e bens, status, o companheiro de muitos anos. A resposta de Jó, no entanto, foi formidável: censurou-a, ao mesmo tempo que mostrou-lhe que nosso Criador tem o direito não só de dar-nos as bênçãos, mas também as adversidades. Que hoje como Jó – ainda que não compreendamos – em tudo demos graças, confiando de forma absoluta na sabedoria dos propósitos e no amor de nosso Deus!

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VIVER NOS DIAS DE HOJE (1)

A Bíblia revela que antes do dilúvio, o homem vivia de 700 a 1000 anos; depois do dilúvio, de 200 a 600 anos (Gênesis 11.10-26); depois de Abraão, de 100 a 200 anos; e mais tarde, de 70 a 80 anos (Salmo 90.10). É interessante observar que a longevidade humana foi decrescendo ao longo do tempo, à medida que – significativamente – foi aumentando a maldade, a competitividade e o egocentrismo no mundo.

 

Não sabemos se trata-se de uma questão de causa e efeito – e existe uma quantidade respeitável de teorias de muitos estudiosos sobre o assunto, que não cabe aqui debater – porém, lembremo-nos de que em Gênesis 6.3, Deus declara: “… Não deixarei que os seres humanos vivam para sempre, pois são mortais. De agora em diante eles não viverão mais do que cento e vinte anos.”

 

Todos queremos viver muitos anos, entretanto o fato de Jesus, o filho de Deus, ter vivido apenas 33 anos encarnado, é uma cabal demonstração de que o mais importante não é a quantidade de anos que se vive, mas a qualidade do tempo vivido.

 

Indiferentes a esta constatação, há cínicos que aconselham: “Não leve a vida tão a sério; afinal, você não sairá vivo dela”; hedonistas que defendem a tese “você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo!”; descrentes autocentrados que ensinam: “Leve a vida como se ela fosse uma laranja, espremendo dela o máximo de suco possível”.

 

No entanto, sabemos que, se a vida é curta demais para que façamos tudo o que queremos, é longa o suficiente para que façamos tudo o que Deus planejou para nós. Mas as pessoas, de um modo geral se colocam perante ela como se fossem viver para sempre neste mundo, postergando para um amanhã que nunca chega aquilo que é essencial e cultivando o acessório, o secundário, deixando Deus de lado e servindo com grande dedicação às causas materiais.

 

Esquecem que a percepção que temos da vida determina o tipo de vida que vamos ter, olvidam o precioso momento em que acordaram esta manhã, quando seus olhos se abriram para um tesouro inexcedível, que não pode ser comprado por dinheiro algum: a vida. Deus nos fez como seres únicos, cada um de nós formado de maneira exclusiva e singular, para que a nossa vida tenha significado e importância, razão de ser e função no corpo da Sua Obra. Entretanto, para que isto possa se cumprir, é necessário que vivamos uma vida útil, ativa e autêntica, para muito além da vida insossa, burocrática, egoísta e indiferente para com as coisas de Deus que a maioria tristemente leva.

 

Charles Swindoll em seu livro Como Viver Acima da Mediocridade, mostra que existe uma forma de vida que a maior parte de nós não vive, e que está acima da maneira de viver adotada pela massa humana no mundo: um estilo de vida conforme o que Deus espera de nós.

 

Ele diz de forma inspiradora em certo trecho: “O voo sublime, elevado, não acontece por acaso. É o resultado de um esforço mental árduo – é preciso que a pessoa pense com clareza, com coragem e muita confiança. Jamais alguém deslizou para fora da mediocridade à maneira de uma lesma preguiçosa. Todos quantos eu conheço, modelos de alto nível de excelência, ganharam a batalha da mente e mantêm cativos seus pensamentos corretos. Entretanto, há riscos; estes indivíduos escolheram cumprir o papel de uma pena ativa da qual flui a tinta, em vez de um passivo mata-borrão onde se assenta e absorve o que os outros realizaram. Os que miram alto são águias de vontade forte que se recusam a ser perturbadas pelo negativismo e ceticismo da maioria. Jamais usam as palavras: ‘É melhor a gente desistir!’ São exatamente as mesmas pessoas que creem que a mediocridade deve ser enfrentada. Essa confrontação inicia-se na mente – o canteiro germinal de possibilidades ilimitadas, infinitas. Muitos constatam isto e não se surpreendem: as ações que vão saindo de dentro de nós são exatamente nossos pensamentos que foram entrando. Em outras palavras, nós nos tornamos aquilo que pensamos. Muito tempo antes desse conceito popular adentrar a psicologia, a Bíblia já o incluía num de seus antigos rolos; ela o declarava de maneira ligeiramente diferente: ‘Porque, como imagina em sua alma, assim ele é’ (Provérbios 23.7, ARA). O segredo de viver-se uma vida envolvida em excelência é apenas uma questão de abrigar pensamentos envolvidos em excelência. Na verdade é uma questão de programar nossa mente com o tipo de informações que nos libertarão. Vai levar um tempo, e o processo poderá ser doloroso – mas, que metamorfose!”

 

Viver acima da mediocridade significa viver uma vida cristã autêntica, uma vida de excelência em todos os aspectos, tarefa que no mundo de hoje não é fácil como, aliás, nunca o foi desde o início do cristianismo. E sabemos, por meio de diversos testemunhos que romperam as barreiras do tempo, que o cristão para professar sua fé precisava não só de coragem, mas tinha também – tal como nos dias que vivemos – que fazer uma escolha entre as coisas do mundo e as coisas de Deus.

 

Tiago, o meio-irmão de Jesus nos diz em Tiago 4.4 (NTLH): “Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus”.

 

Da mesma forma o apóstolo João, na sua primeira epístola às comunidades cristãs nascentes, no capítulo 2, versos 15-17 (NTLH), dizia: “Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai. Os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida, tudo isso não vem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam; porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre”.

 

E os cristãos da igreja nascente tinham claramente a consciência de que aderir ao Cristo significava também abraçar sua cruz, tal como Ele mesmo disse em Mateus 10.38 (ARA): “… e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim”, e seu seguidor não pode deixar de considerar isso, assumindo a atitude de Paulo em Filipenses 1.21 (ARA): “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.

 

Assim, não é de estranhar os muitos exemplos de cristãos que não duvidaram nem por um instante sequer em testemunhar sua fé por meio do martírio, derramando seu sangue, a exemplo do próprio Cristo, desta forma regando a semente da igreja primitiva, a ponto de tornar conhecida a célebre frase de Tertuliano, o conhecido apologista e polemista contra a heresia do primeiro século de nossa era: “Sangue de mártires, semente de novos cristãos”.

 

(Continua no próximo fim de semana)

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