Boas Novas

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Nesta seção você poderá ler textos de autores cristãos, especialmente escritos para este blog, trazendo notícias alvissareiras para o povo de Deus dos dias de hoje, ecoando Isaias 52.7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” A cada mês um artigo será publicado e você poderá comentá-lo, trazendo sua contribuição para a questão apresentada.

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O Sobrenatural Invade o Natural

Por Joel Pugsley

A vinda de Jesus ao mundo, pelo nascimento, iniciou-se pela predição do anjo Gabriel “enviado da parte de Deus” à virgem Maria, que espantada, indaga-lhe como seria isto e recebe do anjo a resposta: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra: Por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1. 34-35).

Na páscoa cristã o destaque está na ressurreição de Cristo, embora todo o drama do Calvário desde a prisão ao julgamento e à morte do Redentor seja carregado de lances dramáticos, emoções profundas, dor, separação e sofrimento sem medida.

Mais chamativos ainda são os fenômenos decorrentes da sua morte na cruz. Vejamos como descreve Mateus no capítulo 27, em resumo, a partir do vs. 50: “Jesus clamando em alta voz entregou o espírito” e na sequência: “o véu do santuário se rasgou […];  tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” […].

Houve ainda terremoto e diante desses fenômenos até o centurião e guardas reconheceram Jesus como Filho de Deus.

Fatos tão espantosos escapam à nossa lógica e compreensão. Pense-se: O véu do templo rasgar-se de alto a baixo, a terra tremer, as rochas fenderem-se por força do terremoto!

Talvez mais espantoso e maravilhoso ainda é o fato de os túmulos abrirem-se e as pessoas sepultadas saírem podendo ser vistas.

E o que dizer de Jesus ressurgido? Mateus noticia que Jesus foi posto em um sepulcro e guardado com a devida segurança por ordem dos principais sacerdotes e dos fariseus com grande pedra na porta do sepulcro (Mt 27.60-64).

Novamente aqui aparece o terremoto e um anjo removendo a pedra (Mt 28.2).

Marcos descreve sobre as aparições de Jesus, primeiro a Maria Madalena, depois a dois discípulos no caminho e aos onze à mesa terminando com sua ascensão à destra de Deus (cap. 16).

Lucas informa em detalhes como Jesus se apresentou a dois discípulos no caminho de Emaus andando e conversando com eles; Também contou que ao aparecer aos onze mostrou-lhes as mãos e os pés para demonstrar não ser apenas um espírito sem corpo (cap. 24).

João repete a aparição a Maria Madalena e aos discípulos, acrescentando um detalhe importante (cap. 20.19): “Ao cair da tarde daquele dia , o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam com medo dos judeus, veio Jesus pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco”. O detalhe: […] “trancadas as portas […]” e mesmo assim Jesus se  apresentou no meio deles.

Da mesma forma, repete-se em reunião dos discípulos oito dias após com portas trancadas no episódio de Tomé quando o ressuscitado aparece no  meio  e mostra ao incrédulo  os sinais nas suas mãos (vs. 26-27).

Diante desses principais acontecimentos relacionados, a começar do anúncio de como seria gerado o Filho de Deus no ventre da virgem Maria por intervenção direta do Espírito Santo e no tocante à morte e na ressurreição com um corpo visível, que poderia ser tocado, dotado de voz podendo comunicar-se e tendo a possibilidade de penetrar em um ambiente de “portas trancadas” , isto foge ao nosso entendimento limitado de seres humanos. Alguém declarou: “Páscoa ou é história inventada ou milagre que rompe as leis físicas e científicas”. Naturalmente páscoa no sentido cristão.

Daí o título desta breve reflexão: O sobrenatural, poder ou milagre divino invadindo o natural e levando-nos a crer mesmo sem entender ou crer sem ver. Jesus disse a Tomé: “Bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20.29). Sejamos crentes.

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Quem Está no Controle da Sua Vida?

Por Rev. Lucio Pinheiro

Há alguns anos foi lançado um filme com o titulo Click, fazendo referência a um homem que teve a oportunidade de tomar todas as ações da sua vida a partir de um controle remoto “mágico” que representaria a vida dele. Assim, qualquer atividade poderia ser controlada a partir dos clicks do controle remoto.

Durante o filme, se não estava boa a discussão com a esposa, então ele podia clicar no mute e já não ouvia o que a sua esposa estava dizendo; se não quisesse participar da homenagem da escola para os filhos, era só adiantar no controle que ele avançava para a pós-cerimônia; se levar o cachorro para passear fosse atrapalhar seu tempo de trabalho no escritório, era só adiantar quantas vezes quisesse que o cão nunca mais demoraria a passear; se a promoção na empresa demorava, então porque não adiantar os capítulos da vida e receber a tão sonhada posição de diretor?

Imagine o resultado dessa tomada de decisão e quais conseqüências ele levou para dentro da sua vida, família e trabalho. Para não relatar o final da história para aqueles que tiverem interesse de assistir, posso adiantar, que se pudesse voltar atrás ele o faria. Lembre-se que toda a ação tem uma reação, e todas as escolhas mal feitas podem gerar conseqüências eternas em sua vida.

Um navegador dos sete mares, um dia escreveu: “Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho que escolher te levará para algum lugar”. O problema é chegar nesse lugar e descobrir que ali você nunca deveria ter estado, por falta de planejamento e de saber qual a missão para sua vida.

Por isso, Jesus o mestre de todos os mares e terras, tinha sua missão bem definida, e para que ele a cumprisse teve que fazer escolhas, e esta é uma lição deixada para todos os que querem tomar as decisões acertadas ao longo de suas vidas.

No livro do médico Lucas e amigo de Jesus está escrito: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”, “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.”

Você já carregou a sua cruz hoje? Pois é isso que Jesus nos chama a fazer. Mas você sabe o que significa carregar a sua cruz?

Esta história nos remonta para o passado, época de sentenças horríveis para os malfeitores, para os ladrões, homicidas e outros que cometiam grandes atrocidades. Assim era determinado que os que tais coisas praticassem seriam mortos por uma das mais cruéis e agonizantes formas: a morte de cruz.

Não vou me deter no ato em si dessa crucificação, mas ressaltar que todos da cidade iriam saber e reconhecer que aquele que carregasse a cruz estava deixando este mundo, estava indo para o cemitério morrer. Então para quem carregava a cruz era sabido que já não havia mais sonhos, a vida estava acabada e os desejos a serem alcançados já não existiam mais, porque a morte era o que o aguardava.

Quando você aceitou caminhar com Cristo, permitindo que Ele fosse o guia da sua vida, você disse: “Deus, eu quero seguir a sua missão para minha vida, eu quero realizar apenas aquilo que o Senhor tem para mim, eu não mais penso em mim, porque estou morrendo com Cristo para todos os meus sonhos e planos, e quero a partir de hoje, viver os seus sonhos e planos para minha vida. Que assim se cumpra em mim o teu querer e a tua vontade. Amém.”

Você já carregou a sua cruz hoje, você já morreu para os seus planos frustrados e irresponsáveis, que nunca conseguiu atingir? Quem sabe é porque você não está carregando a cruz, e sim continua no controle da sua vida.

Que Deus nos dê a sabedoria de combater apenas os bons combates da vida, nos ajude a guardar a fé e completar a carreira que Ele tem preparada para nós.

Que você tenha certeza que o controle remoto da sua vida não esteja em mãos erradas, mas sim nEle que tem o controle de todo o Universo!

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O Que Vai Ser Quando Crescer?

Por Luiz Augusto Lima Junior

Não lembro muito bem que idade eu tinha quando ouvi pela primeira vez a pergunta sobre o que eu queria ser quando crescesse. Lembro-me, no entanto, que eu costumava responder: “químico, astrônomo e cientista maluco”. Alguns retrucavam dizendo que eu só podia ser uma coisa. Já outros – mais sensíveis – me encorajavam a ser químico e astrônomo. Acabei me tornando um “cientista” (ou “professor-pesquisador”, se preferir) e, de fato, gosto do que faço.

Há muitos que já se desencantaram com os seus sonhos de criança. Talvez porque os alcançaram (e os sonhos já não têm o mesmo brilho) ou porque simplesmente a “vida” os conduziu para outros lugares, onde jamais imaginariam estar. Na realidade, quanto mais avançamos em dias, mais difícil se torna encantar-se com algo que absorva nossa atenção, encha os nossos horizontes e ao qual canalizamos o melhor das nossas energias. Salomão, no livro do Eclesiastes, diz que fez tudo o que um homem na sua posição pode fazer para se satisfazer: vinho, grandes obras, casas, campos, empregados, rebanhos, ouro e prata e entretenimento. Ele chega a dizer que “tudo quanto desejaram os [meus] olhos, não lhes neguei” (Ec 2:10a). Supreendentemente, a constatação do Pregador depois de tudo isso é de que “tudo foi inútil e foi correr atrás do vento” (Ec 2:11b).

A conclusão a que se chega é que as nossas ambições pessoais, por mais nobres (ou exóticas!) que sejam, mais cedo ou mais tarde, perderão o seu brilho e o seu encanto, pois não há nada em toda a Criação que possa satisfazer plenamente o coração humano. O Criador é o único infinitamente grande e maravilhoso para nos encantar por toda a eternidade. A vida eterna é conhecê-lo, maravilhar-se e se surpreender com a infinita beleza de seu ser que é amor. Por esta razão, Jesus, no Sermão do Monte, nos chama a um fascinante projeto de vida. Ele nos fala da ambição mais nobre e empolgante que o ser humano pode experimentar:

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mt 6:33)

Nesta passagem, Jesus coloca em oposição aquilo que os não-cristãos buscam e o que os cristãos deveriam buscar em primeiro lugar. O que buscamos é aquilo que consideramos como o maior bem ao qual devotamos nossas vidas. Nossa busca é a nossa ambição, nossa obsessão, nosso sonho de criança. Jesus reduz, em última instância, as opções a apenas duas. Não-cristãos são obcecados com o bem-estar material (comida, bebida, roupa e habitação), enquanto cristãos deveriam estar preocupados sobretudo com o reino e a justiça de Deus e com a sua difusão pelo mundo. Enquanto os não-cristãos se mostram loucos por se preocuparem primordialmente com coisas passageiras, os filhos de Deus devem sabiamente investir em valores eternos.

Neste trecho de Mateus 6:25-33, Jesus começa com uma negativa. Três vezes ele repete a sua proibição de preocupar-se com coisas materiais. E aqui vale dizer que ele não nos proíbe de pensar nessas coisas, nem de pensar com precaução, mas sim nos exorta rejeitar o pensamento ansioso. Pois ansiedade é incompatível com a fé cristã. Se Deus já toma conta de nossa vida e do nosso corpo, não deveríamos confiar que Ele cuidará de nós com o alimento e vestuário de que necessitamos? Da mesma forma, se Deus alimenta os passarinhos e veste os lírios, não podemos confiar que Ele nos alimentará e nos vestirá? Ele sabe do que precisamos. Ele é o nosso Pai. Podemos ficar em paz.

Ao mesmo tempo, não podemos entender equivocadamente o ensino de Jesus. Em primeiro lugar, confiança em Deus não nos isenta de trabalhar para ganharmos o nosso sustento. Os passarinhos nos ensinam esta lição. Pois como Deus os alimenta? Não se alimentam as aves do céu por si mesmas? Obviamente, Jesus sabia que Deus as alimenta indiretamente provendo no seu ambiente o sustento do qual necessitam. Em segundo lugar, confiança em Deus não nos torna imunes a calamidades. É verdade que nenhum pardal cairá por terra sem a permissão do Pai. Mas pardais caem. Assim como seres humanos. Assim como aviões.

Por isso, ao invés de nos preocuparmos primeiramente com coisas materiais, Jesus nos encoraja a buscar em primeiro lugar o reinado de Deus e a justiça de Deus. Buscar o Reino de Deus é proclamar Jesus como Rei e se submeter à sua autoridade e senhorio. Buscar a justiça de Deus é lembrar-se de que o Senhor ama a justiça e odeia o mal. Assim, em toda a sociedade humana, justiça agrada mais a Deus do que injustiça, liberdade mais que opressão, paz mais que guerra e violência. Nesta dupla ambição, vemos combinadas as nossas responsabilidades evangelísticas (querer que as pessoas se submetam a Jesus) e sociais (querer que aquilo que agrada a Deus caracterize a nossa sociedade), e a glória de Deus se torna nossa suprema ambição na vida.

Ao buscarmos o Reino em primeiro lugar, o Rei nos enriquecerá a jornada trazendo o sentido, o encantamento e o senso de realização pessoal que tanto buscamos.

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