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REGENERAÇÃO E VIDA ETERNA

“Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. João 3.3 (NVI)

 

 

O novo nascimento procede da graça de Deus, e significa uma transformação tão radical, que é como se voltássemos a nascer, agora como privilegiados membros da Sua família, com um novo desejo e uma nova capacidade de agradar-Lhe. Que neste dia, na condição de Seus filhos, regozijemo-nos intensamente com a certeza de um dia estarmos com Cristo no Reino dos Céus, total e voluntariamente submissos à Sua vontade, usufruindo de tudo aquilo que Paulo em 1 Coríntios 2.9 revela: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”!

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ESTUDAR, PRATICAR E ENSINAR

“Esdras havia dedicado a sua vida a estudar, e a praticar a Lei do SENHOR, e a ensinar todos os seus mandamentos ao povo de Israel.” Esdras 7.10 (NTLH)

 

 

Sob a mão de Deus, liderando a reconstrução do templo e a restauração da nação israelita após o exílio babilônico, Esdras empenhava-se diligentemente no estudo da Lei, buscando conhecê-la profundamente, e sem se contentar em ser mero ouvinte da Palavra, praticando-a obedientemente. E além de acumular as funções de sacerdote e escriba, era um mestre devotado ao ensino da Lei a seus compatriotas. Que hoje nos espelhemos neste homem de Deus, e por Cristo e em Cristo dediquemo-nos ao estudo profundo das Escrituras, à sua aplicação criteriosa e à evangelização daqueles que o Senhor colocar no nosso caminho!

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O IDEAL CRISTÃO

O verdadeiro cristão vive para a glória de Deus, que é o seu ideal de vida iniciado aqui na terra e que atingirá seu ápice na eternidade, como Paulo em 1 Coríntios 2.9 tão maravilhosamente antecipa, nos assegurando que “… Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.

 

Com este alvo supremo em nossas mentes e corações, que tudo o que façamos, digamos ou pensemos tenha como foco imutável essa glória excelsa, atendendo ao que o apóstolo em 1 Coríntios 10.31 tão bem pontuou: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.

 

Este é o princípio mais abrangente que dá propósito à nossa vida cristã, por esse motivo é essencial que examinemos cada ato e atitude que manifestarmos, a cada dia, a cada instante, verificando se estão revelando as características de Deus, nos perguntando também se aquilo será benéfico a todos os que forem atingidos, se irá nos escravizar, se prejudicará o crescimento espiritual de um irmão ou se irá edificá-lo, mas acima de tudo, se com o que fazemos estamos glorificando a Deus.

 

A Bíblia de Estudo de Genebra traz em sua página 932 um precioso esclarecimento sobre a glória de Deus: “O objetivo de Deus é a sua glória, porém isso precisa de cuidadosa explicação, porque é facilmente mal compreendido. Esse objetivo aponta para um propósito, não de egoísmo divino, mas de amor divino. Certamente, Deus quer ser louvado por seu caráter meritório e exaltado, por sua grandeza e bondade. Quer ser reconhecido pelo que ele é. Mas a glória, que é seu propósito, tem dois lados. É um relacionamento com duas etapas: de um lado, ele revela sua glória em atos de livre generosidade, e, de outro, seu povo responde com adoração, dando-lhe glória com ações de graças por aquilo que tem visto e recebido. Os seres humanos foram criados para essa recíproca comunhão de amor, e a redenção oferecida por Cristo torna isso possível para os que caíram. A natureza humana é completada pela contínua visão da glória de Deus, e por corresponder a ele com louvor, do mesmo modo que Deus tem prazer em revelar sua bondade àqueles que a recebem”.

 

A resposta à pergunta inicial do Breve Catecismo de Westminster sobre o propósito final do homem na terra ensina que “O fim principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre”. Assim, não pode existir aspecto algum da nossa vida cristã que não esteja relacionado com a glória de Deus, – até as coisas materiais mais comezinhas e rotineiras, como comer e beber, até as mais sutis e espirituais como orar, adorá-lO e louvá-lO, – pois tudo o que fazemos deve estar voltado à glorificação do Senhor. Além disso, é preciso que tenhamos em mente que só poderemos fazer todas as coisas para a glória de Deus se considerarmos que temos um dever para com nossos irmãos, que nosso serviço a Deus é feito através do serviço ao nosso próximo, e que nada do que façamos deve causar tropeço a outrem.

 

É dessa forma que o amor de Deus deve permear a nossa vida de tal maneira que tudo o que façamos seja para a Sua glória, perguntando-nos antes de cada passo que dermos, de cada ação que empreendermos, de cada atitude que tomarmos: “Isso é para a glória de Deus?”, ou, “Deus está sendo glorificado por meio disso?”

 

Por outro lado, a glória de Deus e a alegria do homem não são condições opostas, excludentes, mas sim correlacionadas aos propósitos de Deus, a quem glorificamos não só pensando, falando e vivendo para a Sua glória, mas também empregando nosso corpo e nosso espírito nesse desiderato, pois a nossa principal alegria é desfrutar o Senhor como o nosso Deus, louvando-O com regozijo como Asafe no Salmo 73.25-28 (NTLH): “No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso. Os que se afastam de ti certamente morrerão, e tu destruirás os que são infiéis a ti. Mas, quanto a mim, como é bom estar perto de Deus! Faço do SENHOR Deus o meu refúgio e anuncio tudo o que ele tem feito”.

 

E isso é privilégio daqueles que são Seus, pois um pecador jamais poderá glorificar a Deus até o momento em que passe a desfrutar dEle como o seu Deus, e é Paulo em Efésios 2.12 (NTLH) quem ressalta essa condição sine qua non, lembrando que “Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus”.

 

Porém, é preciso discernir claramente que glorificar a Deus em nossa vida, somente é possível por intermédio de Jesus Cristo, como Ele próprio, no Evangelho de João 14.6 (NTLH), esclarece de forma peremptória: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim”.

 

Jesus também nos assegura em João 15.8 que glorificamos a Deus por nossas boas obras quando, tal como uma videira que recebe dEle o sol e a chuva para crescer, fortalecer-se e frutificar, somos férteis, fecundos, produtivos espiritualmente no serviço a Ele: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”.

 

E os nossos frutos, por meio dos quais Deus é glorificado, podem ser resumidos em dois tipos: “a fé que atua pelo amor”, que Paulo ensina em Gálatas 5.6, como resposta amorosa de quem foi por Deus perdoado, e em Filipenses 4.13, quando se regozija proclamando que “…tudo posso naquele que me fortalece”, porque àquela altura ele já havia granjeado o privilégio de ver a vida pela perspectiva de Deus, mantendo-se concentrado naquilo que devia fazer, e não no que eventualmente podia ter.

 

Dessa forma, Paulo sabia que podia fazer tudo o que era da vontade de Deus, porque, quando Ele nos dá uma ordem, concomitantemente nos capacita para cumpri-la, jamais nos pedindo algo sem prover a graça necessária para a sua realização.

 

E como devemos glorificar a Deus em nossa adoração a Ele? Tudo fazendo em nome de Jesus, como ensina Paulo em Colossenses 3.17: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Mas não apenas isso, também adorando a Deus no Espírito, regozijando-se em Cristo Jesus e nunca confiando na carne, e é nesse sentido que o apóstolo acautela seus discípulos em Filipenses 3.3 para que se precavessem contra os judaizantes que requeriam erradamente que os cristãos gentios seguissem a lei mosaica: “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”.

 

Mas devemos também buscar o deleite em Deus através de meios externos, em todas as formas de Sua adoração, sejam públicas, sejam privadas, como, por exemplo, a Palavra lida e ouvida, a oração, os sacramentos, as ações de graças, a pregação, o louvor, a meditação, mas principalmente com a nossa própria vida, vivendo por Cristo e para Cristo, como Ele nos exorta em Mateus 5.16, para que, “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

 

Que a cada dia, portanto, glorifiquemos a Deus desde o momento em que abrirmos os olhos ao acordar até os cerrarmos novamente ao dormir, louvando-O por nos permitir iniciar uma nova jornada em que fomos por Ele dotados de fôlego de vida para servi-lO, de um coração agradecido para amá-lO acima de todas as coisas, de uma mente devotada a Ele para Lhe entregarmos integralmente o nosso ser, e de um espírito que nEle se regozija sobremaneira por Lhe pertencermos, fazendo nossas as palavras de Paulo em Romanos 14.7-8: “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor”.

 

Senhor Amado e Bendito, que hoje e ao longo de toda a nossa peregrinação estejamos perseguindo com denodo e perseverança nosso ideal cristão de Te amar e glorificar acima de todas as coisas. Ajuda-nos, ó Pai, para que não desfaleçamos em nossa peregrinação, para que nos mantenhamos firmes na fé e no propósito de, em tudo, buscarmos a Tua glorificação e desfrutarmos de Ti para todo o sempre. Em nome de Teu Filho Jesus assim oramos com toda a gratidão que inunda nossos corações. Amém.

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