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A PALAVRA DA CRUZ

“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” 1 Coríntios 1.18 (NVI)

 

 

 

Ao indivíduo autossuficiente que se julga sábio pelos padrões do mundo – mas que de fato está perecendo – a palavra da cruz parece loucura, e ele não sabe que só o poder de Deus, por meio da mensagem do Calvário, é capaz de salvar. O mundo nunca conseguiu encontrar a Deus, mas Ele permitiu que esta busca fosse feita para deixar patente ao homem a sua incapacidade de fazê-lo por si mesmo. Hoje maravilhemo-nos e alegremo-nos com a sabedoria de Deus: é por meio desta frustração humana que Ele prepara a estrada para o conhecimento e a aceitação de Jesus Cristo, o único caminho para chegar até Ele!

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O CORDEIRO DE DEUS

Se Cristo na cruz sofreu de forma terrivelmente cruel por nós que nada merecemos a não ser castigo e condenação, – o único justo que já viveu sobre a face da terra pagando terrível preço pelos injustos, – por que nós também não deveríamos sofrer merecidamente por nossos próprios pecados? E é o profeta Isaías 53.6-7 quem traça um vívido retrato do sofrimento vicário de Jesus em nosso lugar, antes mesmo que tudo ocorresse aproximadamente 800 anos depois de sua profecia: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”.

 

Observemos agora atentamente o que o que Isaías descreve profeticamente nesta passagem: em primeiro lugar, éramos ovelhas perdidas, sem saber para onde ir, desviando-nos um para um lado, outro para o outro lado, mas, por Sua graça infinda e misericórdia sem limites, Deus colocou sobre os ombros impecáveis de Seu Filho Jesus Cristo o castigo que era devido exclusivamente a nós, pecadores contumazes.

 

E Ele então, o Deus Filho, a segunda pessoa da Trindade Divina, o Cordeiro de Deus, que havia no início de tudo participado ativamente da criação do universo, da terra e tudo o que nela há, inclusive de nós mesmos, tendo encarnado num ato de amor inimaginável, incompreensível até, para trazer a salvação aos seres de cuja concepção havia compartilhado, padeceu todo tipo de injúria, maus tratos, rejeição, escárnio, humilhação e dor excruciante que partia daqueles a quem criara e amava tanto!

 

Mas, mesmo nessa condição de tão abjeta injustiça, não protestou. E Seu magnífico silêncio que clamava altissonante contra a inconsciência cruel e pecaminosa do mundo, só foi rompido para perdoar Seus algozes, ao proferir docemente em Lucas 23.34 estas palavras de graça e bondade infinitas: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

 

O Cordeiro de Deus a quem João Batista viera preparar caminho e que anunciara em João 1.29, proclamando, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”, agora ali estava, imolado, numa metáfora do cordeiro pascal que era sacrificado pelos israelitas por ordem de Deus, como relata Êxodo 12.3.

 

E como nós, – que nada somos e nada podemos sem Cristo e Seu poder, e com toda a nossa imperfeição humana – muitas vezes reagimos quando sofremos apenas pequenas contrariedades em algumas de nossas vontades e desejos, o que frequentemente é para o nosso próprio bem e que parte de alguém que nos ama e deseja que sejamos poupados dos dissabores que claramente enfrentaremos mais à frente caso insensatamente persistamos no caminho equivocado?

 

Em Lucas 9.54-56 Jesus exemplifica de forma magistral como devemos nos portar frente a alguma contrariedade. Sabendo que a volta para o Pai se aproximava, Jesus decidiu ir com os discípulos para Jerusalém, e em meio à viagem, nas proximidades de uma aldeia samaritana, enviou alguns do grupo em busca de alojamento, mas os samaritanos repeliram-nos. Tiago e João, então, muito ofendidos com aquele desrespeito ao seu Mestre, acharam que esta rejeição merecia o aniquilamento sumário dos autores, e então perguntaram, no verso 54: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Porém Jesus censurou-os, respondendo nos versos 55-56: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E seguiram para outra aldeia”. Mais uma vez Jesus deixa-nos um ensinamento magistral: se formos contestados em nossa vontade, sentindo nosso ego contrariado, não nos enfureçamos nem tenhamos atitudes drásticas, mas façamos o que Jesus fez, simplesmente contornando mansamente o obstáculo e seguindo em frente rumo ao objetivo que Ele sabia ser muito mais importante!

 

Jesus estava lhes mostrando o quanto ainda tinham para aprender dEle sobre o verdadeiro espírito de Cristo e do cristianismo. Afinal eles já haviam sido ensinados a amar os seus inimigos, a abençoar os que os amaldiçoavam, a invocar a graça do céu e não o fogo do céu, e sabiam que felizes seriam os mansos porque herdariam a terra (Mateus 5.5). Precisavam compreender o grandioso propósito do Evangelho, uma vez que não mais estavam sob a dispensação da servidão, do terror e da morte, mas sim debaixo da dispensação do amor, da graça e da liberdade.

 

O Cordeiro de Deus não tinha vindo ao mundo para abater as almas das pessoas, mas para trazer-lhes a salvação, propagando mansamente a Sua Santa Palavra através do amor e da bondade, de tudo o que inspira simpatia e afabilidade, e não pelo fogo, pelo sangue, pela espada e pela morte; pelos milagres de cura e transformação, e não por pragas e destruição, como havia ocorrido quando Israel fora tirado do Egito. Cristo veio para eliminar os conflitos e não para promovê-los, para que Seus discípulos fizessem o bem a todos, atraindo os homens para a Sua igreja com cordas humanas e com laços de amor, nunca com qualquer tipo de violência ou com o chicote da língua.

 

Por tudo isso, Jesus, com toda a Sua mansidão, não iria aplicar aos recalcitrantes aldeões qualquer punição por sua grosseria, e calma e serenamente desviou-Se daqueles que o afrontavam, não forçando a passagem e pacificamente seguindo para outra aldeia que O recebesse melhor e onde poderia revigorar as Suas forças e as dos discípulos para prosseguir na viagem. Nova lição Ele nos ensina aqui: quando enfrentamos oposição muito forte, irredutível e rude em nossa jornada cristã, ao invés de reagirmos contra os opositores com igual força, irredutibilidade e rudeza, é mais prudente buscar outros que sejam mais receptivos, amigáveis e cordatos.

 

Embora essa nossa atitude possa parecer um sinal de fraqueza que muitas vezes relutamos em manifestar e admitir, na realidade é uma demonstração força, humildade e de superioridade sobre as coisas meramente terreais, como Paulo relata que se passou com ele em 2 Coríntios 12.9-10: “Então, ele (Deus) me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”.

 

Embora Deus não tenha suprimido a aflição física no mundo, promete manifestar o Seu poder gracioso e misericordioso atuando sobre criaturas tão débeis e limitadas como nós. E uma das razões importantes da existência da dor física, moral, mental ou espiritual a que eventualmente estejamos submetidos, é para que tenhamos sempre bem presentes nossas limitações, nossa miserabilidade humana e então nos tornemos mais humildes e reconhecidos ao Senhor que então, amorosamente, nos tranquiliza em Hebreus 13.5: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”.

 

Além disso, nossas fraquezas nos ajudam a forjar, desenvolver e consolidar nosso caráter cristão, além de induzir-nos a uma adoração a Deus mais autêntica e constante pela consciência de que o reconhecimento de nossas debilidades traz consigo a percepção afirmativa da fortaleza absoluta de Deus, mostrando, por tudo o que faz por nós e em nós, que nos ama e se importa conosco, como Davi reconhece no Salmo 9.10, louvando: “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam”.

 

Quando achamos que temos habilidades especiais ou recursos financeiros acima da média, tendemos a sentir-nos preparados para realizar a obra de Deus da maneira que julgamos melhor, e essa atitude pode levar ao orgulho, à prepotência e ao egocentrismo. Contudo, se estamos conscientes de nossas limitações e debilidade, e permitimos que Deus nos encha com o Seu poder, ficaremos por certo muito mais fortes do que poderíamos imaginar se dependêssemos somente de nós próprios.

 

Ao contrário do que alguém possa pensar, o Senhor deseja que sejamos mansos, sim, mas não que sejamos apáticos, ineptos ou débeis no enfrentamento dos inúmeros desafios da existência terreal, e quando eles vêm, nosso Deus anseia que nossa dependência esteja unicamente nEle, que está pronto a nos socorrer, sustentar e guiar, como declarou em Isaías 41.10: “… não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”.

 

Jesus, o Cordeiro de Deus, em vários momentos marcantes da missão que O trouxera ao mundo demonstra claramente sua dependência do Supremo Pastor, como, por exemplo, em João 5.19: “Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer o Filho também semelhantemente o faz”. E ratifica de forma soberba em Lucas 10.22: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.

 

Por isso, quando nos dispomos a depender exclusivamente de Deus e reconhecemos que sem Ele nada somos nem podemos, Ele nos provê tudo, seja o que necessitamos de ordem física, moral, mental ou espiritual, como João Batista afirmou em João 3.27 de forma categórica quando seus discípulos o inquiriram, manifestando uma certa dúvida a respeito do início do ministério do Cordeiro de Deus entre nós: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada”.

 

Senhor Amado e Bendito, desejamos nos assemelhar ao Cordeiro de Deus em tudo, queremos ser mansos, totalmente dependentes de Ti, fracos para que sejamos fortes, e ansiamos por aquele dia tão belamente descrito pelo apóstolo João quando faremos parte da grande multidão em profundo regozijo e louvor que estará em pé diante do Cordeiro, como está registrado em Apocalipse 7.16-17: “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”. No nome santo de Jesus, agradecidos oramos. Amém.

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COMUNHÃO GLORIOSA

“Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: – Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão os povos dele. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles.”  Apocalipse 21.3 (NTLH)

 

 

As turbulências da vida cotidiana neste mundo caído em que vivemos dificultam sobremodo a nossa comunhão com Deus, tornando-a geralmente difícil e se produzindo de modo descontínuo, episódico, eventual. Porém no céu seremos extremamente abençoados pela presença permanente do Senhor junto a nós iluminando-nos permanentemente. Agradeçamos neste dia com profunda reverência a Deus por esta promessa maravilhosa de podermos ter na Vida Eterna a Sua glória para sempre habitando conosco, e por esta comunhão sublime que virá acompanhada da ausência de lágrimas, de morte e de dor! Aleluia!

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