O Cristão e a Crise Nacional

,

O Cristão e a Crise Nacional

Crise nacional é um evento aflitivo e fora de controle que traz consigo uma situação perigosa de instabilidade ao afetar indivíduos, grupos, comunidades, ou toda a sociedade de um país, configurando-se geralmente por mudanças negativas mormente nas questões morais, éticas, de segurança, econômicas, políticas, sociais e ambientais, sobretudo quando ocorrem de forma abrupta e imprevista. E é inegável que isto é o que acontece com o Brasil atualmente.

Mas a principal e mais perversa crise que existe transcende o plano das coisas terreais, e é o que se pode chamar de crise espiritual. Ela é a geradora de todas as demais, sendo caracterizada pelo mundanismo irresponsável e desonesto com que o interesse público tem sido tratado, pensado, dito e feito, o que, para a consternação e a indignação das pessoas de bem, é veiculado pela mídia, sem cessar, a cada dia com novas descobertas de vergonhosas falcatruas bilionárias perpetradas por líderes políticos, em especial do atual governo, verdadeira quadrilha de malfeitores que planejou cuidadosamente assumir o poder para se beneficiar; é marcada pela autossuficiência nas decisões, pela arrogância dos poderosos, pelo egocentrismo nas atitudes das autoridades, pela a luta de vale tudo por poder, dinheiro e status e, o que é mais grave, pela rejeição completa de Deus. E embora Seu nome possa até estar sendo por vezes levianamente tomado em vão pela boca de certos políticos, buscando com isto cooptar eleitores – isto apenas caracteriza o uso oportunista e meramente profano do nome santo do Senhor. Então fica nítido que a crise não está no exterior, isto é, nas entidades governamentais, nas ONGs, nos partidos políticos, na mídia, no sistema financeiro, nas bolsas de valores, nas agências de classificação de risco, nas empresas privadas, no sistema de ensino ou nas igrejas, ou no que seja, mas sim no interior de muitas pessoas, perdidas nas trevas da ignorância da verdade que está em Cristo Jesus. É sobre esse tipo de pessoas que se refere Asafe no Salmo 82.5 (NVI), Nada sabem, nada entendem. Vagueiam pelas trevas; todos os fundamentos da terra estão abalados”. Assim como ocorria nos tempos do salmista, hoje também por certo o Senhor lamenta a falta de entendimento das autoridades, homens que da verdade nada conhecem, que nada entendem, deste modo vagueiam pelas trevas, e adicionalmente, como a lei e a ordem desapareceram e há profunda ausência de justiça e de sabedoria, os próprios fundamentos da sociedade encontram-se enfraquecidos, corrompidos, seriamente comprometidos.

Mas atentemos para o fato de que o caráter da crise pode assumir contornos maléficos ou benéficos, dependendo da forma como for gerida: se as medidas tomadas forem corretas, tiverem motivações sérias, elevadas e nobres que visem realmente o bem comum por meio de providências equilibradas e equilibradoras, competentes e sábias, extraídas das lições que toda crise encerra, ela pode ter um tempo de duração encurtado e se transformar em oportunidade de crescimento e maturação; no entanto, caso seja administrada com inaptidão, oportunismo, incúria e má fé, visando na prática beneficiar apenas os poderes dominantes ou grupos de influência, sua solução será inevitavelmente mais demorada, além de mais sofrida por toda a sociedade, em especial por suas camadas mais fragilizadas, produzindo um custo social, econômico, político e moral seguramente muito mais alto.

Alguém já disse que o ponto final do ônibus da decadência, incompetência e desgoverno é sempre uma crise. Desta forma é sábio aprender com ela, pois quem sai de uma crise com a mesma percepção e atitude que tinha quando navegava nela, inevitavelmente vai embarcar em outra pior, e que, inevitavelmente, é uma repetição da anterior. Como escreveu o filósofo espanhol George Santayana, “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.

O diplomata e presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), em artigo sob o título Crise Moral publicado no jornal O Estado de São Paulo, escreveu: “As notícias sucedem-se dia a dia. É ministro que cai após acusações de corrupção em sua pasta. É deputado que acusa os colegas de venderem emendas. É detento que consegue regalias na prisão por meio de facilidades concedidas por algum carcereiro. É obra concluída com base em documentos de autorização forjados. É estabelecimento comercial que consegue alvará por meio de propina.

A esta altura os cidadãos brasileiros se perguntam como pode um país se desenvolver com base na tão disseminada cultura das transgressões. Isso mesmo, cultura das transgressões – expressão que, no nosso entender, designa de forma clara o conjunto de ideias e atitudes que não respeitam a ética, pondo o interesse pessoal acima do interesse coletivo e das leis.

Se queremos mudar essa cultura, precisamos todos entender que o único caminho para chegarmos a um Brasil desenvolvido econômica e socialmente é o do respeito às leis, (…) precisamos exigir de nossos governantes que ajam sempre dentro dos padrões éticos. Afinal, a corrupção instalada na base da sociedade é mais fácil de ser combatida do que a corrupção que permeia esferas elevadas de poder.

(…) E é isso que estamos fazendo agora: exigimos que os governantes brasileiros se imbuam de seu dever maior como cidadãos e deem o exemplo de boa conduta a toda a população.

Há tempo dizemos que a crise no Brasil não é econômica. É social, não há dúvida. Mas, mais do que tudo, é uma crise moral. Chegamos a um ponto em que empresários comentam que as regras do jogo são essas mesmo e que sem “molhar a mão” de quem concede licenças e autorizações nada se consegue. Na medida em que a iniciativa privada acaba por se mancomunar com as autoridades de várias instâncias, fica difícil desatar o nó da corrupção.

(…) não só políticos e administradores em geral, como fiscais e gestores do que deveria ser a coisa pública, têm sido alvo de denúncias de corrupção. As discussões chegaram ao Poder Judiciário, que, por definição, deveria estar acima e à distância de qualquer suspeita de irregularidade ou malversação.

(…) A corrupção não deve ser tolerada em nenhum nível. Se ela chega a dimensões tão escancaradas quanto hoje no país, é impossível calar. É impossível aceitar esse fingir que as leis são cumpridas, pois isso envenena as entranhas da sociedade e provoca, lentamente, sua destruição”.

Como verdadeiros cristãos, temos que orar, sim, e exemplificar em tudo as atitudes e os ensinamentos de Cristo, mas não podemos deixar de fazer a nossa parte como cidadãos da pátria na qual temporariamente vivemos, exigindo das autoridades o aperfeiçoamento da legislação anticorrupção, o apoiamento à ação independente da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, e a punição imediata e exemplar dos culpados.

As Crises na Bíblia

Onde habita o ser humano na terra, existe crise, desde que houve a Queda do homem no mundo criado por Deus, com todas as suas consequências funestas perpetuando-se até os nossos dias. Partindo do indivíduo e atingindo todas as escalas de aglomerações humanas, as crises pessoais são cada vez mais presentes, manifestando-se geralmente através de patologias psicossomáticas que, originadas em distúrbios emocionais, provocam repercussões no corpo; as crises familiares tornaram-se banais, o casamento cristão, desacreditado, caiu quase em desuso, e muitos casais se separam logo após o início do matrimônio; os condomínios de habitações horizontais e verticais são verdadeiros barris de pólvora, onde os moradores, ou ignoram-se mutuamente ou se odeiam, e estão sempre prontas a descarregar sua ira sobre o vizinho, com episódios que têm chegado até ao homicídio; as cidades tornaram-se lugares inseguros, insalubres, ameaçadores, onde sair à noite passou a ser uma aventura, com seus centros urbanos muitas vezes entregues à marginalidade, os bairros residenciais ostentando moradias cercadas por muralhas equipadas com cercas eletrificadas, “ouriços”, câmeras, e com os indefectíveis seguranças particulares sempre presentes. E se as cidades – que como polos de agregação humana surgiram para abrigar o homem com segurança, conforto e qualidade de vida, proporcionando que em paz sejam atendidas suas necessidades básicas de habitar, trabalhar, circular e recrear-se, sendo para isto dotadas da necessária e suficiente infraestrutura urbana – hoje se mostram degradadas e defasadas com respeito àquilo que suas populações almejam para ter uma vida digna. E tal estado de deterioração acaba refletindo-se diretamente na forma de relacionamento social em que vivem as pessoas nos estados, províncias, departamentos ou regiões em que é subdividido territorialmente o país, assim irradiando-se por toda a nação.

Conceitualmente, portanto, podemos dizer que a condição em que vive um país inicia-se no indivíduo, passa para a família, afeta o bairro, a cidade, o estado, e por fim tende a atingir o país inteiro. Trata-se de um contágio moral que acaba se propagando de geração a geração, de forma irrefreável, quando o centro da vida das pessoas não está em Deus, mas sim no próprio umbigo. As crises são maturadas, consolidadas, ao longo de gerações tendo como causa a má formação moral, educacional e religiosa do povo, produzindo uma herança perversa que torna-se parte do DNA da nação. Como vivemos em um mundo dominado por satanás e seus demônios, se não estamos com Deus, sob a Sua proteção e direção, estaremos com o maligno, sujeitos, portanto, às ordens, artimanhas e influência do inimigo de Deus e nosso, por decorrência em permanente conflito pessoal e relacional com o próximo, e egoisticamente voltados para nós mesmos.

Deus nos ensina de forma definitiva em Isaias 55.9 (ARA) que “… assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. Por isso a Bíblia mostra que, quando o Senhor está sendo obedecido, respeitado, adorado com temor e tremor, quando enfim Ele é o centro de tudo, não há espaço para crises.

A primeira crise registrada na história do universo, deu-se no céu, quando Lúcifer, ambicionando tomar o lugar de Deus, teve a atitude pecaminosa, sempre presente na raiz de todas as crises, de afrontar e desobedecer ao Criador, e juntamente com outros anjos caídos, rebelou-se, foi derrotado e expulso, e embora Deus ainda conceda que tenha acesso à sala judicial de Seu trono, porque lhe foi conferido o papel de acusador dos irmãos (Jó 1 e 2), não lhe é mais permitida a comunhão com o Criador.

Depois da Criação Deus tem permitido que haja crises que – quando não têm origem natural – são sempre geradas pela desobediência, agora humana, porém continuamente insuflada por satanás. E isto Deus consente para que propósitos Seus se realizem, para que através delas Seus planos perfeitos se cumpram.

No Jardim do Éden, amorosa e perfeitamente concebido pelo Senhor para que Seu filhos estivessem providos de tudo o que necessitavam material e espiritualmente, ocorreu a primeira crise na terra, com trágica repercussão até os dias atuais, provocada pela traição do homem e da mulher que Ele havia criado, que preferiram dar ouvidos ao diabo, ao invés de curvarem-se à Sua vontade soberana.

Na época de Noé, após Deus ter comissionado o profeta para advertir em vão o povo para que cessasse de pecar e se voltasse a Ele, como última instância decidiu promover a extinção da humanidade corrompida, apóstata, idólatra e incorrigível de então por meio de um dilúvio, dando chance para que surgisse um novo conjunto de seres humanos livres de toda a depravação.

Mas isto não ocorreu, e séculos depois o povo continuava pecando e desobedecendo, tendo naquele tempo decidido edificar uma cidade e uma torre para evitar que a população se espalhasse, e assim fosse estabelecida uma unidade de língua e de liderança sob o controle do diabo, em franco desafio à ordem que Noé e seus filhos haviam recebido de Deus, que impediu a sociedade de então deste intento maligno confundindo a sua linguagem e dispersando-a pela terra.

Cada patriarca também enfrentou grandes crises, sempre por meio delas sendo impelido a realizar aquilo que o Senhor havia planejado, como José, que levado cativo ao Egito por ação dos próprios irmãos de sangue, tornou-se um líder de seu povo em terra estrangeira. Por meio dele os filhos de Jacó e suas famílias constituíram-se nos primeiros hebreus que ali multiplicaram-se exponencialmente, foram escravizados e, por fim, liderados por Moisés, protagonizaram o Êxodo, tendo como meta ocupar Canaã.

Crises seguidas de outras crises, e após a conquista da terra prometida, seguiu-se o período dos juízes, igualmente repleto de crises, o que suscitou a ascensão e a queda dos muitos reis de Israel e de Judá, a maioria iníqua, sempre produzindo novas crises nacionais ao longo de mais de 500 anos.

O advento de Jesus deu-se em meio às terríveis crises que a Palestina vivia sob o domínio romano e seus cruéis imperadores, que promoveram implacáveis perseguições aos cristãos, culminando com a destruição de Jerusalém e do Templo no ano 70 d.C. Mas Jesus Cristo trouxe uma nova, única e revolucionária espécie de regeneradora crise espiritual, social, religiosa e política na Palestina da época, que repercute até os dias de hoje por todo o mundo, ao proclamar o Reino de Deus, provocando todos a tomar uma decisão a favor ou contra Ele, o Deus encarnado, o Messias, o Kyrios, o Filho de Deus, e que só vai terminar com a Sua tão esperada volta, quando, junto aos santos, estaremos prostrados em louvor a Ele, clamando como em Apocalipse 19.1-2 (ARA): “… Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos”. E então virá o novo céu e a nova terra que nos aguarda e onde iremos habitar com Cristo, livres de toda a dor, corrupção e morte.

As Crises Atuais

A funesta sequência de crises não tem sido interrompida ao longo desses últimos 2.000 anos, e hoje podemos afirmar que o mundo todo é um mundo em conflito, povoado de desequilíbrios nacionais, regionais, étnicos, econômicos, sociais, ambientais, políticos, morais, migratórios, para citar alguns. É um mundo de desigualdades brutais geradoras de crises, em que as 85 pessoas mais ricas detêm recursos que correspondem aos de mais da metade dos 3,5 bilhões de pobres, e em que cerca da metade da riqueza está nas mãos de apenas 1% da população; em que apesar do grande avanço tecnológico nas comunicações, boa parte da população é muito mal informada; em que avançados meios eletrônicos permitem a realização de cirurgias à distância e o diagnóstico de doenças que ainda não se manifestaram, mas que apesar disso muitos milhares de pessoas morrem sem qualquer assistência médica, e novas doenças surgem permanentemente; em que a produtividade agrícola cresceu exponencialmente, mas que vê populações inteiras morrerem de fome; em que países desenvolvidos empregam métodos de ensino-aprendizagem de ponta, formando profissionais de elite, enquanto muitos milhões de analfabetos vivem à margem da sociedade; em que o PIB das nações cresce, mas as guerras e o terrorismo proliferam assustadoramente, a corrupção, principalmente em países do 3o mundo é endêmica, as agressões à natureza se multiplicam, provocando graves alterações climáticas por toda a parte, o tráfico e o consumo de drogas se propaga de forma incontrolável, a violência e a criminalidade amplia-se e se espalha sem que as autoridades competentes consigam deter, tudo isso compondo um quadro dantesco e desolador.

O artigo 1, § 1 da Constituição Federal do Brasil de 1988 diz em seu parágrafo único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Belas palavras, que no entanto, em um país com baixo nível de escolaridade, cultura e formação moral (que geralmente andam juntas), pode trazer trágicos resultados, em nada diferentes de outras nações vizinhas da América Latina, que padecem cronicamente dos mesmos males que nosso país.

Por isso cabe aqui perguntar: o que esperar de um país corrompido de alto abaixo, que elege governantes corruptos, mentirosos, incompetentes, que não creem em Deus e usam o próximo para auferir riquezas a qualquer preço, muitos deles condenados pela justiça, outros tantos satanistas, muitos sabidamente praticantes de rituais demoníacos?

Pelos padrões e poderes humanos, sem dúvida seria utópico imaginar que de repente passassem a pautar suas condutas e decisões pelos altos parâmetros da vontade de Deus expressa em Sua Palavra perfeita. Não, isto estaria muito acima de atitudes provindas de caráteres maus, distorcidos, criminosos, cuja especialidade é engambelar, para seu proveito próprio, os menos esclarecidos. Mas, por mais difícil que seja uma pessoa autossuficiente aceitar sua necessidade de voltar-se para Jesus Cristo, confiamos naquilo que Ele nos assegura em Lucas 18.27 (ARA): “… Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus”. Sim, estes homens precisam ser esclarecidos, iluminados em meio às densas trevas em que vivem, pela palavra radiosa do Mestre, que há mais de 2.000 anos ensinou aos céticos saduceus em Marcos 12.24 (ARA): “Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?”. Caso eles se voltem humildes ao Senhor e se arrependam de seus muitos pecados, Ele promete em Isaias 42.16 (ARA): “Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, fá-los-ei andar por veredas desconhecidas; tornarei as trevas em luz perante eles e os caminhos escabrosos, planos. Estas coisas lhes farei…”.

Nossa esperança de dias melhores neste país repousa unicamente no agir poderoso de Deus, ao fazermos nossas as palavras de Josafá, rei de Judá, em 2 Crônicas 20.6 (ARA): “…Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa resistir”. E assim nos regozijamos, pois como o profeta exclama em Jeremias 17.7, sabemos que “Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR”, e como Jó 42.2, confiados no poderoso e sapientíssimo agir de Deus ecoamos suas palavras confiantes: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”.

Talvez estejamos neste momento nos queixando, inconformados, perplexos, como o profeta Jeremias 12.1-2 (ARA): “Justo és, ó SENHOR, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente? Plantaste-os, e eles deitaram raízes; crescem, dão fruto; têm-te nos lábios, mas longe do coração”. Então Deus nos responde através do profeta no verso 5: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?”.

Como Jeremias, ansiamos pela aplicação rápida da justiça de Deus aos ímpios que prosperam, são poderosos, apesar de todas as suas maldades, mentiras e deslavada corrupção, mas só Ele sabe o momento certo de empregá-la, e contra quem empregá-la. É natural que nos sintamos frustrados, indignados e injustiçados com tantos eventos criminosos de autoria de homens que deveriam zelar pela lei e pela justiça. No entanto, se clamamos por justiça divina, devemos nos dar conta de que nós também seremos objeto da aplicação desta mesma justiça divina que exigimos para os outros. E o que acontecerá conosco se Deus der a cada um aquilo que merece?

O Senhor lembra também ao profeta que, se ele se queixa dos dias difíceis que atravessava – como nós podemos estar igualmente fazendo – tudo poderia ser ainda muito pior: se reclamamos da atual situação, como podermos enfrentar com coragem, discernimento e sabedoria um eventual agravamento da conjuntura? Nem sempre as respostas às nossas orações são aquelas que desejávamos. Entretanto, nosso comprometimento com Deus e nossa confiança em Sua providência, devem permanecer inabaláveis, pois é desta forma que a nossa fé é testada.

Sabemos que só em Jesus, nosso glorioso Salvador – que veio nos trazer as boas novas do Seu Reino de justiça, paz, harmonia, fraternidade e esperança para cada um individualmente e para todos coletivamente não só aqui na terra, mas especialmente na vida por vir – podemos confiar e encontrar as soluções para todas as crises, porque governantes e governados atuais parecem estar retratados nos Salmos 107.27 (NVI), quando o salmista diz que, sem Deus, Cambaleavam, tontos como bêbados, e toda a sua habilidade foi inútil”. Porém, se lhes restar um pouco de sensatez e então voltarem-se a Ele, o Senhor poderá salvá-los de todas as tribulações, como prometem os versos 28-29: Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e ele os tirou da tribulação em que se encontravam. Reduziu a tempestade a uma brisa e serenou as ondas ”.

A Atitude Cristã Frente às Crises

Na Judá do século VIII a.C., há aproximadamente 2.700 anos, em um contexto sombrio, desanimador e mundano de miséria causada pela exploração dos ricos gananciosos, e de opressão provocada pelos corruptos governantes e pelos líderes religiosos – semelhantemente ao que vemos, desolados, acontecer atualmente em nosso país – o profeta Miqueias era uma voz solitária e compassiva que clamava por justiça social através de sua profecia, em que lamenta no capítulo 7, versos 2-4 (NVI): “Os piedosos desapareceram do país; não há um justo sequer. Todos estão à espreita para derramar sangue; cada um caça seu irmão com um laço. Com as mãos prontas para fazer o mal, o governante exige presentes, o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto. O melhor deles é como espinheiro, e o mais correto é pior que uma cerca de espinhos”. No entanto, não perde sua fé em Deus, afirmando no verso 7: “Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá”. E, finalmente, termina a sua profecia com um canto de louvor ao nosso Deus, proclamando nos versos 18 e 19 toda a sua esperança na restauração da nação, o que dependeria exclusivamente do perdão misericordioso de Deus, Aquele que exerce o poder e a autoridade supremos: “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás compaixão de nós; pisarás as nossas maldades e atirarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar”. Não é como se Miqueias estivesse escrevendo para nós, 27 séculos depois?

Estima-se que em torno de um século anos após a profecia de Miqueias, ainda em Judá, Habacuque, um patriota convicto, inquietava-se sobremaneira com a condição moral e espiritual do seu povo, pois sabia que, a prosseguir no mesmo rumo de transgressão, a destruição seria inevitável. Então questionava, tal como nós mesmos por vezes fazemos nos dias que correm, embora confiando em Deus, mas sem conseguir esconder nossa perplexidade diante dos fatos que assistimos, então perguntamos: “Por quê? “Até quando?”  Apesar de tudo, a sua decisão foi a de confiar no Senhor, a despeito das circunstâncias terrivelmente desfavoráveis, e assim, regozijando-se pela fé, certo do cumprimento da profecia divina, ele louva a Deus dizendo em 3.17-19 (NVI): “Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,  ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor Soberano é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos”.

O fracasso das colheitas e a devastação dos rebanhos, para uma região de economia essencialmente agrícola como Judá, representariam uma tragédia nacional. Mas Habacuque, homem de fé e coragem, declara que, até mesmo padecendo de fome, não deixaria de se regozijar no Senhor, pois as circunstâncias do seu presente definitivamente não governavam suas atitudes, e ele cria firmemente nas promessas de Deus, como a registrada em 2.4 (ARA): “… o justo viverá pela sua fé”.

Esta é a mesma atitude que Deus deseja que tenhamos aqui e agora: não obstante a crise pela qual passamos, envolvendo e afetando nossa vida material, emocional e espiritual, como verdadeiros cristãos devemos enfrentar os desafios que se nos apresentam com a confiança de que Deus nos fortalecerá em todos os nossos enfrentamentos, mesmo que os problemas nos pareçam estar além de nossa capacidade de suportá-los. Mas é indispensável que, ao invés de fixarmos nossos olhos nas dificuldades, mantenhamos nossa visão focada no alto, no Deus que tudo pode, e que nunca desampara os Seus. É Ele quem nos garante a proteção de que necessitamos nos dias de tribulações, e quem torna o nossa caminhar firme como o da corça que galga todos os obstáculos, até chegar altaneira à montanha que assegura a segurança e a vitória que só por meio dEle podemos obter contra o mal do mundo, que insiste em nos assediar constantemente.

Nunca é demais lembrar, confiantes, alegres e tranquilos, do que Jesus nos assevera em João 16.33 (paráfrase da Bíblia Viva): “Aqui na terra vocês terão muitos sofrimentos e tristezas; mas tenham ânimo, porque Eu venci o mundo”.

E a nossa certeza cabal, plena e transcendente do futuro radioso que nos aguarda depois de passarmos por “… nossos sofrimentos leves e momentâneos (que) estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”, como Paulo se refere em 2 Coríntios 4.17 (NVI), nos dá o Senhor por meio do profeta Isaias 65.17-19 (NVI), nesta promessa maravilhosa: “Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. Jamais virão à mente! Alegrem-se, porém, e regozijem-se para sempre no que vou criar, porque vou criar Jerusalém para regozijo, e seu povo para alegria. Por Jerusalém me regozijarei e em meu povo terei prazer; nunca mais se ouvirão nela voz de pranto e choro de tristeza”.

Louvado seja Deus, em quem podemos entregar nosso caminho, no presente e no futuro, o Único em quem podemos confiar, certos de que Ele detém o controle de tudo, e que fará o que for necessário, pelo Seu amor, pela Sua onisciência e onipotência, para que a verdadeira justiça se cumpra e o direito seja respeitado às últimas consequências; por isso podemos tranquilamente descansar e esperar nEle, porque sabemos que é unicamente através dEle – que é a nossa fortaleza inexpugnável nos dias de tribulação – há esperança de livramento de todo o grande mal que nos cerca!

Senhor, sabemos que as crises fazem parte de nossa jornada terreal, mas sabemos também que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que Te amam e que foram chamados segundo o Teu propósito. Estamos conscientes de que Tu permites que as tempestades da vida por vezes nos assolem, não para nos destruir, mas sim para nos disciplinar, para nos adestrar, para nos preparar para suportarmos furacões e assim podermos ajudar outros quando se veem afligidos. Por isso Te agradecemos porque estamos certos de que nada poderá nos separar do amor de Cristo, e um dia, junto a ele, não haverá mais crises e estaremos entre aqueles aos quais Ele promete em Apocalipse 3.21: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”.

Share
12 Comentários
  • Juarez Marcondes Filho

    22 de setembro de 2015 at 10:44

    A longa exposição feita pelo articulista revela de forma cabal a origem, a atualidade e a solução da crise. Ela começa no coração do homem, como Cristo afirmou, “não é o que entra na boca que contamina o homem, mas o que sai, que vem do seu coração” (Mateus 15.17-20). Mas cada crise tem as suas características, e a presente está eivada do mau exemplo dado pelos que deveriam ser baluarte da nação. Por fim, a solução se acha no arrependimento sincero diante de Deus, e na expectativa de sua imensa graça.

    • Nanny & Winston

      22 de setembro de 2015 at 10:57

      Obrigado, Reverendo, pela contribuição tão rica e sábia, em que consegue, de forma tão objetiva, dizer tanto em tão poucas palavras!

  • Lucio Pinheiro

    24 de setembro de 2015 at 11:25

    Quais são os óculos que usamos para enxergar a crise?

    Winston, conforme conversamos dias atrás, compartilho minha contribuição no espaço que nos concede, mas o que dizer quando fomos agraciados por mais um dom que Deus lhe conferiu, em contribuir com textos completos de sabedoria pautados pela graça Divina?

    Disponível no mundo digital, encontramos um conto intitulado no Brasil “Os Óculos de Deus”. É a “estória” de um cristão de classe média, que de manhã coloca seu terno, pega o carro e sai para trabalhar, mas quase todos os dias é atrapalhado por uma criança que passa no seu caminho. Quando chega para tomar café em um estabelecimento, enfrenta dificuldades que o “tiram do sério”: não encontra vaga no estacionamento, alguém lhe rouba a fila do ticket, a máquina registradora pára de funcionar e é obrigado a sentar-se para esperar o seu café. De repente, de forma surpreendente, um “anjo” lhe entrega um par de óculos, obrigando-o a experimentar e assim ver a vida com um novo olhar e uma nova perspectiva. Aqui se iniciam as verdadeiras crises que esse homem irá enfrentar, pois ele passa a enxergar o coração de cada pessoa e o que cada um tem vivido nos últimos tempos. Uma pessoa que esbarrou nele de forma rude na porta de entrada, e agora está sentada no sofá da lanchonete, é a mesma que perdeu um ente querido dias atrás; o homem conversando com o filho está transparecendo alegria, mas perdeu o emprego naquela manhã. A cada pessoa que olha, percebe em um a desilusão com a vida, a falta de amigos que outro enfrenta, a falta de amor em casa naquele senhor, que por isso está a perambular, muitos estão envolvidos com drogas, enxerga aquela senhora abandonada pelo marido batalhando em dois empregos para sustentar os filhos, até que encontra o menino que o atrapalhou ao sair de casa naquela manhã, e agora “vê” que o menino não tem a atenção necessária de seus pais nessa fase crucial da vida.

    O vídeo termina com o homem tomando novas atitudes para com todas as pessoas que encontra em seu caminho, e toma consciência de quantas estão passando por crises profundas em suas vidas.
    Para nós também basta apenas uma nova atitude, afinal somos novas criaturas em Cristo Jesus, criados para a Sua glória. Olhar para as crises que enfrentamos com os olhos de Deus, e perceber quem somos e quem é Deus através de nós, é enxergar a oportunidade que Ele está nos dando como Igreja na terra.

    Tudo vai depender da visão celestial que temos para a nossa missão no mundo ser efetiva em todas as instâncias e crises em que somos inseridos. Deus jamais perde o controle da situação, mas provavelmente nós muitas vezes perdemos a noção de para onde estamos indo.

    Esta situação me faz lembrar o povo hebreu no deserto, quando lhes faltava o que comer ou beber, mas tinham Aquele que pode suprir todas as necessidades: não havia um teto para protegerem-se do frio da noite e do calor intenso do sol durante o dia, mas a presença do Todo-Poderoso era permanente em meio à crise que viviam, dando-lhes toda a proteção de que necessitavam.

    A crise hoje está instaurada entre nós, e é tempo de esperar e confiar que a resposta vem do monte, da oração, do tempo com Deus, mas somos tão impacientes quanto o povo no deserto, e preferimos construir nossos próprios deuses e ídolos, achando que estes poderão resolver nossas questões em tempos difíceis, ao invés de depositar a confiança em Quem tudo podemos, até passarem as crises, pois é Ele quem nos fortalece.

    Estou muito mais propenso a acreditar que muitos, por falta de fé e por não terem o Senhor em suas vidas, estão perdidos em seus caminhos, e não conseguem encontrar a direção para chegaram à terra prometida, o lar que Cristo está preparando para os Seus filhos.

    Disse um pastor em nossos dias, ao ver a crise e o cristão: “o povo pode não saber para onde está indo, mas é nossa obrigação como povo de Deus, quer vivamos ou morramos, continuar a indicar O Caminho que nos levará de volta para a Casa do Pai”.

    Reitero os versos e as palavras do amigo Winston, quando diz que “é indispensável que, ao invés de fixarmos nossos olhos nas dificuldades, mantenhamos nossa visão focada no alto, no Deus que tudo pode, e que nunca desampara os Seus.” A pergunta a ser feita não é como podemos sair da crise, mas sim como voltarmos ao Caminho do arrependimento e da graça.

    O Rev. Agreste ao falar da vida cristã afirmou: “a vida cristã não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona a ser vencida.” A preparação para chegar no final das duas provas e totalmente diferente, pois a primeira concentra apenas no aqui e agora toda a nossa energia e vigor, mas a segunda nos faz repensar como tomarmos nossas decisões de vida para chegar ao destino, antes de desistirmos no meio do caminho.
    “Ao vencedor lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Apocalipse 3:21

    O cristão e a crise nacional passará, assim como teremos outras vindas e idas na caminhada, em tempos diferentes para cada um de nós, mas quando nos esvaziarmos para que Ele cresça e nós diminuamos, quando formos fracos, para aí sermos fortes, então veremos a manifestação do Pai em nós e através de nós, para abençoar esta nação e os povos.

    Concluo lembrando e fortalecendo a Igreja com as mesmas palavras que o apóstolo Paulo usou para a Igreja de Filipos, exortando para que aumentassem os frutos e o galardão daqueles que assim procedessem: “Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” Filipenses 1:9-11

    Abraços,

    Lucio

  • Nanny & Winston

    24 de setembro de 2015 at 12:36

    Degustando seu belo e profundo texto, caro Reverendo Lucio, me ocorre um conceito de arquitetura (só para lembrar que um dia já fui arquiteto), que é “escala humana”. Ela é usada como expressão da arquitetura feita para o ser humano, e se preocupa com o efeito que a pessoa sentirá ao ser por ela afetada no espaço externo ou quando abrigada em seu interior, em oposição à escala dita monumental, que procura demonstrar a insignificância do ser humano, e tem sido empregada em especial por muitos governos e regimes políticos; a primeira produz calor, acolhimento e aconchego, enquanto a segunda, frieza, opressão e distanciamento. Tudo isso para lhe dizer, prezado Lucio, que seu texto, que bem revela o que vai em seu coração, é inclusivo, amoroso, atencioso, e se preocupa, antes de mais nada, com a pessoa, e com ela e sua relação com Deus, e é esta escala humana que prioritariamente precisa ser considerada e respeitada, porque é a escala em que Cristo sempre agiu, age e nos vê. Que Deus continue com a Sua mão sobre você, guiando-o, sustentando-o e protegendo-o.

  • Eddy Agathe Grummt Bley

    25 de setembro de 2015 at 12:36

    Que artigo precioso!
    Esta leitura nos ajuda a prosseguir com fé sempre crendo nas Promessas do Senhor que apesar das crises “o justo nunca ficará desamparado”. Continuamos segurando firmes na mão do Senhor. Muito obrigada. Que enriquecedores os comentários!

    • Nanny & Winston

      25 de setembro de 2015 at 14:32

      Prezada Eddy,
      Agradecemos sua participação através do oportuno comentário em que ressalta a importância de continuarmos firmes com Deus. Realmente, Ele é a nossa certeza de dias melhores, se porventura não nesta vida que é passageira, sem qualquer sombra de dúvida, na próxima, que é eterna, vivida em nossa verdadeira pátria celestial.
      Que Ele a abençoe e guarde, hoje e sempre.

  • Hileuza R I Duarte

    6 de outubro de 2015 at 19:02

    Sensacional o texto e bastante proveitosos os comentários. Essa semana estava lendo o Salmo 5, e acredito que encaixa sabiamente no texto acima. Que Deus os abençoe!

    • Nanny & Winston

      6 de outubro de 2015 at 20:21

      Obrigado por suas palavras, prezada Hileuza. Você tem razão. O Salmo 5, que é um lamento pessoal de Davi, é nosso também.

  • Lucimar de Moura Santos

    19 de outubro de 2015 at 12:19

    Diante do texto exarado acima, atinente ao Cristão e a Crise Nacional, foi muito bem explicitado sobre as situações vergonhosas que se passa pelos nossos políticos, crise sempre teve e não é novidade não, mas os nossos representantes, hoje quando se elegem não vão para lutar pelo povo e sim para se enriquecerem ilicitamente, durante as campanhas oferecem ao povo as mesmas três garantias: Segurança, Educação, Moradia, mas nós leitores não recebemos nada disso, agora eles, sim. Mas nós cristãos temos um protetor e consolador muito mais poderoso do qualquer um desses imbecis, Nosso Senhor Jesus Cristo, não importa as crises , pois quem está em companhia desse poderoso está sempre sorrindo, louvando, e nada nos atingirá. Eu creio.

    • Nanny & Winston

      19 de outubro de 2015 at 17:06

      Prezado Lucimar, do ponto de vista dos nossos dirigentes, é verdade, infelizmente; do ponto de vista do Nosso Senhor, o único a quem devemos honrar e glorificar, é igualmente verdadeiro, pela graça de Deus!

  • Dalal T. Fernandes

    3 de novembro de 2015 at 21:00

    Ao ler este texto que mostra a nossa realidade, só temos a agradecer a Deus termos pessoas como vocês que fortificam a nossa fé, e lembram que não devemos esmorecer mesmo que aos olhos humanos a situação pela qual estamos passando parece não ter solução o poder de Deus é muito maior, como foi dito acima em Lucas 18.27 OS IMPOSSÍVEIS DOS HOMENS SAO POSSÍVEIS PARA DEUS. Deus os abençõe, Dalal

    • Nanny & Winston

      4 de novembro de 2015 at 6:14

      Prezada Dalal, em conjuntura como a atual é preciso que façamos nossas as palavras de Paulo em Atos 27.25, quando o barco em que viajava enfrentava terrível tormenta: “…tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus…”!

Publicar um comentário