Mordomia das Palavras, dos Relacionamentos, da Influência, do Conhecimento e Inteligência e do Pensamento

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Mordomia das Palavras, dos Relacionamentos, da Influência, do Conhecimento e Inteligência e do Pensamento

Deixando de lado a questão das mordomias do mundo, distorções néscias, inconseqüentes e pecaminosas de algo divino, cujo exercício é de nossa exclusiva responsabilidade – coisa, aliás, que o mundo faz questão de ignorar – encerrando este ciclo de estudos, vamos nos ater à questão da verdadeira mordomia, abordando sucintamente as mordomias das palavras, dos relacionamentos, da influência, do conhecimento e da inteligência, e do pensamento, começando com a:

Mordomia das Palavras

Jesus, ao censurar severamente os fariseus em Mateus 12.36-37, disse: Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.” Assim, devemos nos concentrar e limitar-nos a pronunciar palavras que agradem a Deus (Salmo 19.14); palavras construtivas e edificantes (Efésios 4.29); palavras temperadas com sal (Colossenses 4.6); palavras oportunas (Provérbios 25.11); palavras espirituais (Colossenses 3.16,17). Desta forma estaremos sendo bons mordomos das palavras.

Mordomia dos Relacionamentos

O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 16:10-24 faz um retrato vívido e completo do que deve ser a mordomia dos relacionamentos. Em primeiro lugar Paulo valoriza as pessoas, pois ele não era apenas um ganhador de almas, mas também um fazedor de amigos, um líder que tinha a capacidade de mobilizar pessoas para se envolverem na obra de Deus. Dinheiro e oportunidades não têm nenhum valor sem as pessoas. O maior patrimônio da igreja não é a sua parte imobiliária, mas as pessoas. Jesus investiu todo o seu ministério em pessoas e se elas estiverem preparadas, Deus irá suprir ambos: dinheiro e oportunidades, e Sua obra será realizada. Paulo valoriza, elogia e destaca o trabalho das pessoas. Será que nós temos o hábito de valorizar adequadamente o trabalho das pessoas? De elogiar as pessoas? De encorajar as pessoas? De edificar as pessoas? Precisamos ser bons mordomos dos relacionamentos que o Senhor nos proporciona.

Mordomia da Influência

Em Mateus 5.14a,16, Jesus, num trecho do maravilhoso Sermão do Monte, diz: “Vós sois a luz do mundo… Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Como cristãos, temos o dever de produzir influência positiva nas pessoas, como a Bíblia nos ensina: somos a carta de recomendação de Cristo (2 Coríntios 3.1-6); somos o bom perfume de Cristo (2 Coríntios 2.14-17); somos evangelistas (Atos 20.22-24); nossa influência pode perdurar depois de nossa morte (Mateus 26.13). Devemos exercer no nosso lar, em nosso trabalho, em nossa igreja e na sociedade uma influência cristã sadia. Não há como ficar neutro: ou influenciamos positivamente ou negativamente as pessoas. Cuidemos, pois, como influenciamos os outros. Sejamos bons mordomos do poder de influir.

Mordomia do Conhecimento e Inteligência

A Palavra de Deus nos diz em Provérbios 20.15: “Há ouro e abundância de pérolas, mas os lábios instruídos são jóia preciosa.” E em 1 Coríntios 1.5 lembra aos cristãos: porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento;” Se eventualmente um dia estivermos a ponto de nos exaltar por conta de nossa erudição ou capacidade de executar algo, lembremos que todo o nosso conhecimento e inteligência provêm de Deus, que assim nos dotou exclusivamente para a Sua honra e a Sua glória, e não para que nos vangloriássemos deles. Seja na igreja, no lar, no trabalho, onde quer que estejamos, vamos sempre dar graças a Ele por nos ter capacitado para que O sirvamos de todo o nosso coração, de todo o nosso entendimento e no limite de nossas capacidades, como bons mordomos do conhecimento e inteligência com que nos presenteou.

Mordomia do Pensamento

Paulo em Filipenses 4.8 ensina:Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” E em 1 Coríntios 2.16, afirma: “…Nós, porém, temos a mente de Cristo”. Ter a mente de Cristo é pensar como Ele e ter o nosso pensamento dominado por Ele. O só saber que Deus conhece os nossos pensamentos, já deveria ser suficiente para zelarmos por eles, filtrando-os cuidadosamente. Temos deveres para com nosso pensamento: ocupá-lo com coisas elevadas e construtivas (Filipenses 4.8), fartá-lo da Palavra de Deus (Salmo 119.11), recordar as bênçãos recebidas de Deus (Efésios 1.3), ser dominado pelo amor (Romanos 5.5), ser permeados pela fé (Hebreus 11.6) e estar em constante renovação da mente (Romanos 12.1,2). Devemos dar graças a Deus pela capacidade que ele nos deu de pensar, refletir, imaginar, raciocinar e usar esta aptidão para a glória de Deus. E que sejamos bons mordomos do nosso pensamento, reconhecendo o senhorio divino sobre ele.

Dá-nos, ó Pai, a consciência permanente de que tudo provém de Ti. Assim, que nossas palavras sejam usadas para glorificar-Te; que nossos relacionamentos sirvam para edificar nossos irmãos; que nossa influência seja positiva sobre nosso próximo; que  o conhecimento e a inteligência com que nos aquinhoasTe estejam a Teu serviço; e que nossos pensamentos, noite e dia, sejam aqueles que Tu desejas que tenhamos. Em nome de Jesus. Amém.

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