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AS BEM-AVENTURANÇAS

Em Mateus, capítulos 5-7 está registrada uma das mais célebres passagens das Escrituras Sagradas que ficou conhecida e amada como o Sermão do Monte, apresentando não o caminho da salvação, mas a senda da vida justa para todos aqueles que compõem a família de Deus, desde aquela época, passando pelos nossos dias e alcançando o futuro. Quando Jesus exercia Seu ministério terreal, tinha por alvo os Seus discípulos de então, e agora que Ele reina nos céus é voltada a todos os que são dEle, e um dia será o código de conduta dos Seus seguidores durante a tribulação e ao longo do Seu reinado na terra.

 

O Sermão do Monte pode ser considerado um grandioso, formidável, maravilhoso detalhamento do novo mandamento que Jesus proferiu de amarmo-nos uns aos outros da mesma maneira como Ele mesmo nos amou, e assim nos deixou as instruções práticas de como fazê-lo, estabelecendo uma representação perfeita de como deve ser a vida no Reino de Deus. E Seu bendito domínio, muito além de ser uma mera monarquia delimitada geograficamente e estabelecida por mãos humanas, consiste na esplêndida obra do Espírito Santo em nosso interior, por isso o Reino está em nós, como Jesus ensina em Lucas 17.20-21, afirmando que “… Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”.

 

E assim Deus determinou que fosse para que o Seu Reino implantado no âmago de nosso ser, governasse o nosso coração, a nossa mente e as atitudes de todo aquele que pretende ser um cristão verdadeiro.  A transcendência e o significado eterno do Sermão do Monte são tão extraordinários que Jesus veio ao mundo, morreu, ressuscitou, a seguir enviou Seu Santo Espírito para que nós pudéssemos vivê-lo, aplicá-lo, em suma, colocá-lo em prática todos os dias de nossa jornada terreal, em qualquer circunstância e lugar.

 

Não é por acaso que o Sermão do Monte, – que principia com as chamadas bem-aventuranças, – situa-se no início do Novo Testamento, demonstrando a sua fundamental importância, porque, por meio dele Jesus, o Rei, descreve o caráter e as atitudes que devem ser características dos Seus súditos, prometendo-lhes também bênçãos no porvir. Reservemos um momento para recordar as extraordinárias bem-aventuranças que Jesus pregou em Mateus 5.3-12: 3Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 (…) os que choram, porque serão consolados. 5(…) os mansos, porque herdarão a terra. 6 (…) os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7(…) os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8(…) os limpos de coração, porque verão a Deus. 9(…) os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10(…) os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Mas é fundamental considerar e reconhecer que ninguém consegue, por si mesmo, aplicar em sua própria vida as bem-aventuranças, o que somente é possível pelo poder que vem de Deus por meio do Espírito.

 

A primeira bênção, ensina Jesus, é reservada aos humildes de espírito, aqueles que reconhecem a sua miserabilidade e sabem que dependem desesperadamente de Deus, reconhecendo a sua própria absoluta carência espiritual e entregando-se totalmente a Ele. A estes pertence o reino dos céus, onde a autossuficiência é um terrível defeito e a soberba um vício imperdoável.

 

A segunda promessa de felicidade é para os que choram, porque serão consolados. As lágrimas que estes derramam são de pura e doce alegria pela felicidade que acompanha a comunhão com Jesus, ao mesmo tempo que compartilham com Ele as dores e sofrimentos pelos pecados do mundo. Pranteiam, não apenas os próprios pecados, mas a calamitosa condição humana de rejeição ao Salvador e à Sua amorosa bondade. Mas eles serão consolados quando Jesus voltar trazendo novo céu e nova terra, E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram, revela João em Apocalipse 21.4.

 

A terceira bênção está assegurada aos mansos, porque herdarão a terra quando o Rei Jesus reinar durante mil anos de verdadeira paz e inesgotável prosperidade. Observemos que ser manso não é uma qualidade natural, é uma virtude produzida pelo Espírito Santo e todo verdadeiro crente deve ser dotado dela. É preciso, no entanto, distinguir a mansidão da indolência, da covardia, da mera gentileza, da fraqueza de caráter ou de personalidade, bem como da busca da paz a qualquer custo. A mansidão autêntica implica em uma atitude interior de força de caráter, autoridade, poder e inarredável defesa da verdade e da justiça, expressa com relação a si mesmo e ao próximo. Em suma, o manso vive em perfeita e perene harmonia com Deus, consigo próprio e com o semelhante.

 

A bem-aventurança seguinte, a quarta, está reservada aos que têm fome e sede de justiça, a quem, – na vinda do reino de Cristo, – será concedida a plena saciedade de seus anseios por honestidade, integridade e de tudo o que é justo, correto, tanto na sociedade quanto na igreja e em suas próprias vidas. Ter fome e sede de justiça denota que ansiamos pelo livramento do pecado que nos separa de Deus, que é a causa primeira de todos os conflitos humanos que perpassam o mundo, seja entre pessoas, seja entre nações. Em outra palavras, ter fome e sede de justiça é a aspiração primeira de todo aquele que deseja ser santificado, que almeja ser um exemplo das bem-aventuranças na vida cotidiana, manifestando o fruto do espírito em tudo o que faz, pensa e diz, assemelhando-se a Cristo.

 

Na quinta bem-aventurança Jesus assegura que felizes são os misericordiosos porque alcançarão misericórdia, retratando assim o crente autêntico, aquele cujo coração é controlado pelo Espírito Santo em todas a suas atitudes, e que se preocupa com a miséria, as tristezas e os sofrimentos sofridos pelos outros a ponto de desejar ansiosamente aliviá-los. E aí nos deparamos com o exemplo supremo de misericórdia: o envio pelo Pai Eterno de Seu filho unigênito ao mundo para cuidar da nossa mísera situação de pecadores renitentes, perdoando de uma vez para sempre os nossos pecados. Portanto, se Deus é misericordioso conosco, como não sermos com o nosso próximo, perdoando-o assim como fomos perdoados? Lembremos então que enquanto vivermos neste mundo estamos sujeitos a pecar e por isso carecemos permanentemente da misericórdia de Deus que, exclusivamente pela Sua graça, havemos de alcançar caso tivermos sido misericordiosos.

 

A sexta bênção nos está reservada se formos limpos de coração, quando então poderemos ver a Deus. Mas como termos o coração limpo? Tendo motivação virtuosa em tudo o que fazemos, cultivando pensamentos irrepreensíveis e a consciência pura. Mas também atendendo ao que Jesus aconselha em Mateus 7.1: Não julgueis, para que não sejais julgados. Quando estivermos a ponto de julgar alguém, examinemo-nos primeiro e vejamos se o juízo que estamos a ponto de emitir não cabe, antes de mais nada, a nós mesmos e tenhamos uma atitude perdoadora. Só então estaremos preparados para ver a Deus por meio da comunhão na Sua Palavra, no Espírito, na pessoa de Jesus quando Ele vier novamente e por fim na eternidade.

 

A sétima promessa de felicidade é dirigida aos pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. É preciso observar que Jesus não está se referindo àquelas pessoas que têm por natureza uma índole pacífica ou que amam a paz, mas sim aos que trabalham ativamente em busca da paz, os que efetivamente promovem a paz, cujo agir harmoniza-se com a própria atividade divina no mundo. Por isso, gerando a paz, nos manifestaremos como autênticos filhos de Deus e Ele nos reconhecerá como membros de Sua augusta família.

 

A próxima bem-aventurança, a oitava, trata dos perseguidos, não por atitudes incorretas, mas por causa da justiça, asseverando que deles é o reino dos céus, prometido aos crentes que passam por agruras e sofrimentos por fazerem e pugnarem pelas coisas corretas segundo a Palavra de Deus, e não em consonância com os falíveis preceitos humanos. Por esse motivo a integridade que manifestam destoa e muitas vezes afronta os princípios mundanos, o que gera hostilidade contra os verdadeiros cristãos, pois o mundo odeia sua vida justa que expõe a existência cheia de injustiça e de pecado em que vivem.

 

A última bem-aventurança parece em princípio uma repetição da anterior, contudo contém uma diferença capital: enquanto a anterior se referia à causa da justiça, esta aborda a questão da causa de Cristo. Nosso Senhor sabia de antemão que Seus discípulos seriam insultados, difamados e odiados pela fidelidade a Ele, o que tem se verificado ao longo dos séculos por todo o mundo com as incessantes perseguições, prisões e mortes de Seus seguidores fiéis. Jesus então nos exorta a que nos alegremos pelo privilégio de sofrer por Ele pois no céu aguarda-nos um grande galardão, uma recompensa de valor inimaginável que, quando Ele voltar, concederá àqueles que são verdadeiramente Seus, afirmando em Mateus 16.27 (NTLH): Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez.

 

Pai bendito, estas bem-aventuranças inefáveis proclamadas por Jesus estabelecem um padrão ideal para nós que desejamos ser fiéis cidadãos do Seu Reino, mas sabemos que o mundo valoriza exatamente o oposto das virtudes ali descritas, arroladas e aprovadas, e se oporá firmemente ao propósito dos nossos corações. Por isso nós que almejamos ardentemente vivenciá-las em nossas vidas rogamos-Te que nos fortaleça, guie e capacite para vivê-las dia após dia, firmados no Cristo que reina em nós. É no Seu sublime, poderoso e inigualável nome que oramos e agradecemos. Amém.

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DECISÕES IMPORTANTES

“Paulo e Barnabé também nomearam líderes em cada igreja e oraram por eles com jejum, entregando todos ao cuidado do Senhor, em quem confiavam.” Atos 14.23 (Bíblia Viva)

 

 

 

 

Na primeira viagem missionária da história da Igreja Cristã, Paulo e Barnabé não podiam permanecer muito tempo em cada igreja, mas precisavam se assegurar de que, mesmo na sua ausência, elas continuassem a prosperar, sob lideranças cheias do Espírito Santo, por eles levantadas. Para isso valeram-se da prática da oração e do jejum, que o povo de Deus sempre empregava quando era esperada uma orientação ou decisão importante da parte do Senhor. Que hoje todas as nossas decisões importantes emanem da vontade do Senhor, sentida em nossos corações após oração e jejum, e só então tomadas!

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RENOVAÇÃO

“Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaias 40.30-31 (ARA)

 

 

 

 

Jamais devemos nos sentir autossuficientes pois, por nós mesmos, sem o amparo e o poder de Deus, nada conseguimos, nada somos, e basta recordarmos o nosso passado, as tentativas vãs, os erros e os fracassos, para reconhecermos que tudo deve estar entregue nas Suas mãos. Assim, esperar no Senhor é manifestar a verdadeira fé e viver por ela para que as nossas forças sejam renovadas, e mesmo que o vale que atravessamos seja árido, termos a certeza de que Ele nos conduzirá por entre todos os obstáculos, fazendo-nos alçar voo como águias, e então correremos e não cansaremos, caminharemos e não nos fatigaremos!

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