Oração Respondida

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Oração Respondida

Jesus, pouco antes de sua prisão, dirigiu-se ao Jardim de Getsêmani com Seus discípulos, e aconselhou-os a orar para que não fossem tentados. Em Lucas capítulo 22, versos 41 e 42, o evangelista relata que: “Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.

Ao contrário de nós, que muitas vezes pretensiosa e egoisticamente oramos, pretendendo que Deus faça exatamente aquilo que desejamos – pois afinal temos a certeza absoluta do que é bom para nós, não é? No entanto Jesus, o Filho de Deus, humildemente reconhecia a soberania do Pai, e sabia que Seus planos são sempre superiores, até mesmo aos d’Ele, Jesus. Pouco depois, sentindo que sua temporária carnalidade o fazia fraco, Ele disse o que está registrado em Mateus 26.41 e em Marcos 14.38: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”

Desta declaração podemos extrair um grande aprendizado: Deus responde a todas as orações, embora nem sempre da maneira que desejamos. Precisamos ter consciência de que muitas vezes é preciso primeiro orar para conhecer a vontade do Pai, para que então possamos orar em concordância com os Seus interesses.

Muitas vezes, nossa oração não parece ter sido respondida, temos até a impressão de que Deus não nos ouve, não é? Mas Deus sempre nos ouve. Em Lucas 11.11-13, Jesus afirma: “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” O Senhor é Pai amoroso, fiel e responsável, mas nem sempre concorda com todas as nossas petições, sabendo de antemão as conseqüências que adviriam caso algumas delas fossem atendidas.

Por certo já ouvimos alguém dizer, após muito tempo de petições sobre determinada coisa: “graças a Deus o Senhor não ouviu a minha prece. Se Ele tivesse me concedido o que pedi, hoje estaria muito arrependido(a)”. Com certeza nós próprios temos experiências em que – após períodos de angústia, sofrimento e dor em que oramos, pedindo a Deus segundo nosso próprio entendimento de qual seria a solução para certo problema, e aparentemente não obtendo resposta – anos depois podemos também dizer: “louvado seja o Senhor, pois não ouviu a minha prece”.

Sim, é preciso tudo entregar em Suas mãos, e n’Ele descansar. Isto é ter fé. A fé é a base da oração; e o objetivo da fé deve ser sempre Deus, nunca a coisa pedida. A fé já foi descrita como: “confiar no coração de Deus e no Seu poder.” Ele sabe que o que pedimos não é o melhor. Ou pode ser que o nosso tempo não seja o tempo d’Ele, ou Ele tem um propósito maior em mente. Se ao orarmos nosso coração estiver despido de desejos da carne, de animosidade, de egoísmo, de ganância, de idolatria, de ira, e de qualquer outro sentimento contrário aos preceitos divinos, teremos boas chances de sentir, neste mesmo coração limpo, a vontade do Pai expressa por meio de sensação de conforto ou de desconforto, que nos mostrará o caminho a seguir.

Irmãos: as respostas de Deus são sempre mais sábias que as nossas orações.

Às vezes as orações ficam sem respostas nesta vida, e Deus as atende após a morte do crente. Noutras vezes não o faz, mas mesmo assim a fé, manifestada nessas orações e as sinceras expressões de amor por Deus e pelas pessoas que Ele criou, continuarão subindo como incenso agradável ao trono de Deus, como está escrito em Apocalipse 5.8: “e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.

Irmãos, é preciso que nos conscientizemos de que Deus é Deus, e que nós somos apenas Suas criaturas. Por isso algumas orações não são atendidas porque Deus mantém ocultos Seus sábios planos, e ainda que muitas pessoas orem, os eventos só ocorrerão no tempo que Deus determinou. Esta consciência nos mostra que devemos perseverar em oração, quando aparentemente a resposta demora, pois a bênção de Deus é às vezes retardada para nos provar a fé. Seja qual for a circunstância, façamos o que o apóstolo Paulo ensina em 1 Tessalonicenses 5.17: “Orai sem cessar.”
Em 2 Crônicas vemos um exemplo de oração respondida. Salomão havia, no capítulo 6, pedido ao Senhor que viesse ao templo que ele construíra, trazendo Sua glória. A resposta a esta oração está no capítulo 7. O verso 1 diz: “Tendo Salomão acabado de orar… a glória do Senhor encheu a casa”. O resultado disso foi que todos adoraram a Deus, como vemos no verso 3. A manifestação da glória de Deus gera adoração e louvor. Salomão sabia que não havia espaço físico que pudesse conter a glória de Deus.

O Senhor deseja que a nossa vida seja um lugar de adoração, um lugar onde Sua glória se manifeste.

E a glória do Senhor se manifesta apenas onde há oração contrita, em clima de amor, de concórdia e de paz, que esteja de acordo com a Sua vontade.

Seja qual for o desejo do seu coração, a Palavra de Deus nos diz que devemos clamar a Deus e Ele nos responderá. Por isso, ore, clame, adore, pois certamente Ele ouvirá. Como Ele disse a Jeremias, capítulo 33, verso 3:Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.

Senhor nosso Deus, sabemos que aqueles que oram fazem a Tua obra; ensina-nos a orar para que sejamos sempre instrumentos úteis do Teu querer. Em nome de Jesus Cristo é que agradecidos oramos. Amém.

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