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DEFENSOR INVENCÍVEL

“O SENHOR Deus é quem me defende, e por isso ninguém poderá me condenar. Todos os meus inimigos desaparecerão; serão como um vestido que as traças destruíram”. Isaías 50.9 (ARA)

 

 

 

 

 

 

Paulo, em Romanos 8.33 afiança desafiador: Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica”. Caso hoje intentem assacar acusações contra nós, permaneçamos tranquilos e seguros: aqueles que Deus chamou e usa, ao mesmo tempo ampara e guarda como a menina dos olhos, e é na condição de nosso Supremo Protetor que desafia os nossos inimigos a provar qualquer crime contra nós. O Senhor também alerta nossos acusadores que Cristo está conosco, e quem ousará ser inimigo daqueles de quem Ele é amigo, e afrontar aqueles de quem é defensor invencível?

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NOVA FORMA DE VIVER

“Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”. Colossenses 3.8 (ARA)

 

 

 

 

 

 

Resgatados que fomos pelo precioso sangue de Cristo, Paulo nos diz que devemos nos despojar de nossas atitudes pecaminosas como se fossem trapos imundos: ira, a raiva persistente, o ódio, o espírito de vingança; indignação, o rompante exagerado de rancor; maldade, a conduta maligna para com os outros; maledicência, o falar mal de alguém; linguagem obscena, o palavrório imoral, indecente, na conversação. É uma extensa lista de pecados que tomavam conta de nós antes de entregarmos nossas vidas a Jesus, mas agora purificados, estamos revestidos de uma nova forma de viver guiados pelo Espírito Santo!

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O CORAÇÃO DO HOMEM

O coração humano é – literalmente – o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, nos sentidos de ida e de volta, transportando assim o oxigênio e os nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas, e por isso é o centro da vida física .

 

Nas Escrituras Sagradas o coração é geralmente citado de modo figurado – poucas vezes de forma literal – para representar o íntimo, a parte central, o homem interior em seus desejos, afeições, objetivos, pensamentos, emoções, paixões, sabedoria, crenças, raciocínio, conhecimento, habilidade, memória e consciência, segundo o Journal of the Society of Biblical Literature and Exegesis.

 

Em Gênesis 6.5 ele é a sede do intelecto: “O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal”; em Provérbios 15.13 é o centro de controle das emoções: “A alegria do coração transparece no rosto, mas o coração angustiado oprime o espírito”; no Salmo 119.1-2 comanda a vontade: “Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor!  Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!”

 

Em mais de 850 citações na Bíblia Deus mostra a importância crucial deste órgão físico-moral, e diz em 1 Samuel 16.7 que “… O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração”, isto é, ao contrário do ser humano, que deixa-se levar, na maioria das vezes, pela aparência exterior das pessoas, Deus perscruta o cerne, o âmago, o íntimo mais profundo do homem, e descortina o seu verdadeiro eu, por mais que consiga enganar, mistificar, burlar seus iguais. Nada pode ser escondido de Seu olhar onisciente, de saber absoluto, que tem o conhecimento infinito de todas as coisas.

 

Corria o ano 63 a.C. quando os romanos tomaram Jerusalém e o comandante das tropas invasoras, general Pompeu, manifestou a vontade de conhecer o Grande Templo sobre o qual tanto tinha ouvido falar. Entrou no Santuário e, para consternação dos judeus que o acompanhavam, inopinadamente afastou uma cortina e penetrou no ambiente escuro do Santo dos Santos, o que só era permitido ao sumo sacerdote, e apenas uma vez por ano. O que Pompeu procurava? A imagem do Deus dos judeus, a quem atribuía a força extraordinária daquele povo ao longo da história, porém nada viu, o que o deixou intrigado, e só mais tarde veio a compreender maravilhado que o povo judeu não cultuava imagem alguma, o que todos os povos que conhecia faziam, pois seu Deus deveria ocupar o santuário mais digno e nobre possível: o coração de cada fiel, o centro de seu ser. Por isso Provérbios 4.23 admoesta: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”, o que  o escritor, dramaturgo e filósofo Leon Tolstoi ecoou séculos depois, escrevendo que “é no coração do homem que reside o princípio e o fim de todas as coisas”.

 

Mas o coração humano não é confiável, e Jeremias 17.9 na versão ARA nos diz que Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?. Já na versão da Bíblia Viva, a tradução é: O coração é a coisa mais mentirosa e traiçoeira que existe no mundo; o coração do homem é terrivelmente cheio de maldade. Não há ninguém capaz de saber até que ponto é mau e pecador o coração humano!, enquanto a Nova Tradução na Linguagem de Hoje interroga: “Quem pode entender o coração humano? Não há nada que engane tanto como ele; está doente demais para ser curado.”

 

Mas Jesus coloca a conceituação definitiva, cabal, em Mateus 15.18-19 (ARA), ao se contrapor ao ensino dos fariseus e escribas, indicando que do coração procede a força motivadora por trás da nossa conduta, quer boa, quer má: “… o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.”

 

Todos nós já sofremos desilusões com pessoas em quem confiávamos e que nos decepcionaram, sem que conscientemente tivéssemos dado motivos para suas atitudes “desafinadas”; mas, por outro lado, todos nós da mesma forma já desapontamos outros com nossas atitudes. A pessoa que se julga traída sente-se ferida, magoada, desprezada, e acusa a outra, ou opta por simplesmente romper as relações; a que supostamente não correspondeu às expectativas da outra, sempre apresenta justificativas para ter agido ou deixado de agir de determinada maneira. Quem está certo? De quem é a culpa? Nem sempre é fácil discernir, e muitas vezes ambas são as causadoras do conflito. Mas uma coisa é certa: algo produzido no coração de alguém gerou a falta de entendimento e  o conflito.

 

E esse algo nunca é o amor philos (amizade), nem storge (amor familiar), e muito menos ágape (amor incondicional), que são três dos quatro tipos de amor encontrados na Bíblia (o quarto é eros, o amor sexual). As armas que certamente dispararam os projéteis da desavença foram atitudes pecaminosas, egoístas, personalistas, de desamor ao próximo, de desconsideração, de rejeição, gestadas no coração e frequentemente emitidas pela boca, que profere aquilo de que está repleto o coração – o receptáculo de todo o pecado que vive em nós – como uma espécie de alto-falante onde a língua é a peça principal do sistema de comunicação. É o coração enganoso, soberbo, egocentrado, que maquina as traições, as retaliações, as maldades, as vinganças, que devolve o tapa ao invés de oferecer a outra face; que tem ideais elevados, porém vontade fraca; que pretende viver de forma altruísta, mas está profundamente dominado pelo egoísmo.

 

Somos pecadores renitentes, obstinados, pertinazes, e o pecado está arraigado no nosso coração como uma infecção que controla nosso ego, e que acaba por se transformar em nosso próprio eu, e então continuamos pecando dia após dia, e cada pecado é uma declaração de rebeldia contra Deus e de desamor pelo nosso próximo. Dizemos acreditar em Jesus que nos ensina o grande mandamento da Lei de Deus em Mateus 22.37-39, ordenando que “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, e fazemos exatamente o contrário. Enquanto continuarmos nos colocando na vida em primeiro lugar, antes de Deus e de nosso próximo como o centro de tudo, preferindo antes falar que ouvir, sendo tolerantes para conosco e críticos para com os outros, não há esperança de bons relacionamentos para nós, seja na família, na igreja, no trabalho, ou onde quer que convivamos com pessoas.

 

Da mesma forma que dos cuidados com o nosso coração orgânico depende a nossa vida presente no corpo físico, do nosso coração imaterial, figurativo, está sujeita a nossa vida futura no corpo glorificado, a vida eterna, por isso todos nós necessitamos de uma transformação radical em nossa natureza que é impossível ser alcançada com nossas próprias forças: a paz, a reconciliação, a concórdia, a harmonia e o entendimento só poderão ser encontrados no arrependimento, no perdão em Cristo Jesus e na poderosa operação do Espírito Santo em nós.

 

Precisamos cultivar no coração as motivações corretas que dirigirão a nossa conduta e que é a luz para nosso caminho, a Bíblia, nos oferecendo toda a orientação de que necessitamos, como mostram alguns exemplos que nos oferece no sentido do que não fazer, como Judas 16 que adverte para não sermos como certo homens que “… são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros”; Paulo, em 1 Timóteo 6.9-10 fala sobre o papel que o dinheiro deve ter em nossas vidas, alertando-nos que “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.

 

No sentido contrário, como ações positivas, construtivas e boas que devemos praticar, Jesus em João 15.12 determina: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei”, e o apóstolo João exorta-nos ao cumprimento do mandamento divino de amar o próximo em 1 João 5.1: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou ao que dele é nascido”, enquanto Paulo em Gálatas 6.10 instrui: “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.”

 

No Oriente Médio, onde a água é uma preciosidade de valor inestimável, os poços e as fontes sempre mereceram cuidados especiais, por isso costumava-se tapar com uma pedra a boca de uma nascente ou poço para evitar contaminação, e assim o termo “fonte selada” passou a significar algo de extremo valor, que devia ser guardado com zelo único. É com este sentido que o apóstolo João em sua primeira epístola 3.21 ensina que devemos manter nossos corações impecavelmente limpos, porque “… se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus”.

 

Por isso, jamais permitamos que ele seja contaminado por qualquer tipo de mal, pois isto comprometerá, talvez de forma irreparável, toda a nossa vida. Mas como guardar o nosso coração? Lutero dizia: “Não posso impedir que os pássaros voem sobre minha cabeça, mas posso impedir que  façam ninhos nela…”, com isto querendo significar que se não podemos evitar os pensamentos maus que nos ocorrem – muito deles induzidos pelo próprio diabo – mas somos, no entanto, capazes de preservar os nossos corações de qualquer contágio nefasto, inundando-os com a Palavra de Deus, com orações e com o louvor a Ele!

 

Glorioso Pai, Filho e Espírito Santo, Deus Eterno de amor, graça e misericórdia, queremos manter nossos corações a salvo de toda e qualquer contaminação que venha a comprometer nossa comunhão conTigo, nossa santificação e nosso serviço a Ti. Ajuda-nos, pois, Senhor, fortalece-nos a fé, guarda-nos do mal para que possamos ostentar corações puros, totalmente dedicados a Ti, dia após dia, até nos encontrarmos conTigo na Tua glória! É no nome santo de Jesus que assim oramos agradecidos. Amém.

 

 

 

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