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APAGANDO O ESPÍRITO

“Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias”. 1 Tessalonicenses 5.19-20 (ARA)

 

 

 

 

Os cristãos devem cuidar porque suas atitudes no Corpo de Cristo, caso sejam de hostilidade ou de desprezo por certos dons, podem abafar a ação do Espírito Santo. Hoje reflitamos sobre duas maneiras pelas quais podemos apagar o Espírito: a primeira é quando não alimentamos nossa alma com a Palavra e a oração, porque é através delas que Deus mantém a chama do Espírito viva em nós; a segunda é quando pecamos criticando os outros ou depreciando seus ministérios. Se O apagarmos, Seu poder será retirado e assim boa parte das bênçãos de Deus, que seriam derramadas sobre nós em abundância, poderão ser suprimidas!

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MUITAS CERTEZAS, POUCAS DÚVIDAS

“Se eu tivesse falado como os maus, teria traído o teu povo”. Salmos 73.15 (NTLH)

 

 

 

Asafe, o salmista, passava por uma situação difícil, vendo a prosperidade dos maus, enquanto ele padecia grandes sofrimentos, apesar de sua conduta reta. Onde estava a justiça de Deus, Sua sabedoria, Seu amor? Será que Ele havia agora decidido premiar os perversos e punir os bons? Se nesse dia somos afligidos por pensamentos deste tipo ao observarmos a injustiça do mundo, façamos como Asafe: em primeiro lugar não exponhamos nossas dúvidas que poderão fazer tropeçar um filho de Deus; procuremos, ao contrário, sempre falar das certezas que a Palavra nos dá, e essas são muitas, em lugar das poucas dúvidas que temos.

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COMPAIXÃO

O famoso missionário cristão indiano Sundar Singh viajava pelo Himalaia acompanhado de um guia quando subitamente violenta tempestade de neve os atingiu. Quase sem poderem enxergar o caminho, arrastando-se e tateando em meio à tormenta, de repente tropeçaram em um corpo humano semicoberto pela neve e Sundar tocou o homem e viu que ainda estava vivo, mas o guia insistiu para que não parassem para socorrê-lo, pelo sério risco de todos perecerem, e então seguiu sozinho. Mas Sundar, com muito esforço conseguiu erguer o homem inconsciente, colocou-o sobre os seus ombros e enfrentou a tempestade. Para agravar ainda mais a situação, a escuridão da noite logo os envolveu, quando então surgiu à sua frente a boca de uma caverna, em cuja direção Sundar, com muita dificuldade, – porém aquecido pelo esforço físico, – se dirigiu. Foi quando tropeçou em algo: era o corpo congelado de seu guia.  Sua compaixão cristã havia feito a diferença crucial entre a vida e a morte.

 

A compaixão é uma das virtudes cristãs mais presentes nas Escrituras Sagradas, em especial no livro de Salmos, onde Davi clama aflito ao Senhor por compaixão em 6.2, 25.16, 26.11 e 30.10; Jó, em meio à desgraça que se abatera sobre ele, magoado pela insensibilidade de seus amigos, repreende-os dizendo: “Ao aflito deve o amigo mostrar compaixão, a menos que tenha abandonado o temor do Todo-Poderoso”; em Isaías 51.19, Deus lembra que esperança para o Seu povo reside somente nEle: “… quem teve compaixão de ti? A assolação e a ruína, a fome e a espada! Quem foi o teu consolador?”, e em 63.9 Isaías demonstra a compaixão de Deus por eles: “Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade”; em Lamentações 3.31-33, o profeta Jeremias fala, embora  desconsolado, de sua esperança e certeza de que O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens; Jonas havia sido comissionado por Deus para profetizar ao povo de Nínive persuadindo-os a se arrependerem ou a serem destruídos mas, ao invés disso, fugiu do Senhor. Após passar por várias peripécias, Jonas novamente recebeu a ordem de ir a Nínive, profetizou mas,  quando Deus, por compaixão decide poupar a cidade, seus habitantes e os animais, e preparou uma planta e um verme para fazerem a Sua vontade, revoltado, ouve a justa reprimenda do Senhor em seu livro 4.9-11: Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte. Tornou o Senhor: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?“

 

Jesus foi o ser mais compassivo que passou pela terra, e os exemplos que deixou de compaixão são inúmeros. Seu ministério na terra foi marcado de forma indelével, marcante, pela compaixão, de tal forma que ela é citada 18 vezes no Novo Testamento, sendo 11 vezes nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Nada O sensibilizava tanto como ver o sofrimento, as carências, o desamparo das pessoas, como fica evidente em Mateus 9.36-38, quando Ele, Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara“.

 

Ele se compadecia a cada momento com a miséria humana, e as curava porque tinha profunda compaixão pelas pessoas, então exercia Seu poder sobre a doença, como quando em Mateus 8.14-15 curou a sogra de Pedro, e percorria povoados e cidades, “… curando toda sorte de doenças e enfermidades, em Mateus 9.35; Seu poder sobre a morte em Mateus 9.18,23-25; certo dia, após ressuscitar a filha de um chefe, “Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi! Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos”.

 

 

O Evangelho de Marcos 1.14 relata que Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, e nos versículos 40-42 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.

 

 

Nesta passagem podemos então observar como o Senhor agia movido por Sua grande compaixão: no primeiro momento, Ele viu a súplica sincera daquele homem; depois, percebeu seu sofrimento; em seguida, sentiu em Si próprio a dor do outro; então agiu e ordenou a cura.  É desta forma que somos pelo Senhor ensinados a demonstrar compaixão para com aqueles que padecem e que Ele coloca em nosso caminho, quando então devemos nos compadecer das provações alheias, dirigindo ao próximo palavras de conforto, orações e agindo de forma solidária para ajudá-lo.

 

Mas Jesus não curava apenas pessoas individualmente, Ele restaurava a saúde também das multidões, porque Seu poder compassivo não encontrava limites. E não só curava, como também provia miraculosamente suas necessidades básicas, como em Mateus 15.30-38 vemos que Ele estava junto do Mar da Galileia, subiu a um monte, assentou-se, E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel. E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho. Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão? Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos. Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão, tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu aos discípulos, e estes, ao povo. Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos cheios. Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças”. Sua compaixão incomparável levou-O a curar enfermidades físicas, a preocupar-Se com cansaço das pessoas e com a sua fome, mostrando que ele zelava tanto pelos corpos das pessoas como por suas almas, e está sempre indo de encontro às muitas carências da nossa condição humana.

 

Jesus sempre restabelecia as forças das pessoas enfraquecidas – seja física, emocional ou espiritualmente – para poderem seguir seu caminho, reunia-as em volta de Si para alimentá-las com o pão da vida, como naquele dia às margens do mar da Galileia, quando João 6.35 registra que “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. Jesus, com extraordinária compaixão, sempre entregava-Se a Si mesmo antes de prosseguir em frente, e mesmo agora aproxima-Se de nós oferecendo o pão que satisfaz a fome da alma humana.

 

Compaixão foi o que moveu centenas de pessoas de diversos países do mundo, – naquelas duas semanas de junho de 2018, – a deixarem tudo e oferecerem-se para servir como voluntárias na extraordinariamente heroica e delicada operação de resgate dos 12 meninos e de seu técnico de futebol que haviam ficado presos no complexo de cavernas na Tailândia.

 

Compaixão é o que move todos os dias milhares de voluntários anônimos pelos quatro cantos do mundo a distribuir medicamentos, alimentos, roupas e água a tantas pessoas privadas das mais básicas condições de sobrevivência; a arrecadar e entregar donativos para populações atingidas por cataclismas; a visitar hospitais, orfanatos, creches e asilos sem recursos levando uma palavra de amor, de conforto e esperança a crianças, doentes e idosos.

 

Senhor bendito, permita que a compaixão permeie toda a nossa vida, a nossa forma de enxergar o mundo, as pessoas, os animais e os vegetais, para que compreendamos e vivenciemos a fé em Cristo em toda a sua profundidade, amplidão e beleza. Sabemos que compaixão gera compaixão, que desperta e mobiliza os sentimentos mais nobres do ser humano e faz brotar o desejo de servir, impactando, contagiando todo o entorno de quem se compadece do próximo. Que possamos, ó Pai, agir permanentemente com compaixão pelos sofredores, marginalizados, carentes, rejeitados, esquecidos, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para aliviar o sofrimento de tantos. É nome santo, precioso e incomparável de Jesus, o nosso modelo máximo de compaixão que oramos com profunda gratidão. Amém.

 

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