dezembro 2020

CONDUTA RETA

“O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento”. Provérbios 15.8 (ARA)

De nada adianta os maus apresentarem sacrifícios dispendiosos e hipócritas a Deus, tentando inutilmente obter o Seu favor, porque os desprezará enquanto não purificarem suas vidas, como se conduzem os que agem com retidão. Mas o que é retidão? Meditemos um pouco sobre isto neste dia. Não se trata apenas de fazer boas obras, porque a Palavra ensina que jamais alcançaremos retidão por nossos próprios esforços e méritos. Somente nosso relacionamento com Cristo, pautado por um espírito arrependido, obediente, humilde e submisso a Ele poderá nos facultar a conduta reta que Deus espera de nós!

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REFLEXÕES SOBRE A EXISTÊNCIA HUMANA – A MORTE

A morte é um mistério, uma incógnita, uma ameaça que paira permanentemente sobre o ser humano e que – dependendo do seu grau de maturidade espiritual – apresenta-se de formas diferenciadas. Por exemplo, um enfoque especial foi dado por duas crianças que estavam brincando no pátio da igreja no intervalo da escola dominical após terem aprendido sobre Adão e Eva, e uma delas perguntou: “Como foi mesmo que eles morreram?”, ao que a outra respondeu inocentemente: “Ora, comeram maçã estragada!”.

 

Já um intelectual ateu como Woody Allen, afirmou de forma galhofeira: “Não é que eu tenha medo de morrer. Só não quero estar lá quando isso acontecer”.

 

Mas um homem de Deus como Charles Haddon Spurgeon, exortou certa vez com propriedade: “Que vivamos aqui como peregrinos e não façamos do mundo um lar, mas uma hospedaria, na qual nos alimentamos e moramos, esperando estar de partida amanhã”.

 

E Billy Graham, o grande evangelista, com a seriedade que o assunto merece, afirmou um dia uma verdade insofismável: “É estranho que os homens se preparem para tudo, exceto para a morte. Nós nos preparamos para a instrução, preparamo-nos para o trabalho, preparamo-nos para nossa carreira, preparamo-nos para o casamento, preparamo-nos para a velhice, preparamo-nos para tudo, exceto para o momento em que vamos morrer. E, no entanto, a Bíblia diz que estamos todos destinados a morrer um dia.”

 

Em outra ocasião pronunciou estas palavras de alento, fazendo uma paráfrase de 2 Coríntios 5.1-8: “Para o cristão, a morte é a mudança de um casebre para uma boa moradia. Aqui na terra somos peregrinos ou ciganos, vivendo num lar pobre e frágil, sujeitos a doenças, dor e perigo. Na morte, porém, trocamos este casebre que se esmigalha e se desintegra por uma casa feita não por mãos humanas, mas eternas nos céus. O errante viajor adquire seu direito na morte e recebe o título de uma mansão que jamais se deteriorará ou ruirá. Você acha que se Deus tomou todas as providências para a vida não pensou também na morte? A Bíblia diz que somos estrangeiros numa terra estranha. Este mundo não é nosso lar; nossa pátria é no céu. Quando um cristão morre, ele entra na presença de Cristo. Ele vai para o céu passar a eternidade com Deus.”

 

Paulo, na Carta aos Romanos 1.18-19, 3.9,19 e 5.17,21, ensina que toda a humanidade, após a Queda, está sob o poder e a culpa do pecado, sob o domínio da morte e sujeito à ira de Deus da qual nem um culpado pode livrar-se. A morte, assim, é o resultado final da existência em um mundo desviado do curso original que o Criador havia no princípio estabelecido com sublime perfeição.

 

Mas o magistral e soberano plano de Deus prevê que os benefícios da obra redentora de Cristo sejam aplicados gradualmente sobre a humanidade, e o último inimigo a ser derrotado, quando da Sua volta gloriosa – como Paulo em 1 Coríntios 15.24-26 instrui – é a morte: “E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.”

 

E de Apocalipse 21.3-4 procede o cabal conforto do Céu aos crentes, prometendo que “…Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.”

 

Entretanto, a Queda ocorrida no Jardim do Éden não nos tornou herdeiros apenas da morte, mas também de males que nos afligem e muitas vezes a ela conduzem, como as enfermidades do corpo e da alma, as catástrofes naturais, o envelhecimento e os acidentes de inúmeros tipos.

 

De acordo com 1 Tessalonicenses 5.23, Deus nos criou compostos de espírito – a parte inteligente de nosso ser que tem consciência dEle, alma – a sede das emoções, dos apetites e dos desejos, e corpo – a porção física: espírito e alma são imperecíveis, porém o corpo não o é. As Escrituras nos falam de pelo menos três tipos de morte: física, espiritual e eterna.

 

A morte física advém quando a alma e o espírito deixam o corpo, como lemos em Gênesis 35.18, Salmo 89.48, Eclesiastes 12.7, Lucas 23.46, Atos 7.59, 2 Coríntios 5.8 e Tiago 2.26. Ao contrário do que os incréus pensam – que a morte física significa o fim da existência, alguns até considerando o suicídio como alternativa para escapar dos efeitos de seus pecados – ela não é sinônimo de extinção do ser humano, pois o autor de Hebreus 9.27 declara que “… aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.

 

A morte espiritual é o estado em que todos nós – separados de Deus por conta do pecado – nos encontrávamos antes de sermos salvos, como a Palavra registra em Lucas 15. 24, 32 e Efésios 2.1, e que, se tivéssemos continuado neste estado de contínua rejeição a Cristo, teria se tornado eterna, – chamada de a segunda morte pelo evangelista João em Apocalipse 20.6,14, – e constitui-se na separação eterna de Deus.

 

Desta forma, a Bíblia nos ensina que nos são possíveis duas maneira de morrer: no Senhor, ou seja, salvos, bem-aventurados como herdeiros de todas as promessas da vida eterna com Cristo, como aprendemos em João 8.51 e em Apocalipse 14.13, ou em nossos pecados, isto é, apartados do Senhor, portanto nas mãos de satanás, condenados à morte eterna, à separação de Deus para todo o sempre, como registrado em várias passagens e exemplificadas por Daniel 12.2, Mateus 25.41-46 e Apocalipse 20.11-15.

 

Mas se a morte do crente tem para o Senhor um alto valor, como o salmista manifesta no Salmo 116.15 ao afirmar que “Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos”, nosso Deus não se compraz com a morte do ímpio, pois Seu desejo é que todos sejam salvos, “… não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”, como assegura o apóstolo em 2 Pedro 3.9. E é neste sentido que Deus revela em Ezequiel 33.11: “… não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos…”.

 

Adicionalmente, reforçando a premissa da morte do corpo como apenas um estado transitório, as Escrituras empregam um eufemismo para referir-se à morte física do crente, que é denominada de adormecer ou dormir, como podemos constatar em João 11.11, Atos 7.60 e 13.36, 1 Coríntios 11.30, 15.6, 18, 20 e 51, 1 Tessalonicenses 4.14 e 5.10.

 

Mas, afinal, porquê o cristão morre? Embora a Palavra nos fale em Romanos 6.23 que “… o salário do pecado é a morte…”, em Romanos 8.1-2 Paulo acrescenta categoricamente que “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.

 

Sabemos assim que todas as penalidades que merecíamos por causa de nossos pecados já foram pagas por Cristo, por isso não devemos ver a morte – nem a física nem a espiritual – como uma punição divina. Qual seria então a razão para a existência da morte para aquele que crê em Deus e é usado por Ele?

 

Em primeiro lugar, Deus permite a morte de um crente para a Sua glória, como mártir, como está registrado em João 11.4, 21.18-19 e Filipenses 1.20; em segundo lugar, quando seu serviço para Deus está concluído, como em Atos 13.36 e 2 Pedro 1.14; em terceiro lugar, como uma medida disciplinar, Deus pode chamá-lo para Ele, como em João 15.2, Atos 5.1-11 e 1 João 5.16.

 

No entanto, há situações em que Deus permite – incompreensivelmente para nós – a morte física por vezes violenta de pessoas queridas, de familiares, de bebês inocentes, de idosos indefesos, de justos que O servem. Nestas circunstâncias precisamos compreender que nosso Excelso Criador não nos deve nenhuma explicação de Seus atos, pois Seus planos estão além de nosso limitado entendimento, e Ele está sempre no total, absoluto e perfeito controle de tudo, como deixa claro o salmista no Salmo 115.3: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada”.

 

Insistimos, contudo, perguntando desnorteados sobre o motivo de nosso sofrimento: “por quê, Senhor?” E Ele responde de forma definitiva em Isaias 55.8-9: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. E então somos obrigados a reconhecer como em Jó 2.10: “… temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?”.

 

Queremos ser Seus adoradores em espírito e em verdade? Sejamos então como aqueles crentes a quem se refere o pastor e escritor Charles Swindoll em seu livro Jó – Um Homem de Tolerância Heroica: “Como é magnífico encontrar os que confiam nEle até o fim deste vale de sofrimento, dizendo: ‘Que o Seu nome seja louvado. Não compreendo. Não sei explicar. Mesmo assim, que Seu nome seja louvado!’ Isso é adoração no mais alto nível.”

 

Conhecedores de tudo isto, resta-nos fazer nossas as palavras de Paulo em Filipenses 1.21-23: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”.

 

Não nos é dado saber o que nos reserva o dia de amanhã, mas, se o passado serve de referência, ainda nos esperam em nossa jornada lutas e tormentas à frente. A certeza que temos é que o Senhor detém o controle absoluto da nossa existência, quer o nosso bem e deseja que confiemos nEle, apesar de que muitas vezes não compreendemos a razão de ter permitido determinadas aflições. Entretanto, continuamos firmes na fé sabendo que, quando Ele nos chamar, será este o momento adequado de Seu soberano plano para nós, quando alegremente estaremos iniciando a gloriosa vida eterna com Cristo! Aleluia!

 

Pai Eterno, Teu maravilhoso amor nos constrange por tudo o que tens feito por nós ao longo de nossa existência, por tanto amor, graça e misericórdia, e assim confiamos em Ti, na Tua soberania sobre nós, sobre todas as coisas, e no Teu perfeito plano para a nossa vida. Apenas ajuda-nos a navegar em paz através das dificuldades que enfrentamos, mirando a verdadeira vida ao Teu lado. Abraça-nos apertado. Aumenta-nos a fé. Transforma-nos. Em nome de Jesus. Amém.

 

(Continua na próxima semana com o tema Reflexões Sobre a Existência Humana: O Estado Intermediário).

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BÊNÇÃOS TRANSBORDANTES

“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”. Isaías 55.1 (ARA)

Deus, hoje e para sempre deseja que todos sejam salvos, e só Ele pode salvar, – através de Jesus Cristo, – aqueles que aceitarem tão grande dádiva, os que estão sedentos da água da vida eterna que saciará para sempre a sua sede. E esta tão grande salvação não se pode comprar com dinheiro algum do mundo, nem com boas obras, pois é um ato da graça divina que tem a exata dimensão do amor imensurável do Pai por Seus filhos, a quem convida – sem levar em conta condição física, mental, emocional, espiritual, social ou financeira – para virem usufruir das inauditas bênçãos transbordantes que oferece!

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