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JESUS CRISTO, A VERDADE

“Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir.”  João 16.13 (NVI)

 

 

Como discípulos de Cristo, estamos seguros de trilhar em nossa vida os caminhos retos de Deus, em especial no que tange à delicada questão da verdade, tão controversa nos dias atuais, onde tudo é relativo e nada é absoluto. Mas nós temos conosco o Espírito Santo, o Espírito da verdade, e Ele não permitirá que sejamos vítimas de qualquer tipo de engano ou desvio. Desta maneira, estejamos hoje prontos a ser guiados a toda a verdade pelo Espírito de Deus, e para isso ouçamos, retenhamos e obedeçamos sem titubear Suas sábias palavras, que provêm do coração do Pai!

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ERROS E ACERTOS

Nenhum de nós pode alegar encontrar-se totalmente isento dos erros que desagradam a Deus, seja por conta do egocentrismo, da rebeldia e da autossuficiência de que somos inatos portadores, seja pela desobediência a Ele por conta de nossa atroz imperfeição, que Paulo reconhece, contristado, em Romanos 7.19-20: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim”.

Embora costumemos nos desviar dos retos caminhos de Deus de diversas maneiras, a Bíblia em várias passagens denomina de forma simplificada e abrangente sob o título de pecados, as falhas cometidas por diversas personagens, como fica patente, por exemplo em Atos 3.19, quando Pedro exorta os israelitas dizendo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”. É óbvio que cada uma daquelas pessoas havia cometido diversas faltas ao longo de suas vidas, mas o apóstolo resumiu-as sob a denominação de pecados.

No Salmo 51, composto por Davi e considerado como o mais marcante salmo penitencial, o autor se reconhece como transgressor, pecador e iníquo por causa de seus muitos erros cometidos no episódio de adultério com Bate-Seba. Na sequência ele manifesta de forma arrasadora a imensa repugnância que sente contra si próprio, compungindo-se na tristeza e na culpa que levam-no, já desde o início do Salmo, a implorar pelo perdão de Deus nos versos 1-3: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim”.

Observemos que Davi emprega três termos diferentes, que à primeira vista parecem sinônimos, para qualificar os erros que havia praticado e que reconhecia arrependido: transgressão, iniquidade e pecado. Isso não aconteceu casualmente, porque cada um dos vocábulos empregados designa desvios diferentes do caminho reto que Deus deseja que trilhemos.

O homem corrompido pela Queda vê como algo natural transgredir, pecar e cometer iniquidade. No entanto, aquele que aceitou a Cristo e deseja segui-lO abomina todo erro cometido contra a lei de Deus, e por este motivo anseia pela vida íntegra que Ele deseja para todos os Seus, que sentem o firme e inabalável desejo de pautar a sua jornada terreal pela obediência à Palavra que liberta, ensina, dirige e salva, substituindo os erros da transgressão, do pecado e da iniquidade, pelos acertos de uma conduta verdadeiramente cristã que busca a todo tempo e lugar fazer tudo o que sabe estar de acordo com a vontade perfeita do Senhor.

Transgressão é a violação de uma lei, humana ou divina, e exprime o ato de se rebelar e ir além de um limite previamente fixado; quando humana, configura-se em um crime passível de punição pela justiça do homem, mas que é agravada exponencialmente quando configura-se em uma infração à Lei de Deus, quando então pagamos o alto preço da desobediência que cometemos, seja ele de ordem física, mental ou espiritual. E é o próprio Davi, no Salmo 36.1 que bem a define, mostrando que a transgressão é um ato de infidelidade e desobediência, quando o autor decide fazer a própria vontade e não a de Deus: “Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos”.

Já o pecado é um poder destruidor e maligno que adentrou ao mundo pelo agir de satanás quando Adão desobedeceu a Deus, e o propósito do pecado é desencaminhar a vida do homem afastando-o do Criador, ao mesmo tempo em que afronta o próprio Senhor do Universo. O pecado ocorre quando transgredimos a Lei de Deus e erramos o alvo que deveríamos atingir que é Cristo, é o que afirma 1 João 3.4: “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei”. Ou seja, pecar é falhar no desígnio que Deus pretendeu para as nossas vidas, e assim procedendo fracassamos em nosso magno propósito de nos assemelharmos a Cristo.

A iniquidade é o ato de maldade humana que vai além do pecado por revestir-se das armas deletérias que o próprio diabo incute naquele que transgride e peca, que então permite que um sentimento e/ou um pensamento perverso aumente mais e mais em seu coração, muitas vezes antecedendo a transgressão. A iniquidade de Davi manifestou-se através da concupiscência da carne alimentada pela visão da bela Bate-Seba – que era esposa de Urias, soldado de seu exército – quando a avistou da janela de seu palácio nua tomando banho. Então seu desejo carnal acendeu-se, e seus pensamentos distorcidos deixaram que sua mente comandasse suas atitudes: num impulso irresistível mandou trazer a mulher até ele e adulterou com ela.

É importante também considerar que existe uma diferença entre cometer uma transgressão, um pecado e uma iniquidade fortuitos, e permanecer errando sem cessar. Aquele que persiste voluntariamente em erro e não o reconhece nem o rejeita, não é perdoado, mas até mesmo os verdadeiros cristãos erram. No entanto, quando não se comprazem no erro cometido de forma não preconcebida, e então o confessam e se arrependem, são perdoados, como foi o caso de Davi, apesar de que isso não apaga as consequências inevitáveis do desvio perpetrado.

Assim, o ato libertino cometido com Bate-Seba foi a porta de entrada para os demais pecados de Davi que vieram na sequência, – culminando com o pecado cometido contra Urias ao enviá-lo para a frente de batalha para que morresse, – e é uma advertência para todos nós, para que “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”, como Paulo adverte em 1 Coríntios 10.12.

Somente podemos nos defender das consequências funestas da transgressão, do pecado e da iniquidade em nossa vida se agirmos no sentido contrário a estas forças diabólicas quando, plenificados pelo Espírito Santo, obedecemos de forma estrita à vontade perfeitamente boa e pura do Senhor.

Então nos versos de 4-13, Davi lamenta-se profundamente, reconhecendo arrasado e contrito o terrível erro que perpetrara, e rogando que Deus o purifique, perdoe, não se afaste dele e lhe devolva a alegria da salvação: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti”.

E como devemos agir para não errar? Paulo enfrentava os mesmos desafios com que nós, que desejamos obedecer a Deus, nos deparamos ao longo de nossa vida, dia após dia, como relata em Romanos 7.15: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto”.

Somente com o amparo, a força e a direção que Jesus está pronto a nos dar é que conseguiremos ficar afastados da transgressão, do pecado e da iniquidade, como o apóstolo nos ensina em Romanos 8.28-29,31,35,37: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.

A Palavra de Deus diz que Jesus, por meio de Sua morte e ressurreição, veio nos libertar do erro, em primeiro lugar, por meio do arrependimento, quando reconhecemos nosso erro, decidimos firmemente mudar e rogamos pelo perdão de Deus, pois só Jesus tem o poder para nos transformar em novas criaturas e nos santificar ao longo de toda a nossa vida terreal.

Em segundo lugar, é preciso que contemos com a força, o auxílio poderoso de Deus para vencermos, porque Jesus ensinou aos discípulos que Lhe perguntaram confusos e incrédulos em Mateus 19.25 “… quem pode ser salvo?”, ao que o Mestre responde no verso 26: “… Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível”. Isso não significa que jamais tropeçaremos, pois vencer o pecado pode demorar um certo tempo, mas sabemos que Deus nos ama, está sempre pronto a nos perdoar quando reconhecemos nosso erro e pedimos perdão a Ele.

Em terceiro lugar é mister sermos objetos de uma metanoia, uma mudança de mente, de pensamentos e, consequentemente, de atitudes. Jesus, em Marcos 7.21-23 alerta Seus discípulos: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”.

Amado e Bendito Senhor, ajuda-nos a nos resguardarmos dos erros combatendo-os com a Tua Palavra, estudando-a permanentemente, haurindo-a sôfregos, orando sem cessar, tendo comunhão com os irmãos de fé, ouvindo boas pregações, evitando lugares ou situações que possam suscitar pecaminosidade e jamais permitindo que as faltas que eventualmente cometamos se transformem em hábitos perniciosos. Concede-nos, ó Pai, discernimento, determinação e força para fazermos bom uso dos recursos que Tu colocas à nossa disposição nas Escrituras Sagradas, e então progressivamente produzas em nós as mudanças que desejas para que os acertos predominem em nossas vidas. No nome santo de Jesus assim oramos e agradecemos. Amém.

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JAMAIS DEIXADOS À PRÓPRIA SORTE

“Nunca mais a chamarão de ‘Abandonada’…” Isaias 62.4 (NTLH)

 

 

Terrível coisa é ser abandonado, o que significa ser desprezado, deixado de lado, largado à própria sorte. Há pessoas que são abandonadas pelos pais, pelos amigos, pelos parentes, pelos cônjuges, até pelos irmãos na fé, porém tal infelicidade pode ser suportada com paciência se há o amparo de Deus. Temos sido afligidos pela amargura e tristeza do desamparo? Oremos ao Senhor para que tal coisa nunca mais nos aconteça. E se hoje porventura nos sentirmos desamparados, recordemos confortados o que Senhor do Universo nos afiança em Hebreus 13.5: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” !

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