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AMOSTRA DO CÉU

Há um antigo ditado que diz que “o bom casamento é uma amostra do céu”. A cumplicidade e o companheirismo que um homem e uma mulher podem desfrutar em um casamento feliz é uma bênção maravilhosa concedida por Deus, nosso Criador, como está registrado em Gênesis 2.18-24.

 

E em pleno céu Abedi e Saada – jovem casal nascido naquela pequena aldeia evangelizada por missionários cristãos no interior do Quênia– viveram durante algum tempo após se apaixonarem e casarem, mas logo problemas de relacionamento surgiram com a descoberta das inevitáveis diferenças e imperfeições humanas.

 

E a relação piorou rapidamente, até que, passados alguns meses, a moça não suportava mais, e procurou o velho e sábio Kimweri, o chefe da tribo, para se aconselhar. O sábio, ao ouvir suas queixas, ponderou: “Não faz ainda um ano que se casaram, e já estão brigando dessa forma! Você ama seu esposo?”, perguntou. “Sim, eu o amo e ele também me ama, mas nós vivemos discutindo, nos desentendo a respeito de tudo, e não dá mais para continuarmos juntos brigando desta maneira,” insistiu Saada.

 

“Compreendo, assentiu Kimweri. “Mas há um remédio que conheço, e que vai fazer vocês se reconciliarem, se amarem verdadeiramente e viverem felizes. Você concorda em experimentá-lo?”, inquiriu. “Sim. Quero este remédio!”, afirmou ela com ansiosa convicção. “Bem, este é um remédio que tenho que preparar, e para isto preciso de um pelo da cauda do grande leão que vive perto do rio. Você tem que trazer este ingrediente para mim”, informou o velho. “Mas, senhor, como posso conseguir isso? O leão vai me matar!”, exclamou Saada, estupefata. “Infelizmente nisso não posso ajudar”, respondeu Kimweri, abanando a cabeça. “Entendo muito de remédios, mas nada de leões. Você terá que descobrir um meio de conseguir. Vai tentar? A única orientação que posso lhe dar é que ore a Deus para que Ele a oriente, guarde e tome em Suas divinas mãos a vida do casal”, concluiu o velho. “Sim senhor, vou orar e buscar o pelo do rabo do leão”, concordou ela num misto de temor e determinação.

 

No dia seguinte bem cedo a jovem, carregando um saco com carne fresca, dirigiu-se à margem do rio, escondendo-se atrás de uma pedra. Depois de muito esperar orando contrita, viu finalmente o leão chegar para beber água. Cautelosamente colocou a carne a cerca de duzentos metros da fera, e voltou a se esconder enquanto o animal comia. No dia seguinte, fez tudo igual e colocou a carne a cem metros do leão; no outro dia, a cinquenta metros, e desta vez não se escondeu enquanto ele comia. Com esta estratégia, a cada dia se aproximava mais, a ponto de poder atirar-lhe a carne na boca, até que por fim conseguiu que o animal viesse comer em sua mão. Então, lenta e cuidadosamente, abaixou-se e arrancou um pelo do rabo da fera!

 

Imediatamente voltou correndo para a aldeia, em busca do chefe, entrando esbaforida em sua choupana. “Consegui o pelo do rabo do leão!”,  gritou Saada, sorrindo exultante e quase sem fôlego, mostrando o fio entre os dedos. “Você foi muito corajosa! E também muito paciente. Com certeza orou e confiou em Deus também, não?”, observou contente Kimweri. “É verdade. Mas agora, por favor, me dê o remédio para salvar meu casamento!”, implorou ela.

 

“Não tenho mais nada a lhe dar”, respondeu firmemente o ancião. “Mas o senhor prometeu me dar o remédio quando lhe trouxesse o pelo do leão!”, reclamou a jovem. “Não percebe, minha filha? Você já tem o remédio de que precisa para viver um belo casamento com seu marido. Os dois só precisam usar as mesmas determinação, coragem, paciência e fé em Deus que você demonstrou ao lutar e finalmente conseguir o pelo do rabo do leão – tudo isso somado ao grande amor que devotam a Deus e um ao outro – e assim viverem em uma amostra do céu para sempre!” 

 

 

O grande evangelista Billy Graham dizia que “o casamento perfeito é a união de 3 pessoas – um homem, uma mulher e Deus. Isto é o que torna o casamento santo. Fé em Cristo é o mais importante de todos os princípios na construção de um lar feliz”.

 

 

Casamento pode ser bênção ou maldição: bênção quando Deus o promove e preside permanentemente; maldição quando o Senhor é ignorado, alijado, afastado, como, infelizmente, é tão comum em nossos dias tão cheios de egocentrismo e pecaminosidade.

 

Mas nos primeiros dias de existência da vida humana no planeta, era tudo muito diferente do que é hoje, porque Deus naquela época iniciava a implementação de um plano maravilhoso. Relatam as Escrituras que no último dia da Criação, para coroar Sua obra, Deus criou o homem e a mulher. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...(Gênesis 1.26). “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27). “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2.18). “Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos…” (Gênesis 1.28).

 

Deus, o Todo-Poderoso Senhor do universo, decidiu criar os seres humanos à Sua imagem. O que significa isto? Significa que Ele nos galardoou – já ao nos conceber – com a capacidade de refletir e reproduzir os Seus santos caminhos. Que magnífico presente! Referida à parte imaterial do homem, àquilo que é impalpável no seu ser, a imagem de Deus o caracteriza como sendo racional, criativo, moralmente perfeito. Aqui trata-se de uma semelhança mental – o homem foi criado como ser racional e com poder de escolha; mas também moral – porque embora concebidos à imagem de Deus (Tiago 3.9), nossa imagem ficou deformada mental, moral, social e fisicamente pelas cicatrizes do pecado.

 

Porém, pela graça divina, a regeneração por intermédio de Cristo inicia em nós o processo de restauração da imagem moral de Deus. No entanto, enquanto não formos completamente santificados e glorificados, não poderemos refletir com fidelidade – através de nossos pensamentos e atitudes – a Sua imagem, tal como fomos criados no início, e como mais tarde o Seu filho encarnado espelhou, por isso até lá continuaremos a ser santos, porém pecadores.

 

Ao ver que o homem estava só, Deus em Sua infinita misericórdia, decidiu dar-lhe uma companheira, uma auxiliadora idônea, que lhe fosse conveniente e adequada, criando então a mulher, e assim compondo o primeiro casal e celebrando o primeiro casamento.

 

Por amor Ele nos criou, por amor Ele uniu homem e mulher, por isso Seu divino amor nos deve permear como casais, como pais e como filhos, pois o amor é o vínculo da perfeição da Criação de Deus, como Paulo ensina em Colossenses 3.14.

 

 

Após esta criação gloriosa, o Senhor abençoou a ambos e determinou que se multiplicassem para povoar o planeta. Passados alguns milênios, o mundo mudou sob vários aspectos (a maioria deles para pior, infelizmente), mas Deus é naturalmente imutável, o homem e a mulher continuam, na essência, os mesmos, portanto o casamento instituído pelo Senhor deve continuar baseado nos mesmos conceitos e princípios por Ele estabelecidos.

 

Em 1 Coríntios 7.39, o apóstolo Paulo ensina: “A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” Casar-se no Senhor significa unir-se a outro crente, e obedecer, nesta união, aos mandamentos, ordenanças e preceitos estabelecidos por Deus. Casar do Senhor não é simplesmente ir a um templo evangélico e ter um pastor celebrando a cerimônia nupcial. Casar no Senhor exige que os cônjuges:

 

Estejam totalmente voltados a obedecer a Deus.

 

Em Apocalipse 3.20 Jesus disse: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” A porta a que Ele se refere é o coração, que se estiver fechado para Deus, impede que Cristo atue no lar. E isto vale também para alguns crentes que somente vivem uma casca de religiosidade, e assim são incapazes de se casarem no Senhor.

 

Façam do casamento uma oportunidade para servir melhor a Deus.

 

 

Na parábola que Jesus contou sobre gente indiferente, em Lucas 14.15-24, no versículo 20, o último convidado, que escusou-se dizendo “Casei-me, e por isso não posso ir”, estava revelando o desprezo que muitos ainda sentem pela companhia de Cristo, pela prioridade que ele deve ter em nossas vidas. Casamento que priva um dos cônjuges, ou ambos, da presença divina, do serviço a Ele, não pode ser considerado abençoado.

 

E Eclesiastes 4.9-12, mostra alguns dos benefícios práticos que o casal tem ao servir fielmente ao Senhor: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” O casamento no Senhor exige cuidado espiritual mútuo, edificação, ministração, e o resultado é maior  união, maior amor, maior identificação, maior alegria, maior felicidade, e melhor serviço a Deus.

 

Lembram de Billy Graham que citamos no início? Pois é, apesar de sua grande intimidade, amor e devoção a Deus, e de todo o serviço prestado ao Criador, isto não fazia com que seu casamento fosse imune aos percalços naturais da existência terreal, e  certa vez perguntaram à senhora Ruth Graham, sua esposa, se alguma vez havia pensado em se divorciar de seu marido, ao que ela respondeu bem-humorada: “Divorciar não, mas matar já”.

 

 

O escritor e jornalista Mário Prata, conta no seu livro Meus homens, minhas mulheres, a história de um casal que se divorciou por causa de um rolo de papel higiênico. O marido queria que o papel desenrolasse por baixo, e a mulher por cima. Foram anos mudando o sentido do rolo de papel higiênico. Ele colocava de um jeito e ela de outro. Até que o casamento acabou.

 

 

A moral é: nenhum casamento está isento de crises, mas para aqueles que estão no Senhor, todas elas são superáveis e representam importantes oportunidades de aprendizado e maturação do matrimônio. Casamento verdadeiro, portanto, é aquele promovido por Deus em todas as suas fases, e que tem a Sua presença amorosa em todos os momentos e circunstâncias: conhecimento, namoro, noivado, cerimônia nupcial, vida a dois, dias bons, dias maus, desafios, alegrias e tristezas.

 

Assim como a Igreja casa-se com Cristo em amor e para sempre, o verdadeiro casamento também une um homem e uma mulher pelo amor de Deus para sempre, para crescerem e amadurecerem juntos, no enfrentamento dos inevitáveis e necessários desafios que surgem.

 

Jesus reafirmou que o matrimônio é obra divina, quando disse em Marcos 10.6-9 que “…desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e mãe, e unir-se-á à sua mulher, e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Cristo deixa claro, assim, que a união matrimonial tem que ser promovida por Deus. O resto é detalhe. Nos primeiros tempos não era essencial nem igreja nem cartório: exclusivamente a presença gloriosa de Deus sempre foi e jamais deixará de ser indispensável!

 

Senhor Deus e Pai Criador, Governante de todas as coisas, Provedor e Doador da salvação eterna em Jesus Cristo, clamamos a Ti para que venhas em socorro da humanidade tão extraviada, tão perdida em sua conduta, em especial no que tange a esta instituição tão sagrada como é o matrimônio. Fortalece, Pai, dia após dia os laços de amor, respeito e cooperação mútua nas uniões entre homens e mulheres que promoveste e nos capacites como cristãos a ajudar tantos casais que encontram-se à beira do abismo, por não Te conhecerem verdadeiramente. No nome glorioso de Jesus é que oramos e agradecemos. Amém.

 

 

 

 

 

 

 

 

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EVENTO INIGUALÁVEL

“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20 (ARA)

 

Que hoje nenhum de nossos planos, sonhos ou desejos seja maior do que viver para Cristo e preparar-nos para a Sua volta gloriosa, que ocorrerá em breve, como Ele mesmo promete nas palavras finais cheias de esplendor e paixão do Apocalipse. Ao proferirmos a oração que Jesus nos ensinou, dizendo “… venha o Teu Reino…”, lembremos que estamos rogando pelo Seu retorno à terra, não como planeta, mas sim pela Sua vinda como Soberano, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, e pela consumação de todos os propósitos de Deus que acompanharão este evento inigualável na história do universo!

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GRAÇA REDENTORA

“… Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” João 8.11 (ARA)

 

 

 

Aquela mulher adúltera foi levada a Jesus pelos judeus que queriam tentá-lo para terem do que O acusar, mas Ele desafiou a atirar a primeira pedra quem estivesse sem pecado, o que os fez retirar-se, acusados por suas próprias consciências. O único sem pecado, o único que teria o direito de julgá-la, agiu com compaixão, mostrando a mesma graça redentora com que age conosco em Sua misericórdia quando erramos, tropeçamos e caímos. Se hoje tivermos momentos de fracasso ou provação que nos abalem, clamemos a Jesus, para que nos aprovisione com a graça de que tanto necessitamos!

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